ALDRABÕES!!!!
sexta-feira, fevereiro 28, 2014
O país está melhor, os portugueses NÃO!!!
Ora cá está mais uma confirmação do que um acéfalo proclamou aos sete ventos:
Então não está melhor o país???
CLARO, PARA ALGUNS!!!
Então não está melhor o país???
CLARO, PARA ALGUNS!!!
CONSTATACÃO DO DIA
Em Portugal actualmente o optimista é aquele que diz:
"Se isto continua assim, acabamos todos na rua a pedir esmola". E o pessimista pergunta:
"A quem ?"
"Se isto continua assim, acabamos todos na rua a pedir esmola". E o pessimista pergunta:
"A quem ?"
A corte na «aldeia» I
As actas do executivo da
câmara municipal da Guarda deviam passar a ser de leitura obrigatória para,
pelo menos os cidadãos do concelho da Guarda.
São no nosso entender a forma
mais bacoca e parola de dirigir o quer que seja desde o clube de futebol da
terra até ao rancho folclórico da freguesa. Julgo mesmo que, em muitas dessas
colectividades com cidadãos sem grandes habilitações académicas as intervenções
serão bem mais cuidadas e preparadas que as que se verificam no órgão máximo da
câmara municipal da Guarda.
Mas nada disto nos espanta!!!
Tudo quanto vai ser escrito
aqui pode ser consultado em: http://www.mun-guarda.pt/index.asp?idedicao=51&idSeccao=571&Action=seccao, para
que não se julgue que houve ou há intenção de deturpar o quer que seja e, muito
menos adulterar ou enganar os factos.
É a desmistificação de que os «passeios
políticos», a que alguns se referem, não passam de slogans bem direccionados e
com intenções bem claras e objectivas sobre os interesses pessoais de
progressão nas carreiras. A seu tempo falaremos deles e das alpendradas casas…..
Vamos à acta…..da graça de
vinte e quatro de Outubro de 2013.
Uma acta deve reflectir de
forma objectiva e clara o que se passou numa reunião.
Partindo deste pressuposto
passemos à análise da dita ….acta!!!
Na reunião de 24 de
Outubro de 2013 as lambidelas foram mais que muitas…..
Na sua primeira intervenção,
o senhor José Igreja, candidato (derrotado) pelo PS, vai de lambuzar a vereação
vencedora, PSD mais CDS e lançar foguetes e abrir garrafas de champanhe à
vitória adversária. O senhor Igreja: «disse ser muito importante esta
primeira reunião de Câmara. E as outras reuniões, já não o serão???
Na qualidade de candidato à Câmara Municipal da Guarda,
pelo Partido Socialista, cumprimentou o Senhor Presidente e todos os
Vereadores eleitos, dando os sentidos e responsáveis parabéns à coligação PSD/CDS
e à pessoa que personificou a candidatura, Dr. Álvaro Amaro. Desejou, ainda,
que a Guarda cresça e singre por ser a razão que os une a todos. Afirmou que
pretendem ser uma oposição realista, séria, não radical, nem com intenção de colocar
“areias na engrenagem” e trabalhar com o Executivo naquilo que for positivo para
a Guarda, criticar se achar que alguma coisa não está a correr da melhor maneira,
ou alertar para alguns perigos que possam acontecer.»
Uma oposição não deve ser
aguerrida só por o ser mas deve marcar terreno. Saber que mesmo em situações de
trabalho deve saber marcar terreno e exigir o cumprimento do estatuto da oposição.
Será que o senhor Igreja, ou o resto da oposição conhece tal ESTATUTO???
Duvida-se!!!
Cumprimentos e felicitações
são para serem dados no momento certo e, no local certo, e não em reuniões
«ditas» de trabalho. Frases feitas, com punhos de renda e acordes de sonatas
soariam a balofas nos serões dos salões
do século XVIII.
Já agora o que é isso de oposição realista???
As oposições
querem-se activas e responsáveis, entende senhor Igreja?
O radicalismo deve ser
usado sempre que se extremam as posições.
