quarta-feira, dezembro 31, 2008
A mentira feita verdade
“A 4 de Novembro deste ano, Israel assassinou seis membros do Hamas, violando uma tahdiyeh ou trégua, que estabeleceu (mas nunca reconheceu publicamente) com o movimento islâmico, sob mediação egípcia, a 17 de Junho.” (Público) Israel prepara esta operação há seis meses.
Aforismo da vela
As Universidades escolhem "notáveis" para órgãos de gestão [aqui]
O presidente executivo da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, o ex-banqueiro Paulo Teixeira Pinto, empresários como Américo Amorim e Rui Nabeiro, antigos ministros e secretários de Estado, investigadores e académicos de Portugal e do estrangeiro: são as figuras de renome que já integram os conselhos gerais de algumas universidades públicas portuguesas.
Estes conselhos gerais foram criados em conformidade com a legislação, aprovada no ano passado, pelo Ministro Gago, do governo bleso do Sócrates, que obriga universidades e politécnicos a mudar a forma como se organizam e são geridas.
É uma festa, esta dos «notáveis» terem assento nos conselhos das Universidades.
A ser assim, lá estarão outros como Dias Loureiro, Isaltino, Bobone, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, os Irmãos Metralha, Horta e Costa, Al Capone, Lili Caneças, Bill Gates, Castelo Branco, Maya, Victor Constâncio, Tio Patinhas e claro ..... a tão almejada Senhora do Coito, que oferece os seus bem-aventurados serviços, em troca de uma «bélinha», carago.
Dúvida existencial
O executivo camarário da Guarda aprovou um «novo» financiamento das escolas!!!
Ou seja o que o executivo quis dizer foi que, mudou o modelo de financiamento dos estabelecimentos do pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico.
Só isto!!!
Em 2009, já vai «haver» uma transferência de cerca de 69 mil euros para os três agrupamentos de escolas existentes no município e, estes pagarão as despesas das escolas no que concerne ao material didáctico, de suporte à actividade educativa, de expediente e de limpeza, bem como artigos de secretaria e de farmácia.
Até aqui, como se sabe, quem «geria» o pagamento eram as Juntas de Freguesia depois de receberem as devidas verbas do executivo.
Mas, porque razão a autarquia «decidiu» mudar o modelo?
De quem é a culpa no atraso do pagamento das verbas às Juntas de Freguesia?
Sabe-se, por exemplo, que uma das freguesias da cidade, das que teve dinheiro para promover a «tourada» no verão passado, não entregou às escolas, em Novembro de 2008, as verbas do ano lectivo de 2007/2008.
Pois!!!!
Como as críticas eram mais que muitas, o executivo «passa» a assumir tais obrigações, directamente, com os Agrupamentos das Escolas.
Mas, se o «bago» vinha e continua a vir do mesmo sítio, então porque se mudou o modelo?
Estranho!!!
Será que o executivo desconfia que as verbas eram utilizadas noutras actividades?
A ser assim, actue-se.
Espera-se por que e de quê?
Já agora, não terá a mudança a ver com o novo modelo de gestão das escolas?
Desconfia-se!!!
«As verbas aprovadas serão transferidas trimestralmente para os agrupamentos, que as farão chegar às escolas». «O objectivo é melhorar o funcionamento destes estabelecimentos, como é obrigação do executivo» - é a conversa de ocasião do executivo.
Espera-se que melhore e bem.
Cá ficamos para ver e, depois, contar como foi!!!
Nem os amigos acreditam nele
A Câmara da Guarda, ou seja o «amigo» Quim, recusou pagar a factura do modem e da ligação à Internet dos computadores "Cagalhães" que forem entregues aos alunos do primeiro ciclo do município.
A proposta foi feita pela Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) e, tal como noutras autarquias do distrito, obteve uma nega contundente. «Se aceitássemos, teríamos que pagar 600 mil euros por ano por este serviço, um valor que não podemos assumir de maneira nenhuma», justificou a câmara.
Assim sendo, os pais que desejarem adquirir o «Cagalhães», perante a recusa da edilidade guardense, terão de pagar a parte mais cara do projecto.
ENGANADOS!!!!
O «negócio» dos «Cagalhães» vai de mal a pior, só conseguiu 30% do inicialmente anunciado pela Lulu & Couto, Lda.
O caixeiro viajante do Sócrates não consegue vender o que acordou com a «Couto»; ou seja a produtividade do caixeiro é baixa, logo aplique-se o novo código de trabalho: DISPENSADO.
terça-feira, dezembro 30, 2008
Cavacos a arder
A comunicação de Cavaco Silva, sobre o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, é mais do mesmo, no triste cenário de um ano, de 2008, a terminar.
Ou seja, tudo serve para escamotear a triste realidade de um País e, as incompetências de um governo.
Se Cavaco tinha dúvidas sobre alguns artigos do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, só tinha mesmo era de ter pedido a sua revisão constitucional, a quem de direito, o Tribunal Constitucional.
O resto é foguetório para subir mais alto, nas sondagens da confiança do zé povinho.
Tudo o resto, são mesmo só cavacos a arder, na fogueira do desânimo nacional.
domingo, dezembro 28, 2008
BPN: MP pediu informações ao Banco de Portugal sobre o Insular em 2004
Mas afinal quem fala verdade?
O Vitinho do Banco ou o Procurador?
Já não percebo NADA!!!!
Ou será que alguém percebe?
Asininos
Com a febre consumista do Natal, chega igualmente a epidémica corrida aos enfeites.
São as varandas com as luzes pindéricas do «pisca-pisca»; o pai natal pendurado numa parede, como se de um bate-sornas se tratasse; ou o pinheiro de plástico, comprado na loja do chinês, e colocado numa qualquer marquise.
Uma casa portuguesa, com certeza.
Mas, as câmaras municipais não querem, não desejam ficar sem enfeitar as ruas, por mais buracos que as mesmas apresentem; por mais degradados que os passeios se encontrem, aí estão as luzes das «festas», para dar aspecto, aos menos atentos, que tudo está bem tratado e cuidado.
