Amadeu Lima de Carvalho o accionista maioritário da SIDES, a empresa que controlava a extinta Universidade Independente, é acusado de 46 crimes, incluindo branqueamento de capitais, burla qualificada, corrupção e fraude fiscal.
O accionista reconheceu em tribunal que não declara rendimentos há cinco anos, altura em que deixou de pagar IRS.
Mas, disse mais.
Disse, por exemplo, que o dinheiro da UnI servia para pagar despesas que iam desde viagens a deputados até campanhas do PSD.
O rol de acusações deixada no Tribunal Central de Instrução Criminal por Lima de Carvalho abre várias pistas para identificar o destino do dinheiro da universidade.
O arguido diz que 90 mil euros serviram para financiar a campanha do ex-bastonário da Ordem dos Advogados Rogério Alves, uma campanha da Associação Sindical de Juízes e até viagens de deputados a Inglaterra para aprenderem inglês.
Outros 150 mil euros terão servido para pagar uma campanha do PSD em Santarém, diz Carvalho, que aponta o ex-vice reitor Rui Verde como estando na origem do desvio de dinheiro.
Comentando a polémica sobre a credibilidade das licenciaturas na extinta UNI, o arguido chamou "ingrato" a Armando Vara.
Ingrato???
O adjectivo «ingrato» segundo o Dicionário de Português, diz claramente:
«- Falto de gratidão; não agradecido aos favores ou benefícios.
- Que paga o bem com o mal.
- Que não corresponde ao carinho ou à bondade com que é tratado.
- Que não compensa o trabalho que se lhe consagra.
- Escabroso, difícil.
- Estéril; que não se presta a ser desenvolvido.
- Que não retém».
Cada um escolha a adjectivação que melhor lhe parecer.
Nós por cá já escolhemos.
Quanto à licenciatura de Pinto de Sousa, vulgo Sócrates, nada disse.
Ou seja, nem para aprender inglês o dinheiro deu.
Pois!!!
Que diz a tudo isto o senhor de Porto de Ovelha?
E o outro, o ministro da economia?
Espionagem política ou será antes, piolhagem do inglês, do inglês técnico??