Sabe senhor Igreja, de consensos
moles, de conluios mitigados e de subserviências enganosas estamos TODOS
fartos.
Saiba defender os interesses de TODOS os guardenses, e não só os de
alguns…..
Criticar se achar que «alguma
coisa não está a correr da melhor maneira»????
Mas senhor Igreja que
brandura, que conformismo atroz!!!
Conciliações e reconciliações
não são forma de alcançar objectivos.
A tudo isso chama-se «vender a
alma ao diabo»!!!
Que samaritano o PS arranjou
para «colocar » na câmara da Guarda.
«Alertar para os perigos(??)
que possam suceder???
Ou seja o senhor
Igreja e, o PS também, passaram a ser a consciência cívica do PSD/CDS!!!
Brilhante.
Quem pode espantar-se pelos péssimos resultados eleitorais do PS, na
Guarda?
Numa época em que as pauladas do PSD/CDS aos portugueses são mais que
duras? Só um figurante, como o senhor Igreja, podia ter tal resultado e
prestar-se a tantos e «bondosos conselhos» aos adversários.
Mas, ficou-se a saber, de viva
voz, que afinal as diferenças entre «este» PS e o PSD/CDS são mínimas.
Coisa que não
espanta NINGUÉM!!!
Atente-se na frase proferida
pelo senhor Igreja: «Referiu, ainda, que 90% das propostas feitas pela
coligação, na campanha eleitoral, assiná-las-ia de cruz, tendo
consciência de que, da mesma forma, 90% das propostas que o Partido
Socialista fez seriam, também, aceites pelo PSD/CDS, deixando, simbolicamente, a
cada um, um exemplar do compromisso autárquico de 2013, da candidatura do
Partido Socialista, mostrando-se disponível para discutir qualquer proposta que possa
vir a ser aceite.».
Pior que isto só o resultado eleitoral – desastroso.
Após a intervenção do senhor
Igreja, o senhor de «cabra», Álvaro Amaro, trocou de gardalhetes.
Mais e mas do
mesmo ou seja bajulações e mais bajulações….
Por fim, «the last but not
the least», dizer-lhe senhor José Igreja que não é só importante a 1.ª reunião.
São TODAS IMPORTANTES!!!
PERCEBE???
Para isso, importa estudar bem os dossiers
e os assuntos a tratar.
Por fim, ficou-se a saber que
há um vice para substituir o senhor de «cabra» nas suas ausências. Despacho n.º
3/2013, Álvaro dos Santos Amaro,
Presidente da Câmara Municipal da Guarda, designa para Vice-Presidente
da Câmara Municipal da Guarda, o Vereador Carlos Alberto Chaves
Monteiro, a quem cabe substituir o Presidente da
Câmara nas suas faltas e
impedimentos, nos termos e para o efeito do disposto no n.º1 do artigo 56.º e
no n.º3 do artigo 57.º, ambos da Lei n.º169/99, de 18 de Setembro, alterada e
republicada pela Lei n.º 5A/2002, de 11 de Janeiro.
Para constar e para os
devidos efeitos publicite-se este Despacho mediante a afixação de editais.
A BEM DA NAÇÃO (DELES)!!
( O folhetim continua.....)
quinta-feira, fevereiro 27, 2014
Ponto de vista
O país assistiu, este fim-de-semana,
à maior operação de propaganda política dos últimos anos. Chamaram-lhe
congresso do PSD, mas a mim pareceu-me mais uma rave party misturada com FantasPorto.
Para o PSD, Portugal
está bem, só os portugueses é que não. O problema é que esta dissociação
patológica nos coloca a todos em rota de colisão com uma realidade que só
existe na cabeça de quem nos governa.
O PSD conseguiu, à
custa de um mar de banalidades e muita alucinogénese, fugir ao assunto das
medidas que estão para vir. Não se assistiu a um debate de ideias novas ou
salvadoras, até porque não as há. Assistiu-se, isso sim, e sobretudo, à
sublimação, ainda que por vezes indireta, dos fantasmas que povoam a
consciência de quem se quer manter no poder a qualquer custo. E um deles, que
dá pelo nome de Miguel Relvas, até foi ressuscitado, pese embora um certo sabor
a vomitado que isso provocou em muito boa gente.
