quarta-feira, novembro 19, 2025

Negociatas do Trump

Morte do jornalista que era dissidente do regime saudita foi tema de desconforto na Sala Oval, durante visita do príncipe herdeiro Mohammad bin Salman à Casa Branca.
"Quer goste dele ou não, as coisas acontecem. Mas ele não sabia nada sobre isso. E podemos deixar assim. Não é preciso envergonhar o nosso convidado fazendo uma pergunta dessas", disse Trump sobre o incidente internacional quando questionado por um jornalista na Sala Oval com o príncipe Mohammed.
"As coisas acontecem"!???
Hipócrita.
Já os serviços secretos norte-americanos tinham alegado de que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, provavelmente tinha alguma culpa no assassinato do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi, em 2018.
Não sejas hipócrita.
Para o Donald não importam, nunca importaram as mortes de inocentes.
O importante são os 600 mil milhões de dólares que Arábia Saudita está a pronta a investir nos Estados Unidos da América do Norte.
E a venda à Arábia Saudita de caças F-35.
O assunto do Donald é negócio.



E viu fotografias?

 


Limpeza e já!

E fala o Ventura do «chega» em corrupção a toda a hora, instante e cada vez que abre a cloaca.
Diz que quer «limpar» Portugal.
Começa pelo teu cortelho.
"Deputado do Chega apresenta despesas de viagem em datas em que esteve ausente por doença".



Lembrando um dos que nos ajudaram a crescer!

«Hoje, o silêncio pesa mais um pouco.
Há seis anos, no dia 19 de novembro de 2019, a voz que nos ensinou a desassossegar partiu fisicamente. Mas José Mário Branco, génio, visionário, arquiteto da canção de intervenção, nunca se calou.
A sua obra não é só música; é um território de memória, um manual de resistência, um abraço de força para quem acredita que um outro mundo é possível. Ele não cantou sobre o que via, ele escavou nas entranhas do país e mostrou-nos o que podíamos ser.
Zé Mário, para nós, continuas a ser a bússola, o acorde inesperado que desafia a harmonia conformista. És, e serás sempre, a nossa inspiração e nosso mestre.
Que saudades, Zé Mário. Não daquelas que paralisam, mas daquelas que movem. Que nos fazem levantar a voz e continuar a cantar as pedradas no charco, a desfazer os nós e a semear o futuro.
A luta continua, Mestre.
E a tua canção, essa, é para sempre.
“Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não!”»



António Filipe vs Luís Marques Mendes

Ontem aconteceu o 2.º debate entre candidatos a Presidente da República Portuguesa, na SIC, entre António Filipe e Luís Marques Mendes.
Começo por falar da moderadora. Clara de Sousa comportou-se como se estivesse numa daquelas enfadonhas homilias do Marques Mendes ao domingo. Fez jus ao provérbio popular "para o meu amigo (Marques Mendes) um figo"!
E que figo, bem amargo, que rebentou na boca do "dono da casa".
Perguntas que procuravam fazer brilhar o "amigo", que foi comentador PAGO À PEÇA, pela estação da SIC, é bom lembrar!
Mas foi atropelado o "amigo"!
O ar de "dono da casa" não o salvou.
Começou na questão dos acordos da CGTP em que Marques Mendes afundou a bem afundar. Os bem preparados, como se diz, afinal, não estão assim tão bem preparados. Um erro de palmatória. Só confirma que os dois, a "Clarinha" e o amigo do "figo", continuavam a imaginar-se na homilia dominical.
As falhas sucessivas do governo na saúde, a que Marques Mendes continua umbilicalmente ligado, mesmo que diga o contrário, não tiveram do candidato uma resposta assertiva e clara.
Não faltou, como era de prever, a Guerra da Ucrânia. E, por que não perguntou pelo genocídio em Gaza? Pela posse dos territórios palestinos por parte dos israelitas?
Não convinha. Claro!
Depois a Greve Geral. Marques Mendes meteu as mãos pelos pés e saiu da confusão apoiado num discurso evasivo que escondeu o retrocesso civilizacional nas relações laborais. Para Marques Mendes o lado em que se posiciona é o do patronato. Defesa da UGT? Quantos sindicalizados tem a UGT? Responda. Bem esteve António Filipe, quando disse que as portuguesas e portugueses querem ver na presidência alguém que os defenda.
O discurso de Marques Mendes em muitas ocasiões assemelhou-se ao discurso do inútil. Até na fuga a certos temas, o da TAP foi um deles, com a célebre frase do "não me comprometa"!
Siameses. Nada a estranhar amigos e figos não faltam.
Proximidades partidárias. A entrega do cartão de militante? Deixe-se de malabarismos, contorcionismos e ilusionismos. Já nem as criancinhas acreditam em tais números.
Num debate civilizado, António Filipe marcou pontos, quer certos bajuladores queiram ou não.
Por último os moderadores. Quer no debate entre Seguro e Ventura, quer agora entre António Filipe e Marques Mendes houve uma forma capciosa, ardilosa, cavilosa e tendenciosa de apoiarem "os amigos". Nada a estranhar num país em que se apoia a ascensão da extrema-direita como se bajulam os poderosos.
Só falta mesmo num qualquer debate na RTP, onde esteja Marques Mendes ser o "afilhado" o moderador. Nada a estranhar.



