Cada vez mais há a necessidade da criação de uma Rede Nacional de Lares.
domingo, junho 30, 2024
Perda
Infelizmente vamos perder uma das melhores cronistas de Portugal.
Parabéns por todos os textos que publicou e fizeram-nos pensar.Lembro as palavras de Carmo Afonso: "Há mais de dois anos que vos escrevo nesta última página. Hoje faço-o pela última vez. Na maioria das vezes foi um prazer enorme escrever estas crónicas. Invocando novamente John N. Gray, digo-vos que o que se escreve tem consequências, mas são raramente as que os autores esperam ou desejam, e nunca apenas estas. Não fiquem com a perceção de que isto é um lamento. Pelo contrário, vejam como a genuína rendição à lei da ironia.
Agradeço a todos as leituras e os comentários, mesmo os maus, e a este jornal agradeço a extraordinária oportunidade."
Avisos
Esta é a forma concebida, presume-se com autorização superior, de avisar os utentes de que é permitida a utilização da rede, mas é proibido desmontá-la!
Estranha-se como se apresenta o aviso. Mas já nada nos admira!
Já agora porque não existe pelo menos um recipiente para recolha do lixo. São muitas as garrafas espalhadas junto ao campo de areia.
Uma atitude pedagógica e respeitadora do ambiente se tal for objectivo dos poderes instalados.
sábado, junho 29, 2024
E a chuva tudo leva!
Bastou uma chuva e o campo de areia recentemente inaugurado no Parque Urbano do Rio Diz ficou, como era de supor, completamente alagado.
Estava escrito!Que engenheiro pode "pensar" um campo de areia sem qualquer drenagem? Uma obra para enganar incautos.
Mas a placa da inauguração lá está para que os visitantes percebam como o executivo camarário da Guarda pensa e realiza. Obras enganadoras e sem qualquer interesse para o desenvolvimento do concelho.
Hoje não foi possível utilizar o campo de areia e nem se saberá quando será possível a sua utilização!
Curiosamente o espaço relvado estava em perfeitas condições e os jovens puderam praticar quer futebol, quer o voleibol.
Substituíram a relva pela areia e o resultado está à vista!
Tirem as vossas conclusões.
O "engenheiro" do parque queixa-se que o campo está a perder areia!
Pudera, com tanto roubo de areia para os gatos e para as pequenas obras caseiras, a areia vai desaparecendo obviamente. Ou esperavam algum milagre?
Venha mais e mais areia!
E não é que Marx tem razão!
Leiam com a máxima atenção possível o que ele escreveu e olhem à vossa volta!
Bem sei uns patamares acima na tal taxionomia do Bloom.Mas um esforço, vá lá!
“A razão última de todas as crises reais é sempre a pobreza e a limitação do consumo de massa face à tendência da produção capitalista de desenvolver as forças produtivas como se não tivessem outro limite senão a capacidade absoluta de consumo da sociedade.”
O que é isso de "Presidente de toda a Europa"?
Algo parecido com o que Mário Soares disse quando foi eleito Presidente da República "Presidente de todos os portugueses"?
Seja original.Copiadores só na Idade Média e nos conventos, pois!
O estrangeirismo a invadir a nossa língua.
Uma língua tão rica e sem necessidade de quaisquer estrangeirismos.
Que a classe política, imbecil, se arme ao pingarelho e utilize a cada segundo o estrangeirismo, não espanta!São imbecis.
Agora que os portugueses os queiram imitar só de macacos, mas dos de imitação obviamente!
Poeiras do Saara ou desrespeito?
As poeiras do Saara na Guarda e, nomeadamente, no Parque Urbano do Rio Diz?
Nada disso!Desrespeito por quem utiliza o espaço e procura tranquilidade e algum bem-estar!
Na semana passada um funcionário, suponho da tal empresa contratada por milhares de euros, pela autarquia, para fazer a limpeza dos jardins da cidade da Guarda, decidiu "aspirar" a areia da pista das bicicletas.
E eis que a poeira foi enorme, tornando o ar irrespirável.
As poeiras atingiram adultos e jovens que utilizavam a pista com as suas bicicletas. Tiveram mesmo de interromper as suas actividades lúdicas.
Um desrespeito TOTAL pelas pessoas.
As imagens são elucidativas do estado em que ficou o espaço!
Pedir mais respeito é exigir muito?
sexta-feira, junho 28, 2024
Ponto de vista
O actual Governo da AD navega ao sabor dos ventos. Surge um problema e logo se apresenta um plano. Por que caminho é que seguimos? Será que sabemos para onde vamos? Na vida, para chegarmos a bom porto é preciso saber aonde os ventos nos levam, navegando, quando necessário, à bolina.
E assim segue a política sem resolução prática dos graves problemas que afectam a grande maioria dos portugueses, saúde, educação, emprego, habitação, poder de compra, justiça, só para citar alguns.
