Esta
semana os portugueses foram «brindados» com o surgimento nos écrans televisivos
de duas ex ministras da Educação, do governo de Sócrates e que mais
contribuíram para o descalabro da educação em Portugal: Isabel Alçada, ainda
hoje a desempenhar funções de consultora para educação no «paço real de Marcelo»
e Lurdes Rodrigues, a da «festa»!
As
figurantes foram convidadas por uma associação cuja sigla é a EPIS –
Empresários pela Inclusão Social para, imagine-se, realizarem um estudo sobre
as reprovações no ensino em Portugal! Comecemos pela instituição que deu
guarida a tal estudo, a EPIS! Mas o que é isso da EPIS perguntarão os ouvintes.
EPIS significa empresários pela Inclusão Social.
E
quem são esses empresários? Vamos lá então conhecer alguns desses empresários
que se dizem pela inclusão social!
Eduardo
Catroga em representação da SAPEC, (bem me parecia que este Catroga pertencia à
SAPEC - Sociedade Anónima de Polidores de Esquinas do Cacém!). Já quanto a
defender a inclusão social tudo dito.... a sua inclusão, bem de ver.... reforma
de quase 10 mil euros e um cargo na EDP que lhe dá cerca de 639 mil euros
anuais. Coisa de pouca ou nenhuma monta! Coisas pequenas tipo “pintelhos” a
juntar a uma vivenda na Praia da Coelha, bem juntinho ao «amigo» do peito, o
Cavaco. José Miguel Júdice o artista de variedades da TVI, o dono de um dos
mais abonados consultórios de advogados com frequência solicitado a prestar
serviços para o governo, para explicar a legislação e polir os alçapões da lei
para prestamistas, agiotas, gatunos e outros que tais. Até aqui tudo gente bem
interessada na inclusão dita … social! Mas há mais…. António Vitorino em
representação dos CTT o artista de variedades da SIC; em representação da Galp
Energia, Carlos Gomes da Silva e, pela EDP, António Mexia o tal que ganha 5,5 mil
euros por dia, coisa pouca! Pela Fundação Manuel António da Mota, Rui Pedroto. Lembrar
que a Fundação Manuel António da Mota foi criada pela Mota-Engil segundo dizem
para prestar apoio social às famílias dos trabalhadores.... Mas então aquilo
que a Mota-Engil paga aos trabalhadores não chega? Para tal fundação existir é
o reconhecimento tácito que os ordenados que pagam não chegam mesmo. E, outros
beneméritos da Ordem podiam ser nomeados. Face a esta panóplia de bem feitores
não admira que o trabalho apresentado pelas ex ministras aponta para o fim das
reprovações. Tudo bem desenhado e gizado. Os filhos da classe dirigente
continuarão a tirar os seus cursos no estrangeiro e, darão continuidade à sua
senda de dirigentes. Os outros portugueses terão um ensino de péssima qualidade
onde será premiado o cábula e a mão de obra será paga a preço da chuva. É desta
forma que se promove a inclusão social? Bem pelo contrário! Mas é tudo a Bem da
Nação, obviamente.
Tenham um bom dia.
(Crónica na Rádio F - 29 de Maio 2017)