Cavaco Silva foi accionista da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) detentora do Banco Português de Negócios (BPN) entre 2001 e 2003, altura que ainda não era Presidente da República. Ao sair teve um ganho de 147,5 mil euros.
A sua filha Patrícia também teve acções da SLN e lucrou ainda mais ao sair: 209,4 mil euros.
De acordo com o jornal 'Expresso', que publicou cópias das ordens de venda emitidas por Cavaco Silva e pela filha, endereçadas ao então presidente do conselho de administração da SLN, José Oliveira e Costa. Cavaco detinha 10 5378 acções, adquiridas a um euro cada, que foram depois vendidas a 2,4 euros cada (a SLN não estava cotada na Bolsa e por isso não havia preço de referência, mas, segundo o jornal, este valor estava em linha com outras transacções de acções do grupo naquela altura). A filha era detentora de 149640 acções.
As acções de Cavaco e da filha foram vendidas, por ordem do presidente da administração, à SLN Valor, principal accionista da SLN, que agregara os maiores investidores individuais da empresa, entre eles Oliveira e Costa.
O 'Expresso' contactou Cavaco, mas fonte oficial da Presidência da República disse que o Presidente nada tem a acrescentar em relação ao comunicado emitido em Novembro de 2008. Nessa altura, Cavaco disse que “nunca exerceu qualquer tipo de função no BPN ou em qualquer das suas empresas; nunca recebeu qualquer remuneração do BPN ou de qualquer das suas empresas; nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas”.
Sobre a participação como accionista da SLN, a detentora do BPN, Cavaco Silva nada disse".