Com estas velas navega-se também no permeio das declarações, decisões, contradições que apanham aqui e ali os senhores das opiniões publicadas e os comentadores das políticas do tipo pítia com guiões de novelas do tipo mexicano, mais ou menos enredadas, que se vão a enrolar ou desenrolar consoante o final que gostariam que acontecesse. Lá vão a aproveitar o rumo dos ventos com determinação. Uns, para alcançarem o poder, outros para ajudarem aqueles outros a alcançá-lo. Só que os portugueses começaram a entrar em regime de mareamento, ou seja, enjoo com tanta navegação à bolina.
E face a tantos e tantos casos, uns terminados, outros em fase de audições e adiamentos de toda a natureza, eis que surge o plano anticorrupção negociado segundo se diz entre os partidos. Estranhamente, ou talvez não, um plano negociado com os mais directamente interessados na actividade.
E face a tantos e tantos casos, uns terminados, outros em fase de audições e adiamentos de toda a natureza, eis que surge o plano anticorrupção negociado segundo se diz entre os partidos. Estranhamente, ou talvez não, um plano negociado com os mais directamente interessados na actividade.
Portugal tem leis anticorrupção das mais avançadas e completas da Europa só que não são aplicadas.
Organismos internacionais denunciam a corrupção em Portugal. Um relatório do Parlamento Europeu refere que o montante perdido para a corrupção supera o orçamento anual para a Saúde e é dez vezes superior às despesas com o desemprego. Se fosse redistribuído por toda a população portuguesa, o valor perdido para a corrupção daria 1 763 euros por ano a cada português.
Mas não se julgue que a corrupção só se verifica ao nível político. Longe disso. Desde os ditos favores concedidos nas repartições, onde os salários dos funcionários são miseráveis, logo propícios a todo o tipo de fraude, à burocracia, à acumulação indevida de actividades, passando pelos almoços e jantares de presidentes de câmara com hipotéticos investidores, até aos fundos europeus que são a maior fonte de corrupção e chegando aos políticos decisores das instituições de maior gabarito a corrupção campeia e é pasto da avidez e enriquecimento ilícito de muitos.
Os sinais exteriores de riqueza são mais que muitos sem que nada nem ninguém ouse incomodá-los. E se um cidadão procura saber a razão de tanto gamanço logo se levantam barreiras e ameaças de toda a ordem.
É a dita transparência tão propagandeada aos sete ventos! Anunciam-se 31 medidas de anticorrupção. Mas não há prazo para a entrada em vigor das tais medidas. Então para que as anunciaram?
Mais areia para os olhos dos portugueses. As medidas agora anunciadas, nomeadamente a legalização do lobbying não é mais do que permitir o tráfico de influências já tão usado. É tornar legal o crime.
Deixar de fora do plano apresentado os “offshore”, os paraísos fiscais são mais um expediente para enganar os incautos cidadãos.
E quem acredita no confisco de bens que resultem de actividade à margem da lei? Mas a lei já existe, só que não é, mais uma vez, aplicada.
Fala-se do aumento da transparência através do portal Base? Mais e mais ajustes directos que contemplem as empresas amigas sem concursos ou com falaciosas formas de contratualização?
O plano é mais uma vez vago e sem qualquer aplicação prática. Apenas e tão-só um paliativo genérico que procura aliviar uma gangrena que beneficia os mesmos de sempre, os donos disto tudo!
As hipocrisias são mais que muitas.
E por fim que dizer do objectivo da educação para a prevenção da corrupção? Educar onde e como?
A corrupção é já um problema estrutural e não cultural.
O amiguismo, o facilitismo, o jeitinho, características tão próprias do ser português, são também elas – não tenho a mais pequena dúvida disso – o embrião perfeito das práticas corruptivas.
O Estado mediante todos os níveis de ensino devia ter um papel fundamental na estruturação de programas educativos que enfrentassem esta realidade de modo muito clara e quanto mais prematura, melhor.
Mas duvida-se da intenção. Basta lembramo-nos do caso da disciplina de Formação Cívica tão criticada e abusivamente colocada em questão. Educar para a corrupção? Não brinquem com coisas sérias. Para que não se julgue que é tudo mau, saliente-se, ao nível da proteção do setor público, positiva a intenção de garantir “que as nomeações em regime de substituição sejam acompanhadas da abertura de concurso público para preenchimento das vagas”.
Só importa saber se esses concursos não são eles também mais uma forma de corrupção como já acontece.
Mais de 30 medidas sem data para entrarem em vigor enquanto os gabinetes de advogados vão a estudar os alçapões e os beneficiários arrumando a sua alegre vidinha.
Como esta é a última crónica antes da interrupção para férias fica o meu voto de bom e tranquilo período.
Como esta é a última crónica antes da interrupção para férias fica o meu voto de bom e tranquilo período.
Adultos a utilizarem os baloiços e outros equipamentos do dito parque das crianças!
Mas será que certos adultos não percebem que os equipamentos, muitos deles em elevado estado de degradação, são exclusivamente para as crianças?
E depois ainda há quem se admire do mau comportamento de certos alunos nos diversos espaços públicos.
Exemplos mais que muitos partem de casa.
Haja respeito!
Ontem, dia 29 de Junho 2024, no "parque das crianças" no Parque Urbano do Rio Diz!