Mas se o engano é conseguido com mais ou menos lâmpadas, mais ou menos enfeites, já a despesa que todos os munícipes têm que pagar, é factor de preocupação, nomeadamente, numa altura dita de CRISE e de ENDIVIDAMENTO.
Só para se ter uma ideia, de quanto é gasto, por algumas autarquias, só em enfeites, aqui ficam alguns dados:
- Aveiro: 30 000€; 20 ruas iluminadas;
- Castelo Branco: 18 000€; 15 ruas iluminadas;
- Portalegre: 32 000€; 15 ruas iluminadas;
- Vila Real: 40 000€; 20 ruas iluminadas;
- Guarda: 70 000€; 10 ruas iluminadas;
Atente-se que as gambiarras vão estar acesas desde finais de Novembro até …….6 de Janeiro; grande arraial não haja dúvidas.
E, já não falamos nos milhares e milhares de cartões de «boas festas» que são enviados, todos impressos em papel de alta qualidade!!
Não conhecem ou fazem por não conhecer uma outra forma mais simples, barata e ecológica de enviarem as ditas «boas festas» por correio electrónico.
Depois.........
Arrota pelintra!!!
Já agora, outra constatação evidente, quanto mais pobre, endividada e atrasada socialmente a autarquia, mais e mais se gasta em enfeites e nos cartões.
Pedantismo!!!
Pobreza de visão estratégica e de prioridades, é o que é nesta asinina gestão camarária.
Venham os empréstimos, mais e mais, que a «festança» dá para coçar a «pança».
É a crise, ESTÚPIDO
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai, a exemplo do que já aconteceu no último ano lectivo, despedir mais de uma dezena de professores.
Segundo os responsáveis do IPG, o Ministério da Ciência e Tecnologia só vai transferir, cerca de 90% do orçamento necessário para o bom funcionamento da instituição.
Assim, prejudica-se o ensino com a dispensa dos docentes em «defesa» dos apoios aos banqueiros; é o bobear do governo de Sócrates dito de «socialista».
Segundo os responsáveis do IPG, o Ministério da Ciência e Tecnologia só vai transferir, cerca de 90% do orçamento necessário para o bom funcionamento da instituição.
Assim, prejudica-se o ensino com a dispensa dos docentes em «defesa» dos apoios aos banqueiros; é o bobear do governo de Sócrates dito de «socialista».
sábado, dezembro 27, 2008
O retrato do «novo» Dorian Gray
Ao ouvir Sócrates, na sua mensagem de Natal, fica-se com o conhecimento real que, o primeiro-ministro é o «novo» Dorian Gray.
O narcisismo com que Sócrates se glorifica; se pavoneia com artifícios e enfeites que o travestiam de árvore de natal, sem lugar para um qualquer sapatinho; que loucamente se apaixona por tudo quanto produz e, principalmente, faz pensar que produz bem.
Mas, só faz pensar aos incautos.
O narcisismo com que Sócrates se glorifica; se pavoneia com artifícios e enfeites que o travestiam de árvore de natal, sem lugar para um qualquer sapatinho; que loucamente se apaixona por tudo quanto produz e, principalmente, faz pensar que produz bem.
Mas, só faz pensar aos incautos.
Dizer que o ano 2009 será um GRANDE ANO para os Portugueses; pois o preço do petróleo está a descer; pois os juros, os tais que ele diz serem «obra» dele, também estão a cair.
E, dias depois, o mesmo narciso vem dizer que afinal 2009 já não será tão GRANDE mas, apenas e tão só, uma GRANDE ....... CRISE.
E, dias depois, o mesmo narciso vem dizer que afinal 2009 já não será tão GRANDE mas, apenas e tão só, uma GRANDE ....... CRISE.
Pantomineiro......dos GRANDES!!!
sexta-feira, dezembro 26, 2008
A diferença
Foi apenas um artigo, que passaria em claro, caso Cavaco Silva fizesse o mesmo que fez com os restantes, que também levantam muitas dúvidas e cuja fiscalização preventiva não foi solicitada.
Apesar de ao longo do processo de elaboração do Código do Trabalho, CGTP, BE, PCP e alguns deputados socialistas (como Manuel Alegre) fizeram fortes críticas ao documento, que viria a ser aprovado pela maioria socialista, com o apoio da UGT e organizações patronais.
Segundo o Tribunal, a norma considerada inconstitucional viola o direito à segurança no emprego e o princípio da proporcionalidade.
O Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV, aqueles que poderiam fazê-lo, somam 22 deputados e seriam necessários 23.
Um dado a reter quando se ouvir falar em voto útil: o voto deve ser útil para quem o exerce, não para quem o recebe.
Um deputado adicional faria aqui toda a diferença.
A declaração de inconstitucionalidade obriga agora à devolução do diploma à Assembleia da República, o que deverá inviabilizar a entrada em vigor do Código do Trabalho a 1 de Janeiro, como estava previsto.
O ano vai começar um pedacito melhor.
terça-feira, dezembro 23, 2008
Afinal sempre fecham!!!!
Afinal, os Serviços de Atendimento Permanente (SAP) do distrito, assinalados há mais de um ano, pelo Ministério da Saúde deverão encerrar no primeiro semestre de 2009.
Esta é a «prendinha» de Sócrates, para as gentes do Interior.
Claro, apoio e incentivos pois então!!!
Mas, em troca a região passará a dispor de um helicóptero(?), sediado em Aguiar da Beira.
Ou seja, como se um helicóptero, ainda por cima sediado em Aguiar da Beira, fosse a solução do encerramento dos SAP´s!!!
Só mesmo de um governo medíocre.
Por acaso saberá a ministra da saúde onde fica o concelho de Aguiar da Beira?
Pegue num mapa e veja a localização!!!
É que para além de incompetente na área da saúde, a senhora ministra não sabe mesmo nada de geografia, quer física e muito menos humana e social.