A realidade não é,
infelizmente, a deste circo. Um estudo recente realizado pela Eurosondagem
revelou que 62% dos portugueses acredita que a austeridade está a "afundar
o país económica e socialmente". 64% antecipam que essa austeridade
"vai continuar por uns anos". O mais grave é que 49% são da opinião
que não existem "propostas políticas credíveis" que possam indicar um
caminho alternativo. Afundar, empobrecer, ver o país a autodestruir-se, será,
portanto, a opção mais credível aos olhos da grande maioria da população, na
qual as poucas centenas de militantes do PSD que participaram no congresso
pesam pouco mais do que zero.
Quer isto dizer que o discurso
oficial da inevitabilidade está a vencer a batalha das perceções. A esquerda
não está a conseguir articular um projeto alternativo e convincente. E é cada
vez mais improvável que o faça. Por mais que a ideia desagrade, a política é
cada vez mais um enorme espectáculo direccionado para uma plateia pouco
politizada e com um enorme défice de atenção. E contra factos nem os melhores argumentos.
Chegámos ao ponto em
que um primeiro-ministro de Portugal não se coíbe de dizer, taxativamente, que
os portugueses são tratados à paulada. E ameaça logo de seguida, dizendo que se
a primeira paulada é forte, as outras serão bem piores. A paulada é de tal
ordem que Portugal é hoje o país europeu onde mais riqueza está nas mãos dos
10% mais ricos. Muito à custa de os custos unitários do trabalho terem caído, entre
o primeiro trimestre de 2010 e o terceiro trimestre de 2013, 5%. O trabalho ficou
mais barato, mas não foi o país quem lucrou, foi um bando de ricos.
Nessa linha, o Governo
prepara-se para tornar definitivos, ainda este ano, os cortes salariais na
Administração Pública que anteriormente vendeu como temporários. O efeito de
arrastamento sobre os salários do sector privado verifica-se sempre logo a
seguir. Isto vai ao encontro da Comissão Europeia, que defende um queda
adicional de outros 5% nos salários, umas vezes, e uma desvalorização dos
salários ao ritmo atual durante pelo menos 10 anos, outras. Venha o diabo e
escolha!
Somem-se a isto os cortes
nas pensões de sobrevivência que estão a ser preparados para depois das
eleições europeias, o desemprego real que não cessa de aumentar e a emigração
forçada que bate recordes sucessivos. E muitas outras coisas que aqui não tenho
tempo de enumerar.
O facto de ninguém tocar
a sério nas rendas dos sectores energético e das infraestruturas de transportes
[leia-se auto-estradas]” torna tudo pior. É a prova de que afinal há quem seja totalmente
imune a pauladas. Assiste-se mesmo a uma reconfiguração social que origina
rendas através da privatização de serviços públicos, mesmo os que dão lucro. É
caso para se dizer que quem devia levar as pauladas é afinal quem as dá.
Isto, e muito mais, não
foi discutido no congresso do PSD. Mas devia. Porque a fé, quando levada ao
exagero, como foi o caso, troca sempre o alívio imediato por um maior mal no
futuro. E isso não é política, é fanatismo!
Tenham um muito bom
dia. E já agora uma semana sem pauladas.
(Crónica na rádio F no dia 24 de Fevereiro de 2014)
quarta-feira, fevereiro 26, 2014
Gostei de ler
“Um recluso da cadeia da Carregueira foi violado por três
colegas de cela, três dias consecutivos, numa espécie de “praxe de
boas-vindas”, tendo sido obrigado a tratamento médico.
O Ministério Público
está a investigar.” – escreve o Jornal de Notícias.
Não sei o que
está a investigar o Ministério Público mas para lá das responsabilidades de
cada um dos agressores seria importante que se percebesse não só como foi isto
possível mas como foi possível que acontecesse durante três dias. Durante três
dias nenhum guarda passou por ali? Durante três dias aqueles homens estiveram
incomunicáveis? Durante três dias ninguém viu nem ouviu nada? Ser preso não
pode significar passar a viver numa realidade alternativa onde impera a lei do
mais forte.
