terça-feira, abril 21, 2015

A podridão no reino de um «regulador»


António Varela foi nomeado, em 2014, pelo actual governo Coelho & Portas administrador do Banco de Portugal (BdP).
Até aqui tudo «parece» normal.
Já anormal é a declaração de rendimentos do «TÓ Varela» e se descobre que, o cavalheiro da ordem dos servidores da corja, tem uma extensa lista de investimentos, incluindo acções, obrigações e fundos ligados a bancos.
Nas aplicações financeiras encontra-se um lote de 1 357 acções do Santander e partilha a «meias» a posse de 506 261 acções do BCP, 37 824 do suíço UBS, 1 253 do Santander Central Hispano, 110 do Deutsche Bank e 25 acções preferenciais do Banif (com o valor nominal de 1000 euros). Possui ainda acções de cotadas portuguesas, como a Mota-Engil e a Portugal Telecom.
O portefólio de António Varela inclui também obrigações (dívida) de diferentes entidades, incluindo uma do Santander US, com um valor de 100 mil euros, duas do BCP (avaliadas em 50 mil euros cada), uma do BBVA no mesmo montante e ainda 50 do Banif (a 1000 euros cada).
Varela é detentor ainda de obrigações de outras empresas, como a EDP ou a Telefónica, tendo investido igualmente em dívida grega.
A carteira declarada acolhe, finalmente, participações em diversos fundos de investimento, alguns dos quais relacionados com a evolução de títulos da banca, de divisas ou de dívidas soberanas.
Sobre uma eventual incompatibilidade por causa das funções de regulação do sector financeiro, o BdP diz ter criado (??) um grupo de trabalho para propor soluções. A decisão foi tomada tendo em conta a natureza da carteira de investimentos, aguardando o BdP o parecer do seu consultor de ética.
CONSULTOR DE ÉTICA?
Quem será o consultor? O Dias Loureiro, o Salgado, o Duarte Lima ou outro «amigalhaço» do Cavaco?
O banco central dispõe actualmente de um código de conduta que faz referência a este tipo de situações, embora não proíba claramente estas práticas (??), nem aborde directamente os casos de carteiras constituídas antes da nomeação.
O documento, diz que a actuação dos membros do conselho de administração deve ser "honesta, independente, transparente, isenta, discreta e não atender a interesses privados ou pessoais", cabendo-lhes respeitar "os mais elevados padrões de ética e evitar situações susceptíveis de originar conflitos de interesses", não devendo, designadamente, participar em quaisquer operações económicas ou financeiras que possam prejudicar a sua independência ou imparcialidade.
TUDO, MAS TUDO, DECLARAÇÕES DE INTERESSES E DE INTENÇÕES!
SÓ!
Mas, INTENÇÕES leva-as o vento!
E quanto aos outros…
A carteira declarada pelo «TÓ» Varela sobressai face aos investimentos detidos pelos restantes membros do conselho de administração do BdP.
O governador Carlos Costa refere “apenas” um conjunto de planos poupança reforma (PPR) na declaração entregue ao TC. Pedro Duarte Neves, vice-governador desde Setembro de 2011, entregou recentemente uma nova declaração em que refere possuir “só” certificados de aforro. José Ramalho, também vice-governador, “faz referência” a depósitos a prazo, um fundo de investimento, certificados de aforro, dois PPR, mas também obrigações de dois bancos - Caixa Geral de Depósitos e Montepio. João Amaral Tomaz, nomeado administrador igualmente em Setembro de 2011, “declarou” acções do Sporting Clube de Portugal, dois PPR e certificados de aforro e do tesouro. E, por fim, o administrador Helder Rosalino, “detém” igualmente dois PPR e participações num fundo de investimento.
Estou-me nas tintas para as comissões de ética, para as declarações de ou sem interesse, para as manifestações de honestidade, independência, transparência, isenção, e ao não atendimento a interesses privados ou pessoais.
BARDAMERDA PARA A TANGA!
Já sabemos que é TUDO TANGA!
O que eu gostaria de saber, e isso nem a justiça, nem a polícia sabem desvendar, nem querem, como se consegue tamanha “carteira”!
ISSO É QUE ERA IMPORTANTE SABER-SE!
SÓ QUE…
Valha-nos a Senhora dos Prazeres e a Senhora do Coito… que por acaso também enchem a carteira a muitos…