Mas, são as Novas Oportunidades, pois então!!!
E o clima?
Saberá igualmente a putativa ministra como é o clima no distrito da Guarda?
Saberá a douta ministra que nem sempre há condições (atmosféricas) para o helicóptero levantar voo?
Mas, quem levanta voo é a política de saúde da ministra e do governo de Sócrates.
Agora se percebe a razão por ainda não ter havido «corta-fitas» no centro de saúde de Pinhel.
Existe um centro de saúde pronto mas continua-se a OBRIGAR os utentes, pessoal médico, enfermeiros e restante pessoal de apoio a utilizar contentores.
Quem LUCRA com tal situação???
Já agora, que dizem a TUDO isto os autarcas do Ps e principalmente os deputados(?) eleitos pelo distrito, na Assembleia da República?
NADA, como de costume.
Grande trabalho e canseira isto de ser deputado (ausente).
Petição europeia pelos serviços públicos
Está a recolher assinaturas na internet uma petição que apela à Comissão Europeia que proponha uma legislação europeia por serviços públicos de alta qualidade e acessíveis a todos.
A petição é promovida pela Confederação Europeia de Sindicatos, já recolheu mais de 527.000 assinaturas e está disponível em português em petitionpublicservice.eu/pt
Na petição é referido que os serviços públicos são essenciais para a coesão social, económica e regional na Europa e que urge encontrar soluções diferentes para o desenvolvimento dos serviços públicos.
Assim, apela-se à Comissão Europeia que proponha legislação europeia para os serviços públicos visando:
"- Dar prioridade ao interesse geral, consubstanciado nos serviços públicos;
- Garantir que toda a população tenha acesso aos serviços públicos;
- Reforçar os serviços públicos de forma a garantir os direitos fundamentais dos cidadãos;
- Garantir mais segurança legal, de forma a permitir o desenvolvimento sustentável das missões dos serviços públicos;
- Confiar aos serviços públicos uma base legal sólida e, deste modo, imune em relação aos ataques ideológicos do mercado livre."
A petição já recolheu 527485 assinaturas a 20 de Dezembro de 2008 e os promotores pretendem atingir um milhão de assinaturas.
Na petição é referido que os serviços públicos são essenciais para a coesão social, económica e regional na Europa e que urge encontrar soluções diferentes para o desenvolvimento dos serviços públicos.
Assim, apela-se à Comissão Europeia que proponha legislação europeia para os serviços públicos visando:
"- Dar prioridade ao interesse geral, consubstanciado nos serviços públicos;
- Garantir que toda a população tenha acesso aos serviços públicos;
- Reforçar os serviços públicos de forma a garantir os direitos fundamentais dos cidadãos;
- Garantir mais segurança legal, de forma a permitir o desenvolvimento sustentável das missões dos serviços públicos;
- Confiar aos serviços públicos uma base legal sólida e, deste modo, imune em relação aos ataques ideológicos do mercado livre."
A petição já recolheu 527485 assinaturas a 20 de Dezembro de 2008 e os promotores pretendem atingir um milhão de assinaturas.
sábado, dezembro 20, 2008
Carta aberta a Sócrates
Por mail, recebemos mais uma anedota sobre o tão propagandeado «Cagalhães»
Aqui se transcreve:
«Senhor Primeiro Ministro:
Venho protestar veementemente através de Vª Exª pelo nome dado ao computador que os vossos serviços resolveram distribuir aos meninos deste país (os que sobrarem do seu negócio com o Hugo Chavez na troca do petróleo, bem entendido).
Eu, Pedro Carvalho de Magalhães, nunca mais poderei usar a minha assinatura sem ser indecentemente gozado pelos meus colegas de trabalho.
Venho protestar veementemente através de Vª Exª pelo nome dado ao computador que os vossos serviços resolveram distribuir aos meninos deste país (os que sobrarem do seu negócio com o Hugo Chavez na troca do petróleo, bem entendido).
Eu, Pedro Carvalho de Magalhães, nunca mais poderei usar a minha assinatura sem ser indecentemente gozado pelos meus colegas de trabalho.
Sempre assinei PC Magalhães e, desde que Vªs Exªs baptizaram o tal computador, tive que alterar todos os meus documentos.
Uma coisa tão simples como perguntar as horas e a resposta que recebo é:
- «Atão» Magalhães... Vai ao Google...
Se vou à máquina de preservativos, há sempre uma boca dum colega:
- Para quê, Magalhães? Não te chega o anti-vírus?
Se vou ao dentista, a recepção é sempre a mesma:
- Então o senhor Magalhães vem limpar o teclado...
A minha mulher, Paula Carvalho Magalhães, também sofre pressões indescritíveis no emprego: Ontem uma colega veio da casa de banho com um tampão na mão e gritou:
- Paula.... Esqueceste-te da tua pen!
Também o ginecologista não resistiu ao nome e, após a consulta, disse-lhe que tudo estava bem com as entradas USB!
Nem o meu filho, escapa ao gozo que o nome veio provocar.
Uma coisa tão simples como perguntar as horas e a resposta que recebo é:
- «Atão» Magalhães... Vai ao Google...
Se vou à máquina de preservativos, há sempre uma boca dum colega:
- Para quê, Magalhães? Não te chega o anti-vírus?
Se vou ao dentista, a recepção é sempre a mesma:
- Então o senhor Magalhães vem limpar o teclado...
A minha mulher, Paula Carvalho Magalhães, também sofre pressões indescritíveis no emprego: Ontem uma colega veio da casa de banho com um tampão na mão e gritou:
- Paula.... Esqueceste-te da tua pen!
Também o ginecologista não resistiu ao nome e, após a consulta, disse-lhe que tudo estava bem com as entradas USB!
Nem o meu filho, escapa ao gozo que o nome veio provocar.
A Rita, a mocinha com quem andava há mais de 6 meses, acabou tudo com este argumento:
- Magalhães.... Vou à Staples procurar outro que a tua pen é muito pequena!