Quando alguém é detido a responsabilidade pela sua vida e pela sua
segurança passa para o Estado.
E não é de modo algum aceitável que este Estado
que todos os dias inventa mais um detalhe para se meter nas nossas vidas se
demita da mais elementar das suas funções: garantir a segurança dos seus
cidadãos, nomeadamente daqueles a que privou de vários direitos.
Por fim mas
não por último seria também importante que o Ministério Público investigasse a
existência nas prisões daquilo a que os jornalistas frequentemente se referem
como “praxe de boas-vindas” e que só é referida como se se tratasse de uma
fatalidade porque quem assim pensa, fala e escreve não pensa que um dia pode
ser preso ou pior que pode ver os seus filhos numa cadeia.
In «http://blasfemias.net/2014/02/25/e-sobre-estas-praxes-nao-tem-nada-a-dizer/»,
acedido em 25 de Fevereiro de 2014.
Gostei de ler.
E agora, os acérrimos defensores da ilegitimidade das praxes universitárias calam-se perante tamanha MONSTRUOSIDADE??
É que estas «boas vindas» também são praxes!!!
E tu, paspalha e cadavérica Paulinha Teixeira da Cruz NADA DIZES???
Pois, já sabemos....o país está bem, os portugueses é que não!!!
Sobre a actuação do Ministério Público e forças ditas de «segurança» estamos conversados.
INCOMPETENTES!!!
DIÁRIO de MIGUEL TORGA
Não, não é por teimosia, nem por heroicidade, que eu me
mantenho nesta dolorosa situação.
É por convicção objectiva.
O mal é ninguém
ter ainda percebido que o problema para mim consiste apenas em saber de que
lado estão os valores da vida.
Se os meus valores estivessem trocados, e eu o
percebesse, seria eu o primeiro a destrocá-los.
Mas não vejo que estejam.
E não
mudo.
Miguel Torga - Diário IV
Palavras para quê???
Mesmo sem tradutor dá para entender TUDO!!!
Só os cochinos não entendem.....são acéfalos!!!
São eles que um dia...serão presidentes!!!
Afinal já descobriu as diferenças?
Será que são assim tão grandes as diferenças entre Assis e Rangel???
Para mim, CHEGA!!!
Nem o copo está meio vazio, nem meio cheio.....VAZIO!!!!
Racismo no acesso à Educação no Brasil
Racismo no acesso à Educação no Brasil. Num país que vai realizar o campeonato do mundo de futebol e, os Jogos Olímpicos de
2016. Muitas questões que se levantam aqui neste documentário: Igreja Católica,
Racismo, Violência, Discurso dos Poderosos.
Afinal que país é este que se anuncia em «vias de desenvolvimento» e tem tantas e tantas desigualdades.
É O CAPITALISMO, ESTÚPIDO!!!
terça-feira, fevereiro 25, 2014
O ausente
O novo presidente da comissão política concelhia do PSD, Jorge Libânio, tomou posse!!!
A notícia até pode parecer simples e inocente não fosse o - AUSENTE!!!
Isso mesmo, o senhor de «cabra», Álvaro Amaro, actual presidente da câmara da Guarda, faltou à tomada de posse do presidente da concelhia!!
Como pode alguém dizer-se presidente de uma câmara a cujo concelho não lhe «passa cartão»!!!
Mas, lá que esteve no congresso dos «papagaios», em Lisboa, disso TODOS temos a certeza.....
Há cartões a ...passar!!!!.
A notícia até pode parecer simples e inocente não fosse o - AUSENTE!!!
Isso mesmo, o senhor de «cabra», Álvaro Amaro, actual presidente da câmara da Guarda, faltou à tomada de posse do presidente da concelhia!!
Como pode alguém dizer-se presidente de uma câmara a cujo concelho não lhe «passa cartão»!!!
Mas, lá que esteve no congresso dos «papagaios», em Lisboa, disso TODOS temos a certeza.....
