Os últimos acontecimentos, manifestação dos professores e manifestação nacional tiveram a cobertura jornalística que todos conhecemos - QUASE NADA!
As notícias (péssimas do governo) merecem o destaque que todos conhecemos. Comentários e mais comentários. Comentários dos comentários «fazem a notícia», daí resulta NADA.
Pombos correio do poder é o que faz grande parte da imprensa. Notícias fabricadas nos gabinetes surgem nos escaparates, como diários de bordo da actuação governativa.
As campanhas contra instituições, classes profissionais são mais que muitas.
A dependência jornalística em relação ao poder é mais que evidente, caso da televisão do Governo(RTP) e das confrarias SIC e TVI.
As sondagens encomendadas e a preceito são elucidativas!
A imprensa regional, fortemente dependente do poder instalado, rege-se pelo mesmo diapasão!
Tudo isto, recordou-me uma crónica de Miguel Sousa Tavares.
Aqui fica:
«Ao contrário da maioria das opiniões, não penso que os actuais males de que padece a nossa informação tenham que ver com maus jornalistas. Essa parece-me uma acusação demasiado fácil para ser deixada no ar, sem sequer se tentar perceber as razões que impedem o bom jornalismo. E estas, a meu ver, são, essencialmente, duas: as dificuldades crescentes no acesso à informação e a debilidade económica das redacções para fazerem, já não digo um jornalismo de investigação, mas ao menos um jornalismo de rigor. Estamos cada vez mais reduzidos a um “jornalismo sentado”, à espera do toque do telefone ou da denúncia de fontes não identificáveis. E feita por uma nova geração de jornalistas miseravelmente paga, mal ensinada e mal treinada, sem condições sérias de trabalho e sem nenhuma motivação para cumprirem o sonho, a vocação e o sentido de missão que os levou a quererem ser jornalistas. É uma profissão nobre, que o ar dos tempos vai aos poucos reduzindo a um estatuto de desilusão e impotência. Mas disso, quem quer saber?»
Quem quer saber? Só os que com cordelinhos manietam, manipulam a INFORMAÇÃO. O poder económico e político determina, obriga e subjuga consciências.
Predomina a revisteira cor de rosa! Não suja os dedos quando se lê!
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