Quando, devido a tudo isto, apanhei uma tremenda depressão que me impediu de trabalhar, fui ao psiquiatra.
- Magalhães.... Vou à Staples procurar outro que a tua pen é muito pequena!
Quando, devido a tudo isto, apanhei uma tremenda depressão que me impediu de trabalhar, fui ao psiquiatra.
Ele olhou para o meu nome e disse:
- Pois é, senhor PC Magalhães. Aconselho-o a contactar o suporte técnico podem ser problemas de memória RAM!
Neste momento a minha mulher quer desinstalar-se e procurar alguém que tenha um nome 'decente'.
Senhor Primeiro Ministro... porque diabo não puseram Sócrates a esse maldito computador? Queria que o senhor visse o que custa!
Atenciosamente, assina
Pedro Carvalho M. (e não me perguntem o que é o M)».
- Pois é, senhor PC Magalhães. Aconselho-o a contactar o suporte técnico podem ser problemas de memória RAM!
Neste momento a minha mulher quer desinstalar-se e procurar alguém que tenha um nome 'decente'.
Senhor Primeiro Ministro... porque diabo não puseram Sócrates a esse maldito computador? Queria que o senhor visse o que custa!
Atenciosamente, assina
Pedro Carvalho M. (e não me perguntem o que é o M)».
O novo regime proposto pelo governo para a gestão dos bens públicos
Fernando Rosas faz uma leitura atenta da nova lei sobre gestão dos bens públicos.
«Que ninguém tenha dúvidas. Com esta lei, estará oficialmente aberta a corrida à gestão, aluguer ou aquisição privada do património público, incluindo os principais monumentos e emblemas nacionais.
Encontrar o "equilíbrio entre protecção e rentabilização", por forma a garantir "uma autêntica comercialidade de direito público" que responda às "novas exigências económicas e sociais que apontam no sentido da rentabilização do domínio público" e de uma "riqueza colectiva a explorar".
As citações que acabei de ler não são da minha autoria. Fazem parte do preâmbulo do novo regime jurídico dos bens públicos proposto pelo Governo. As intenções demonstradas pelo resto do texto são ainda mais perturbantes.
Que ninguém tenha dúvidas. Com esta lei, estará oficialmente aberta a corrida à gestão, aluguer ou aquisição privada do património público, incluindo os principais monumentos e emblemas nacionais.
Já sabíamos que, sempre que possível, a doutrina do governo é entregar a gestão dos recursos públicos à gestão privada. Que concessiona o futuro desses serviços a empresas que os vão gerir quase até ao fim do século. Mas, o que nunca pensávamos que fosse possível, e daí o espanto perante esta proposta de lei, é que o Governo tivesse o desplante e o topete de se lembrar de privatizar o passado e a memória histórica de uma nação e de um povo. É isso, e nada menos do que isso, que está em causa.
Ao estabelecer a dissociação entre propriedade e poderes de domínio, esta proposta propõe a submissão do "património público à propriedade privada, mas mantendo sobre ele um vínculo real de destinação pública". Por outras palavras. O Estado continua a definir os monumentos e edifícios que são merecedores de serem encarados como património público, independentemente de serem propriedade pública ou privada.
Em declarações a um jornal diário, José Aguiar, presidente de um organismo consultor da UNESCO, reconhece que o mote desta lei é "alienar" o património. É uma alteração de paradigma. O património histórico do país deixa de ser encarado como a memória histórica e simbólica de uma nação, mas como uma mercadoria como qualquer outra, transaccionável através dos normais mecanismos de mercado.
Se, como reconhece a própria lei, a gestão do património histórico passará a ser feita em nome das "novas exigências económicas e sociais que apontam no sentido da rentabilização do domínio público", cedo percebemos que esta proposta é a receita certa para o maior crime alguma vez efectuado contra a defesa da história e do património colectivo.
Sempre em nome do que o Governo define como a "riqueza colectiva a explorar", é só esperar o dia em que um ministro da cultura com mais jeito para o negócio se lembre de entregar a Torre de Belém a uma discoteca, os claustros dos Jerónimos para uma empresa fazer a exposição dos seus últimos cortinados, o mosteiro de Alcobaça a um hotel de charme e o Palácio da Ajuda, onde jaz um ministério falido e politicamente moribundo, a uma qualquer consultora de negócios privados.
Argumentará o Governo, e a bancada que o suporta, que os exemplos são disparatados e que ninguém de bom senso se lembrará de tal ultraje aos portugueses. Talvez. Mas as leis não devem ser redigidas a pensar no bom senso de quem as aplica mas nas possibilidades que entreabrem. E essas, preto no branco, são aquelas que aqui avançámos.
Se todo o texto é claro nas possibilidades de rentabilização económica proporcionadas pela alienação do património público, não deixa de ser merecedor da maior preocupação que a gestão do seu estatuto seja confiada a um ministério, como o da cultura, que o próprio ministro reconhece estar falido depois de sucessivos anos de desinvestimento e má gestão dos seus antecessores, como o actual ministro Augusto Santos Silva.
De acordo com o programa que o Partido Socialista levou a votos, o actual governo propunha "retirar o sector da cultura da asfixia financeira em que três anos de governação à direita o colocaram" e "reafirmar o sector como prioridade na afectação dos recursos disponíveis. Neste sentido, a meta de 1% do Orçamento de Estado dedicada à despesa cultural continua a servir-nos de referência de médio prazo."
Só que, com o PS, o orçamento para a cultura não subiu. Desceu e desceu muito. Não só nunca chegou ao 1% do produto, de que falava o programa eleitoral, como passou de 0,7 para 0,2%. Para quem ia investir na cultura, o seu orçamento é hoje três vezes menor do que há três anos e não representa mais de 20% do valor que o PS prometeu aos eleitores. Apesar da forte concorrência, poucas promessas do Governo se revelaram mais falaciosas que a do reforço do investimento na cultura.
