sexta-feira, junho 02, 2017

Ponto de vista


Esta semana os portugueses foram «brindados» com o surgimento nos écrans televisivos de duas ex ministras da Educação, do governo de Sócrates e que mais contribuíram para o descalabro da educação em Portugal: Isabel Alçada, ainda hoje a desempenhar funções de consultora para educação no «paço real de Marcelo» e  Lurdes Rodrigues, a da «festa»!
As figurantes foram convidadas por uma associação cuja sigla é a EPIS – Empresários pela Inclusão Social para, imagine-se, realizarem um estudo sobre as reprovações no ensino em Portugal! Comecemos pela instituição que deu guarida a tal estudo, a EPIS! Mas o que é isso da EPIS perguntarão os ouvintes. EPIS significa empresários pela Inclusão Social.
E quem são esses empresários? Vamos lá então conhecer alguns desses empresários que se dizem pela inclusão social!
Eduardo Catroga em representação da SAPEC, (bem me parecia que este Catroga pertencia à SAPEC - Sociedade Anónima de Polidores de Esquinas do Cacém!). Já quanto a defender a inclusão social tudo dito.... a sua inclusão, bem de ver.... reforma de quase 10 mil euros e um cargo na EDP que lhe dá cerca de 639 mil euros anuais. Coisa de pouca ou nenhuma monta! Coisas pequenas tipo “pintelhos” a juntar a uma vivenda na Praia da Coelha, bem juntinho ao «amigo» do peito, o Cavaco. José Miguel Júdice o artista de variedades da TVI, o dono de um dos mais abonados consultórios de advogados com frequência solicitado a prestar serviços para o governo, para explicar a legislação e polir os alçapões da lei para prestamistas, agiotas, gatunos e outros que tais. Até aqui tudo gente bem interessada na inclusão dita … social! Mas há mais…. António Vitorino em representação dos CTT o artista de variedades da SIC; em representação da Galp Energia, Carlos Gomes da Silva e, pela EDP, António Mexia o tal que ganha 5,5 mil euros por dia, coisa pouca! Pela Fundação Manuel António da Mota, Rui Pedroto. Lembrar que a Fundação Manuel António da Mota foi criada pela Mota-Engil segundo dizem para prestar apoio social às famílias dos trabalhadores.... Mas então aquilo que a Mota-Engil paga aos trabalhadores não chega? Para tal fundação existir é o reconhecimento tácito que os ordenados que pagam não chegam mesmo. E, outros beneméritos da Ordem podiam ser nomeados. Face a esta panóplia de bem feitores não admira que o trabalho apresentado pelas ex ministras aponta para o fim das reprovações. Tudo bem desenhado e gizado. Os filhos da classe dirigente continuarão a tirar os seus cursos no estrangeiro e, darão continuidade à sua senda de dirigentes. Os outros portugueses terão um ensino de péssima qualidade onde será premiado o cábula e a mão de obra será paga a preço da chuva. É desta forma que se promove a inclusão social? Bem pelo contrário! Mas é tudo a Bem da Nação, obviamente.
Tenham um bom dia.
 
(Crónica na Rádio F - 29 de Maio 2017)