Em 3 de janeiro de 1521, o papa Leão 10 excomungava o teólogo alemão Martinho Lutero. Era o clímax do conflito entre duas visões da religião cristã que acabaria numa das mais importantes cisões do Cristianismo.
A causa próxima está na venda em feiras e outros locais públicos das célebres "indulgências". Mas Lutero não era contra as indulgências. Era contra como eram vendidas!
À época a Igreja Católica Apostólica Romana estava falida! Precisava de dinheiro!
Então nada melhor do que vender lotes de terreno no Paraíso Celeste!
Conta-se que o monge dominicano Johann Tetzel anunciava: "Quando o dinheiro cair na caixinha, o Céu estará a receber a sua alminha"! E não era manso a pedir a condenação de Lutero. Gritava com toda a força: "Lutero à fogueira"!
Aliás, Tetzel acabou por ser condenado (embora mais tarde, perdoado) por cometer fraudes e desfalques. A corrupção já existia! Tão velha como a prostituição!
Lutero defendia que a Bíblia era a única referência da verdade. Esse princípio afrontava a Igreja católica que, na época, também se baseava em textos adicionais escritos pelo papa e pelo sínodo.
Martinho Lutero não pretendia criar uma religião. Pretendia apenas reformar a Igreja e a fé junto às autoridades religiosas, e não contra elas. Martinho Lutero só passou a hostilizar a Igreja após ter sido expulso dela, ao ser excomungado pelo papa Leão X em 3 de janeiro de 1521. Os poderosos príncipes alemães viram neste conflito uma oportunidade de apoderar-se do imenso património da Igreja e daí terem sido eles os que mais incitaram Martinho Lutero a romper com o Papa. O mesmo de sempre!
Lutero defendia o fim do celibato e o casamento entre membros da igreja. Para Martinho Lutero, a sexualidade e o casamento eram parte da ordem divina.
Lutero era defensor dos poderes da aristocracia e do poder dos senhores feudais, todos eles, inclusive do clero. Condenou a revolta dos camponeses contra o jugo feudal dos senhores das terras, incluindo o clero.
Escreveu que os camponeses eram “hordas salteadoras e assassinas” e pediu às autoridades que usassem contra eles as suas espadas em nome de Deus. Martinho Lutero achou inaceitáveis as reivindicações políticas e sociais dos camponeses e exigiu a obediência aos seus senhores. Mais tarde, no século XIX, as suas ideias serviriam de base para governos autoritários alemães.
Lutero era um entusiasta na conversão de judeus ao cristianismo luterano.
Chegou a pedir que ateassem fogo às sinagogas e escolas judaicas, além de afirmar que os judeus deveriam ter as casas destruídas, assim como os bens e livros religiosos apreendidos. Mas Lutero não era o único antissemita entre os cristãos. Outros teólogos reformadores, bem como representantes da Igreja Católica e humanistas famosos, como Erasmo de Roterdão, ofendiam a religião judaica.
O que alguns submissos ao poder papal não conseguiram perceber foi que tinha começado a Reforma e, a Idade Média tinha findado e uma nova era despontava, a Idade Moderna. E, desta forma, nascia a Igreja Protestante.
Diz o pregador que não falou por razões de "indelicadeza"!
Agora há indelicadezas na política?
Um dia destes está tudo a rezar o terço e papar hóstias para se falar de política.
Cura-te!
"Com papas e bolos se enganam os tolos"! És mesmo um empapado, sem coragem!
Foste feliz com o Costa? Percebe-se e a felicidade e foi recíproca.
Ofereceste-lhe um lugar ao sol em Bruxelas. Eternamente grato.