E é este ministério, falido e sem relevância política, que vai gerir o estatuto dos bens públicos, incluindo os principais monumentos nacionais. O mais extraordinário é que o Governo ainda nos quer fazer acreditar que um ministério nesta penúria é uma entidade própria para resistir à pressão privada sobre os bens públicos mais apetecíveis. Eu sei que estamos em Dezembro, mas não nos peçam para continuar a acreditar no Pai Natal.
Esta proposta de lei tem que ser esquecida ainda antes de acabar a sua discussão pública e o Governo tem que ouvir as vozes e organizações que, de todos os quadrantes, se têm insurgido contra esta lei contra o património e a memória.
Encontrar o "equilíbrio entre protecção e rentabilização", por forma a garantir "uma autêntica comercialidade de direito público" que responda às "novas exigências económicas e sociais que apontam no sentido da rentabilização do domínio público" e de uma "riqueza colectiva a explorar".
As citações que acabei de ler não são da minha autoria. Fazem parte do preâmbulo do novo regime jurídico dos bens públicos proposto pelo Governo. As intenções demonstradas pelo resto do texto são ainda mais perturbantes.
Que ninguém tenha dúvidas. Com esta lei, estará oficialmente aberta a corrida à gestão, aluguer ou aquisição privada do património público, incluindo os principais monumentos e emblemas nacionais.
Já sabíamos que, sempre que possível, a doutrina do governo é entregar a gestão dos recursos públicos à gestão privada. Que concessiona o futuro desses serviços a empresas que os vão gerir quase até ao fim do século. Mas, o que nunca pensávamos que fosse possível, e daí o espanto perante esta proposta de lei, é que o Governo tivesse o desplante e o topete de se lembrar de privatizar o passado e a memória histórica de uma nação e de um povo. É isso, e nada menos do que isso, que está em causa.
Ao estabelecer a dissociação entre propriedade e poderes de domínio, esta proposta propõe a submissão do "património público à propriedade privada, mas mantendo sobre ele um vínculo real de destinação pública". Por outras palavras. O Estado continua a definir os monumentos e edifícios que são merecedores de serem encarados como património público, independentemente de serem propriedade pública ou privada.
Em declarações a um jornal diário, José Aguiar, presidente de um organismo consultor da UNESCO, reconhece que o mote desta lei é "alienar" o património. É uma alteração de paradigma. O património histórico do país deixa de ser encarado como a memória histórica e simbólica de uma nação, mas como uma mercadoria como qualquer outra, transaccionável através dos normais mecanismos de mercado.
Se, como reconhece a própria lei, a gestão do património histórico passará a ser feita em nome das "novas exigências económicas e sociais que apontam no sentido da rentabilização do domínio público", cedo percebemos que esta proposta é a receita certa para o maior crime alguma vez efectuado contra a defesa da história e do património colectivo.
Sempre em nome do que o Governo define como a "riqueza colectiva a explorar", é só esperar o dia em que um ministro da cultura com mais jeito para o negócio se lembre de entregar a Torre de Belém a uma discoteca, os claustros dos Jerónimos para uma empresa fazer a exposição dos seus últimos cortinados, o mosteiro de Alcobaça a um hotel de charme e o Palácio da Ajuda, onde jaz um ministério falido e politicamente moribundo, a uma qualquer consultora de negócios privados.
Argumentará o Governo, e a bancada que o suporta, que os exemplos são disparatados e que ninguém de bom senso se lembrará de tal ultraje aos portugueses. Talvez. Mas as leis não devem ser redigidas a pensar no bom senso de quem as aplica mas nas possibilidades que entreabrem. E essas, preto no branco, são aquelas que aqui avançámos.
Se todo o texto é claro nas possibilidades de rentabilização económica proporcionadas pela alienação do património público, não deixa de ser merecedor da maior preocupação que a gestão do seu estatuto seja confiada a um ministério, como o da cultura, que o próprio ministro reconhece estar falido depois de sucessivos anos de desinvestimento e má gestão dos seus antecessores, como o actual ministro Augusto Santos Silva.
De acordo com o programa que o Partido Socialista levou a votos, o actual governo propunha "retirar o sector da cultura da asfixia financeira em que três anos de governação à direita o colocaram" e "reafirmar o sector como prioridade na afectação dos recursos disponíveis. Neste sentido, a meta de 1% do Orçamento de Estado dedicada à despesa cultural continua a servir-nos de referência de médio prazo."
Só que, com o PS, o orçamento para a cultura não subiu. Desceu e desceu muito. Não só nunca chegou ao 1% do produto, de que falava o programa eleitoral, como passou de 0,7 para 0,2%. Para quem ia investir na cultura, o seu orçamento é hoje três vezes menor do que há três anos e não representa mais de 20% do valor que o PS prometeu aos eleitores. Apesar da forte concorrência, poucas promessas do Governo se revelaram mais falaciosas que a do reforço do investimento na cultura.
E é este ministério, falido e sem relevância política, que vai gerir o estatuto dos bens públicos, incluindo os principais monumentos nacionais. O mais extraordinário é que o Governo ainda nos quer fazer acreditar que um ministério nesta penúria é uma entidade própria para resistir à pressão privada sobre os bens públicos mais apetecíveis. Eu sei que estamos em Dezembro, mas não nos peçam para continuar a acreditar no Pai Natal.
Esta proposta de lei tem que ser esquecida ainda antes de acabar a sua discussão pública e o Governo tem que ouvir as vozes e organizações que, de todos os quadrantes, se têm insurgido contra esta lei contra o património e a memória.
Fernando Rosas (Declaração na Assembleia da República, 18 de Dezembro de 2008)
quinta-feira, dezembro 18, 2008
Teatro de Porcos
A propósito de fábulas - a cigarra e a formiga; o urso com frio e ..... talvez da vaca e da rã, lembrei-me deste texto:
Era uma vez um teatro de porcos, onde porcos representavam como homens, se os homens fossem porcos.