Há cartões a ...passar!!!!.
Liberais da .....trampa
A isto se chama, na versão neo-liberal de Coelho & Portas o «milagre económico»!!!
Grande milagre....
Podem assoar-se a ele....
Eu por mim VOMITO-LHE PARA CIMA!!!
NOJO!!!
Felizmente há LUAR
Em vez dos «mirós» VENDAM A MERDA DOS PIMBAS!!!
ACABAVA-SE A ATROFIA INTELECTUAL.
SERÁ???
Pois....
Acrescentem ao «pacote» a PIMBALHADA DO GOVERNO, POR FAVOR!!!
O cinto que sinto
«O país está melhor, os portugueses é que não»!!!
A frase mais asinina desde que um acéfalo passou a ser bípede!!!
segunda-feira, fevereiro 24, 2014
Chips, mentalidades e totós
Maquiavel, na sua obra “Discursos de Tito Lívio”,
avisava que «a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma
vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar
dela». Esta constatação acerca do lado negro da natureza humana causa-me
sempre calafrios e faz-me suspeitar, agora que se fala tanto nos
quadros de Miró, que estamos a tratar de muito mais que os 36 milhões de
euros que o governo esperava obter com a sua venda.
Não vou aqui alongar-me sobre os pormenores da trapalhada, sobre a qual já quase tudo foi dito. Claro que o governo descaiu para a alarvice, à moda daqueles campónios que, de esfomeados que andam, açambarcam comida em casamentos. Claro que violou todas as leis que encontrou pelo caminho, exportando os quadros como se de um qualquer negócio de narcotráfico se tratasse. Claro que tem uma agenda ideológica contra a cultura, ou antes, contra qualquer cultura que não seja a sua.
Isto percebe-se muito bem da parte de quem acha que cultura e mercados são mais ou menos a mesma coisa. De quem nunca considerou a possibilidade da manutenção desta obra em Portugal poder representar, a prazo, uma mais-valia cultural e turística com um valor muito superior aos malfadados 36 milhões de euros. De quem consentiu que os quadros fossem embora sem nunca serem mostrados.
Atrevo-me a suspeitar que, se por qualquer malabarismo da história, se descobrisse agora que o BPN tinha também deitado a mão ao testamento de Cristo, à certidão de nascimento de D. Afonso Henriques ou a uma carta de amor do infante D. Henrique, o governo também vendia. E se fosse por mais de 36 milhões, ainda vendia mais depressa!
Mas o PS não tem razões para sorrir. Pode até ter tido o mérito de ter encravado, com a iniciativa de alguns dos seus deputados, todo este processo. Mas a revelação de que, já no tempo de Sócrates, se iniciou a venda da obra, revela apenas as cambalhotas a que a política obriga. Podem agora Gabriela Canavilhas e Teixeira dos Santos vir dar murros no peito, garantindo que nada sabiam. O problema é que o PS só foi contra a saída dos quadros porque hoje é oposição. Se fosse governo, faria exatamente a mesma coisa. Só não acreditam nisto os totós e os militantes do partido.
Quando Passos Coelho, a propósito do assunto, afirmou que precisamos de um chip de nova mentalidade, fiquei sem saber se devia rir ou chorar. Até porque nem sei se é de comédia ou de tragédia que falamos quando discutimos esta questão.
Mas lembrei-me logo que Miró, tendo escorado a sua obra na força do surrealismo, foi também influenciado por outros movimentos, como o cubismo, o fauvismo e o dadaísmo. E este último reconheceu que o principal problema das manifestações artísticas era almejar algo que é impossível, como por exemplo explicar o ser humano. Quiçá, a pensar já em certos artistas da nossa praça…
É por isso que eu não sou capaz de explicar a razão para Passos Coelho acreditar que ainda nos pode cantar a canção do bandido. Quando o PS nacionalizou o BPN, deixando fugir os bens e ativos da Sociedade Lusa de Negócios, não consta que o PSD tenha manifestado descontentamento com tal solução. Por isso os 36 milhões de euros não deviam vir da venda dos quadros. Deviam vir dos bolsos dos amigos de Cavaco Silva que um dia deram um golpe bilionário num banco e em todos nós!