segunda-feira, novembro 17, 2025

Tratamento VIP

Portugal continua igual ao que foi há séculos. Sempre uma canalha armada ao "pingarelho" destituída de tudo, menos de lábia, mas a fazer vida de ricaços a aparecerem em tudo o que são festas, eventos da sociedade nojenta. São recebidos nos palácios da agiotagem a pedirem milhões e depois não pagam. Qual o cidadão português que não gostaria de ter um tratamento destes? Pedem milhões para todo e qualquer negócio, fábricas de gambozinos e de água a ferver, para depois abrirem falência e pior, muito pior, beneficiam de perdões da agiotagem. Evidente o pobre português que caiu na infeliz ideia de pedir um empréstimo para comprar uma habitação, por mais modesta que seja, vai pagar a dobrar o empréstimo e as comissões que a agiotagem lhe cobra dão para aliviar as dívidas dos caloteiros.
A Caixa Geral de Depósitos, banco público, do todo-poderoso e eloquente administrador Paulo Macedo, perdoa dívidas em série.
Quando instado a pronunciar-se cala-se.
Mas refere, sem qualquer pejo, numa apresentação de resultados do terceiro trimestre de 2025, que a Caixa Geral de Depósitos, em matéria de crédito malparado, "não existem casos importantes nos últimos cinco anos".
Pois, perdões não faltam.
Dizer, em abono da verdade, que não é só o banco público a entrar no perdão das dívidas, outros como o Millennium BCP, BPI e Novo Banco também o fazem.
O caso de um tal João Pereira Cotinho, que até detinha, ou detém, vá-se lá saber, uma ilha em Angra dos Reis, uma zona paradisíaca e exclusiva no estado do Rio de Janeiro não é virgem.
Lembrar o caso do "Joe", o Berardo, que tem créditos incobráveis por parte, nomeadamente, da Caixa Geral de Depósitos.
O banco público tem vencido todos os processos que colocou em tribunal contra o empresário madeirense, todavia o dinheiro não aparece.
Mas a festa continua.
Em julho deste ano, o Ministério Público acusou Joe Berardo e outros três arguidos de burla qualificada, por simularem uma ação cível que impediu a CGD, o BCP e o Novo Banco de reclamarem créditos no valor de mil milhões de euros relacionados com a Coleção Berardo.
E vocês só pensam no Sócrates, Salgado e outros que tais.
Há muitos mais.



Aí está o cardápio do restaurante "Vida Boa"!

O "cozido à portuguesa" está pronto.
Empanturrem-se e bebam até caírem no sono dos inocentes.
A conta virá mais tarde!
Até ao Natal o "vamos contar mentiras" fará dos vossos serões uma telenovela de faca e alguidar.
Esqueçam as amarguras da vida e entretenham-se com baboseiras e muita falsidade.
Comam as rabanadas, as filhoses, as belhoses e bebam o que vos apetecer.
Será que vão existir os célebres jantares de Natal com discursos a lamber os chefes e as não menos célebres "prendas surpresa"?







Isto é transparência?

NÃO.
Isto é o anúncio de uma situação e nada mais.
Onde estão os mais de 20 contratos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas?
Segredo de justiça? Pois, sempre a beneficiar os infratores e a julgar todos pelo mesmo diapasão.
NÃO É JUSTO.
Assim não há transparência alguma, apenas penumbra.
Se já há um conjunto de processos, mais de 20, que estão já em apuramento de responsabilidade financeira, o que significa que foram cometidas irregularidades, os contribuintes têm o direito a conhecê-las e os que não foram responsabilizados não serem julgados injustamente.