Um porco disse, eu serei um porco num campo que encontrou um rato que está a ser comido pelo mesmo porco que está no campo e o qual encontrou o rato, o que estou a representar como a minha contribuição para a arte de representar.
Oh sejamos apenas porcos, gritou um porco velho.
E logo os porcos saíram em tropel para fora do teatro gritando, só porcos, só porcos .......
Russell Edson, O Túnel
Estrada do fim do mundo
A Câmara Municipal da Guarda continua a «brindar» os seus munícipes com festas, ornamentações, confetis e serpentinas esquecendo que as estradas são fundamentais para a circulação dos meios de transporte próprios, dado que transportes públicos são coisa com que a edilidade pouco ou nada se importa.
Mas, há muitas estradas que não têm merecido o devido cuidado da autarquia.
É uma estrada utilizada por milhares de cidadãos, daqueles que contribuem para as finanças locais, pois PAGAM o IMPOSTO DE CIRCULAÇÃO; é uma estrada que dezenas de alunos utilizam para se deslocarem à escola, uma escola do 1.º ciclo; é uma estrada que é utilizada por crianças e jovens da Aldeia SOS; mas, principalmente, é uma estrada utilizada por pessoas, ou seja por cidadãos que por direito próprio habitam uma cidade que se chama Guarda.
Já chamámos à atenção do executivo camarário, numa Assembleia Municipal, para a situação da estrada, degradada em termos de piso, perigosa em termos de segurança e, sem passeios.
Mas, a resposta do presidente da Câmara foi elucidativa e comprovativa da falta de sensibilidade para resolver o que quer que seja:«a estrada será arranjada, quando houver disponibilidade financeira....», e acima de tudo sem saberem que há prioridades e necessidades mais prementes e urgentes que a festança.
Mas, a resposta do presidente da Câmara foi elucidativa e comprovativa da falta de sensibilidade para resolver o que quer que seja:«a estrada será arranjada, quando houver disponibilidade financeira....», e acima de tudo sem saberem que há prioridades e necessidades mais prementes e urgentes que a festança.
Claro, senhor presidente!!!!
Mas como explica o gasto em ornamentos e festas???
Explique se for capaz.
E a bandeira da acessibilidade, também vale para o Rio Diz?
Ou será que já não interessa?
terça-feira, dezembro 16, 2008
E a saúde?
Depois da «trapalhada» dos seis elementos para a Unidade Local de saúde da Guarda (ULSG), em vez dos cinco previstos na lei; depois da mentira sobre o encerramento da Unidade Móvel de Oftalmologia - com ministra a dar «uma ajudinha», eis nova polémica.
O director da ULSG vem, por circular, «determinar» o encerramento das actividades cirúrgicas e formativas do Ambulatório do Hospital da Guarda.
Justifica-se a dita medida «devido ao atraso na concretização da Unidade de Cirurgia de Ambulatório da ULS Guarda, não estão reunidas as condições necessárias para o cumprimento dos objectivos propostos nomeadamente no concerne à Formação. Assim, foi decidido o adiamento da mesma, estando prevista a sua realização para o ano de 2009».
Mas, senhor director, o ano de 2009 vai de Janeiro a Dezembro.
Em que mês pensa o senhor que a Unidade estará a funcionar?
Este adiamento é particularmente surpreendente tendo em conta que o Governo anunciou recentemente um significativo investimento na promoção da cirurgia de ambulatório nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Afinal, QUEM MENTE???
Assim, gostaríamos de saber:
1. Quais os motivos deste adiamento na Cirurgia do Ambulatório no Hospital da Guarda?
2. Qual a data prevista para o início das actividades cirúrgicas e formativas no âmbito da cirurgia de ambulatório, no Hospital da Guarda?
3. O Hospital da Guarda contratualizou com a ARS do Centro algum objectivo em matéria de produção cirúrgica de ambulatório para 2009?
4. Qual é a lista de espera cirúrgica do Hospital da Guarda?
As perguntas foram feitas à ministra da saúde, através do grupo parlamentar do BE, na Assembleia da República.
Agora, esperamos que, mesmo não tendo sido «combinadas» as perguntas, haja vontade democrática e seriedade política, para dar resposta às mesmas.
Só isso!!!
segunda-feira, dezembro 15, 2008
O cabresto
A ministra da Saúde, Ana Jorge, foi ao Centro Nacional de Cultura apresentar o plano de combate à sida nas escolas.
Como tem sido hábito neste Governo, o acontecimento tinha a pompa e a circunstância do costume. Acabada a cerimónia, com os inevitáveis discursos da praxe, Ana Jorge pôs-se à disposição dos jornalistas para responder a mais algumas questões sobre aquela matéria. Acontece que Ana Jorge não estava sozinha. Estava acompanhada de Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, que, como se sabe, tem andado na berlinda devido à guerra com os professores.
O jornalista da RTP aproveitou a ocasião e tentou naturalmente fazer uma pergunta a Maria de Lurdes Rodrigues sobre o assunto.
Foi então que Ana Jorge saltou indignada com o comportamento do jornalista:
«O quê? O senhor não sabe o que está combinado? Que hoje só se pode fazer perguntas sobre esta cerimónia e sobre o plano de combate à sida nas escolas? Ainda por cima é a RTP, a televisão pública, a fazer uma coisa destas. E, depois, logo à noite, não sai a reportagem.»
Ainda dizem que se deve respeitar a "legitimidade democrática do Governo para governar"».
Claro, senhor Pedreira.
De acordo que aceitamos a legitimidade TODA; mas há uma pequena «condição», que resulta do simples, mas importante facto, que quem pede para aceitar a "legitimidade democrática do Governo para governar", também DEVE ACEITAR a legitimidade democrática, dos que se manifestam, dos que fazem greve, dos que se indignam, quando os governantes têm atitudes injustas, prepotentes e arrogantes.
Ganhar eleições, não dá o direito de terem a verdade sobre tudo e principalmente sobre NADA.