«Mais importante do que a obra de arte propriamente dita é o que ela vai gerar. A arte pode morrer, um quadro desaparecer. O que conta é a semente».
Estas palavras foram proferidas por Joan Miró i Ferrà, alguém que há cem anos enfrentou as forças anónimas da corrupção política e social. E que confraternizou com objetores de consciência e outras más companhias da época. Só por isso, nunca teria agradado a Passos Coelho. Mas pelo menos não era tótó, nem sonhava com chips.
(artigo publicado no jornal O Interior em 13 de Fevereiro de 2014)
Não vou aqui alongar-me sobre os pormenores da trapalhada, sobre a qual já quase tudo foi dito. Claro que o governo descaiu para a alarvice, à moda daqueles campónios que, de esfomeados que andam, açambarcam comida em casamentos. Claro que violou todas as leis que encontrou pelo caminho, exportando os quadros como se de um qualquer negócio de narcotráfico se tratasse. Claro que tem uma agenda ideológica contra a cultura, ou antes, contra qualquer cultura que não seja a sua.
Isto percebe-se muito bem da parte de quem acha que cultura e mercados são mais ou menos a mesma coisa. De quem nunca considerou a possibilidade da manutenção desta obra em Portugal poder representar, a prazo, uma mais-valia cultural e turística com um valor muito superior aos malfadados 36 milhões de euros. De quem consentiu que os quadros fossem embora sem nunca serem mostrados.
Atrevo-me a suspeitar que, se por qualquer malabarismo da história, se descobrisse agora que o BPN tinha também deitado a mão ao testamento de Cristo, à certidão de nascimento de D. Afonso Henriques ou a uma carta de amor do infante D. Henrique, o governo também vendia. E se fosse por mais de 36 milhões, ainda vendia mais depressa!
Mas o PS não tem razões para sorrir. Pode até ter tido o mérito de ter encravado, com a iniciativa de alguns dos seus deputados, todo este processo. Mas a revelação de que, já no tempo de Sócrates, se iniciou a venda da obra, revela apenas as cambalhotas a que a política obriga. Podem agora Gabriela Canavilhas e Teixeira dos Santos vir dar murros no peito, garantindo que nada sabiam. O problema é que o PS só foi contra a saída dos quadros porque hoje é oposição. Se fosse governo, faria exatamente a mesma coisa. Só não acreditam nisto os totós e os militantes do partido.
Quando Passos Coelho, a propósito do assunto, afirmou que precisamos de um chip de nova mentalidade, fiquei sem saber se devia rir ou chorar. Até porque nem sei se é de comédia ou de tragédia que falamos quando discutimos esta questão.
Mas lembrei-me logo que Miró, tendo escorado a sua obra na força do surrealismo, foi também influenciado por outros movimentos, como o cubismo, o fauvismo e o dadaísmo. E este último reconheceu que o principal problema das manifestações artísticas era almejar algo que é impossível, como por exemplo explicar o ser humano. Quiçá, a pensar já em certos artistas da nossa praça…
É por isso que eu não sou capaz de explicar a razão para Passos Coelho acreditar que ainda nos pode cantar a canção do bandido. Quando o PS nacionalizou o BPN, deixando fugir os bens e ativos da Sociedade Lusa de Negócios, não consta que o PSD tenha manifestado descontentamento com tal solução. Por isso os 36 milhões de euros não deviam vir da venda dos quadros. Deviam vir dos bolsos dos amigos de Cavaco Silva que um dia deram um golpe bilionário num banco e em todos nós!
«Mais importante do que a obra de arte propriamente dita é o que ela vai gerar. A arte pode morrer, um quadro desaparecer. O que conta é a semente».
Estas palavras foram proferidas por Joan Miró i Ferrà, alguém que há cem anos enfrentou as forças anónimas da corrupção política e social. E que confraternizou com objetores de consciência e outras más companhias da época. Só por isso, nunca teria agradado a Passos Coelho. Mas pelo menos não era tótó, nem sonhava com chips.