Será que o léxico do senhor Pedreira contempla tais ditames democráticos?
Duvida-se.
Às urtigas a «tal» legitimidade!!
Percebeu???
«Isto é um beijo de despedida do povo iraquiano, cão»!!!
Foi assim que gritou o repórter iraquiano quando atirou os sapatos a Bush, na visita deste ao Iraque.
Qren
A Comissão Técnica de Coordenação do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) editou o seu primeiro Boletim Informativo, que presta informações sobre a aplicação dos fundos comunitário em Portugal durante o período 2007 - 2013.
Uma frase desse relatório evidencia a eficácia com que esses fundos estão a ser geridos pelo actual governo: "Até ao final de Outubro o volume de despesa validada pelas Autoridades de Gestão era de 240 M€, o que correspondia a uma taxa de execução de 1,1%".
Em Outubro tinham-se cumprido 22 meses desde o início da vigência do QREN (iniciado em Janeiro de 2007), o que representa 26% da duração do Quadro de Referência Estratégico (até final de 2013).
Em Outubro tinham-se cumprido 22 meses desde o início da vigência do QREN (iniciado em Janeiro de 2007), o que representa 26% da duração do Quadro de Referência Estratégico (até final de 2013).
Mesmo considerando que algumas despesas associadas a estes fundos podem prolongar-se até 2015, apresentar 1,1% como resultado da execução em 22 meses de duração do programa revela uma confrangedora incapacidade de gestão dos apoios previstos para a economia portuguesa.
Estes apoios constituem hoje um precioso instrumento de política e dinamização económica, no contexto de uma política monetária sistematicamente orientada para o controle da inflação (e por isso com efeitos negativos sobre o emprego) e de uma política orçamental severamente condicionada pelos limites impostos aos défices orçamentais (e por isso com efeitos negativos sobre o investimento público e, de novo, sobre o emprego).
A importância dos apoios comunitários à economia ganha relevância acrescida no contexto de crise económica global que se vive e assume particular significado nas regiões do interior do país, onde as dinâmicas económicas são mais débeis, os investimentos privados muito escassos e os investimentos públicos cada vez mais limitados.
A desertificação humana de grande parte do território português a concentração da população em torno das grandes áreas metropolitanas têm sido marcas do insustentável processo de desenvolvimento que sucessivos governos têm promovido.
Para grande parte do território nacional, ter gasto apenas 1,1% das verbas disponibilizadas pelo QREN não é apenas a medida da eficácia da sua gestão: é, sobretudo, a condenação da população ao desemprego, à miséria e a ao êxodo.
Mas, as eleições estão aí!!!
Até lá, vai ser o alargar os cordões à bolsa; o pior é se não há, nem tempo, nem dinheiro para as comparticipações.
Pede-se aos bancos!!!!
Protecção de quê e de quem?
Depois do nevão veio o frio.
Com o frio veio o gelo e, com ele os perigos para quem circula por estradas, mas principalmente pelos passeios.
A Protecção Civil da Guarda não agiu, em tempo útil por, dizem os responsáveis, falta de meios.
Pergunta-se, como pode uma Protecção Civil não ter meios para limpar os acessos às escolas da cidade?
Será que esperam que algo de grave aconteça?
A ser assim, espere-se.........mas actuem rapidamente e, deixem-se de andar a passear as viaturas pela cidade em dias de calmaria; assim, já poupavam no combustível para terem os «meios» necessários para as situações de emergência.
Questão de operacionalização mas, essencialmente de rentabilidade de meios.
domingo, dezembro 14, 2008
Tachos & C.ª
A Câmara da Guarda continua a distribuir, pelos seus leais e fidedignos serviçais, tachos tão apreciados em época de crise.
Assim, a filha de um assessor foi contratada, de imediato, para professora de educação física nos chamados prolongamentos das escolas do 1.º ciclo.
Já se anuncia que o filho do mesmo assessor terá, logo que acabe o curso de educação física, um tacho na edilidade guardense.
A bem da colectividade, assina o presidente da irmandade.
sexta-feira, dezembro 12, 2008
O ideólogo
Por um mero acaso, só mesmo por mero acaso, fiquei a saber quem é o ideólogo da «coisa» da educação do Ps.
Lurdinhas tem uma fonte inspiradora. O ideólogo é, nem mais nem menos, um distinto e elevado douto que dá pelo nome de José Bravo Nico.
A sua página pessoal é aqui.
Os portugueses têm de conhecer esta figura, aquele que em Portugal deve ser o mais forte pilar e o procurador mais eloquente da «igreja», dos seus interesses e do seu reino...
Todos os homens providenciais – Napoleão I, o Papa Pio IX, o grande estadista Fonseca Magalhães, nasceram – como diz o Nico com chiste – «com uma perna às costas!»
A fortuna começa-lhes no ventre maternal: a porta da vida abre-se-lhes a dois batentes, mostrando-lhes uma sequência de épocas gloriosas, como salões festivos. Outros têm de arrombar com dor essa mesma porta, saindo para um destino escuro como uma estrada de Inverno. Providenciais antíteses da Sorte!
Foi sempre motivo de assombro que durante a sua infância, Bravo Nico não tivesse – como Napoleão, Chateaubriand ou Lord Byron – revelado a sua futura elevação de espírito e de carácter por alguma dessas estranhas precocidades que são como as faíscas inesperadas que saem de um fogo ainda incubado. Os seus primeiros anos são sem relevo e inteiramente incaracterísticos. Ele mesmo o reconhece com modéstia, quando diz, sorrindo: «–Como toda a gente, apanhei ninhos e fiz papagaios de papel... »
Foi sempre motivo de assombro que durante a sua infância, Bravo Nico não tivesse – como Napoleão, Chateaubriand ou Lord Byron – revelado a sua futura elevação de espírito e de carácter por alguma dessas estranhas precocidades que são como as faíscas inesperadas que saem de um fogo ainda incubado. Os seus primeiros anos são sem relevo e inteiramente incaracterísticos. Ele mesmo o reconhece com modéstia, quando diz, sorrindo: «–Como toda a gente, apanhei ninhos e fiz papagaios de papel... »
Assim é o Nico.