(artigo publicado no jornal O Interior em 13 de Fevereiro de 2014)
As desvantagens de uma privatização
Factura da água pode subir com privatização do lixo!!1
Até meados de Maio, devem ser recebidas as propostas de
compra da empresa do grupo Águas de Portugal, que representa o Estado em 11
sistemas multimunicipais de gestão de resíduos.
As razões apontadas para justificar a operação – a que se
deverá seguir a abertura a privados do sector da água – são contestadas num
estudo realizado pela Unidade de Pesquisa Internacional de Serviços Públicos da
Universidade de Greenwich, no Reino Unido.
Em França, os preços aumentaram 15%
após a concessão dos sistemas de saneamento a privados.
Só que o Governo português tem uma visão diferente, como sempre....: “As regras previstas no
novo regulamento tarifário de gestão de resíduos requerem que as entidades
gestoras funcionem num contexto de melhoria contínua de eficiência(???), com
elevados incentivos a uma gestão mais criteriosa das infra-estruturas(???) e dos
custos da operação(???)”, garantiu a um jornal diário, fonte oficial do Ministério do Ambiente,
Ordenamento do Território e Energia (MAOTE).
Regras estas que, assegura a «fonte», “irão beneficiar claramente os
utilizadores, uma vez que tendem a contribuir para a redução dos custos
inerentes às várias fases das actividades de recolha e tratamento de resíduos,
e consequentemente para a redução das tarifas”.
CONVERSA!!!! ALDRABICE!!!!
Segundo o gabinete do ministro Jorge
Moreira da Silva, tem havido um “interesse significativo” de investidores
nacionais e estrangeiros na privatização. Há empresas chinesas a
posicionarem-se como potenciais compradores neste negócio milionário, prestes a
ser cedido pelo Estado.
Ora, como era de supor.... chineses ou angolanos nos negócios.....
A perda de negócio do Estado é precisamente um dos problemas
levantados no estudo inglês ‘Gestão de Resíduos na Europa: o contexto europeu,
o papel das parcerias público-privadas, eficiência e estimativas’. Elaborado
pelo especialista David Hall, deixa um aviso para a presença de privados no
sector de resíduos, nomeadamente através de parcerias público-privadas: “Não
são uma fonte alternativa de rendimento: o Governo paga”, observa.
Além disso, “o sector privado tem tendência à concentração,
e as grandes companhias têm a maior quota do mercado”. Aliás, as próprias
companhias dizem “necessitar de mais operadores municipais para gerar
competitividade”. Também na eficiência, “as provas empíricas não apoiam o
pressuposto de que o sector privado é mais eficiente”, observa Hall. E há
também problemas legais. O expoente máximo deste risco é a Bulgária, onde
muitas empresas “são próximas de grupos de crime organizado e utilizadas para
financiar partidos políticos”, refere o especialista energético.
A perspectiva de processos demorados na Justiça é um dos
‘fantasmas’ da privatização da EGF. Na Figueira da Foz, onde o abastecimento de
água foi concessionado a privados, por exemplo, “corre uma acção em tribunal há
sete anos contra os serviços mínimos cobrados ilegalmente, e ainda não há
qualquer decisão”, conta ao SOL Mário Frota, da Associação Portuguesa de
Direito do Consumo. Agora, diz, “não temos qualquer garantia de ser bem
servidos por esta privatização”.
Riscos da privatização:
Preço
Em França, preços aumentaram 15%, após concessão a privados
do sistema de saneamento
Eficiência
Os estudos não mostram qualquer evidência que suporte o
argumento de que os privados são mais eficientes.
Concentração
Em França, 75% dos serviços privados estão em duas
companhias. E em Espanha, 72% estão em três.
Justiça
Risco de processos demorados em tribunal e de ligação das
empresas do sector a interesses partidarios.
Face ao estudo em apreço ainda mesmo assim há uma corja de acéfalos que quer privatizar.
A BEM DA NAÇÃO (deles)!!!