Que um dia destes já ninguém se lembra do Nico, mas ele terá o seu caldinho como todos os que bajulam os poderosos!!!
Chefe-de-fila
Tudo como dantes, no quartel de abrantes; assim se pode definir, a situação na Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE), no que concerne ao aumento do capital social e não só.
Tudo(?) estaria preparado para a dita subscrição oficial, do aumento de capital mas, nenhuma das partes compareceu.
Resultado: O aumento de capital social da sociedade ficou, assim, suspenso.
Recorde-se que a Câmara da Guarda irá subscrever o aumento com a propriedade dos terrenos onde a PLIE está implantada. Ora, foi precisamente a falta de documentos relacionados com a propriedade que, supostamente, esteve na origem de mais um adiamento no processo(!!!).
Uma falha (mais uma) a juntar a tantas outras, e que atrasam, mais uma vez, o avançar do projecto âncora da cidade e concelho.
De resto, são do conhecimento público muitos dos atrasos que a PLIE tem sofrido.
Uns dizem que os atrasos na PLIE devem-se única e exclusivamente à Câmara.
Uns dizem que os atrasos na PLIE devem-se única e exclusivamente à Câmara.
Outros, rejeitam tais afirmações.
Zangam-se as comadres........
Na semana passada, um deputado socialista, na Assembleia Municipal, responsabilizou o "chefe-de-fila" da PLIE (o NERGA) pelos atrasos na estrutura empresarial.
Na semana passada, um deputado socialista, na Assembleia Municipal, responsabilizou o "chefe-de-fila" da PLIE (o NERGA) pelos atrasos na estrutura empresarial.
Segundo o NERGA, este só representa e assume, apenas, a gestão burocrática da PLIE, obrigações que «cumpriu na totalidade», diz o Nerga.
Afinal de quem é a culpa?
Quem é o chefe-de-fila?
Ou será que que a fila já é só constituída por um único elemento?
A âncora do desenvolvimento???
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Contributos
Ou o prelúdio de uma fita que nunca mais é rebobinada; será que alguma vez o será?
Quem quer perceber como se faz a casta negócios e como empresários, criminosos, monarcas e estadistas vivem em confraternização permanente tem de ler este artigo do Público (em PDF) sobre as relações de Dias Loureiro com El-Assir e deste com toda a gente.
Imperdível.
Ineptos
Guilherme Silva, líder parlamentar do PSD durante o governo de Durão Barroso, tem a solução para terminar com o absentismo da sua bancada nas votações de sexta-feira: acabar com a sessão de sexta-feira.
Fica assim o Parlamento a reger-se pelo regime já seguido por metade da bancada laranja. Pimba.
Ou seja, não há plenários na sexta!!!
Assim se resolve o problema?
Bem de ver: INCOMPETÊNCIA!!!!
Triste país que é governado, por tais ineptos políticos.
É a economia, estúpido.
Enquanto a Grécia discute o estado de excepção, em Chicago, nos Estados Unidos, 250 operários ocuparam uma fábrica para garantir que as indemnizações e as férias lhes sejam pagas integralmente.
É a primeira vez que isto acontece desde a grande crise de 1930.
Pois, que se cuidem os vendilhões do templo.
terça-feira, dezembro 09, 2008
Alterações de última hora
A página da Assembleia da República foi emendada depois de almoço.
Ou seja, foram «marcadas faltas» a alguns deputados.
Só que ....... gato escondido com rabo de fora!!!
Ou seja, onde estão os 13 deputados do Ps que faltaram e, os 35 da oposição?
Não digam que deu vontade a todos, ao mesmo tempo, de ir aos mictórios na hora da votação?
Só pode.
O deputado fantasma
Os jornais [aqui] não deixaram de fazer referência ao facto de 13 deputados do PS e 35 da oposição, 30 dos quais do PSD, não terem «estado» presentes na votação, no plenário da Assembleia da República, da última sexta-feira, dia 5 de Dezembro, véspera da «ponte» do feriado de 8 de Dezembro.
Se os deputados da oposição não tivessem faltado às votações de esta sexta-feira, poderia ter sido aprovado um projecto do CDS-PP que recomendava ao Governo a suspensão da avaliação dos professores. Sabiam???
Mas, o mais estranho(?) é o facto de, ao consultar-se a lista de presenças do Diário da Assembleia, verificar-se que «TODOS» os faltosos na votação plenária, terem assinado a folha de presenças.
Já não é a primeira vez, que que tal facto se verifica, como muito bem nos lembramos.
Mas, é assim, os deputados em falta nunca são chamados à pedra.
Porque será?
Péssimo exemplo dão estes deputados, quando se fala em crise, mas só sentida pelos outros, claro.
Já não bastavam as viagens fantasmas, agora usa-se e abusa-se da figura regimental do «deputado fantasma».
Que vergonha!!!
Já agora, os deputados do Bloco de Esquerda mantiveram-se no plenário; aliás, o único grupo parlamentar que manteve os seus deputados durante a votação.
sábado, dezembro 06, 2008
Golpada (Cont.)
Manuel José Dias Loureiro e Jorge Coelho são accionistas da Valor Alternativo, uma sociedade anónima gestora que administra e representa o Fundo de Investimento Imobiliário Valor Alcântara, que foi constituído com imóveis adquiridos com o produto de reembolsos ilícitos de IVA, no montante de 4,5 milhões de euros.
A Valor Alternativo e o Fundo Valor Alcântara têm a mesma sede social, em Miraflores, Algés, e os bens deste último já foram apreendidos à ordem de um inquérito em que a Polícia Judiciária e a administração fiscal investigam uma fraude fiscal superior a cem milhões de euros.(...)
Dias Loureiro, actual Conselheiro de Estado e ex-administrador de empresas no grupo Banco Português de Negócios, possui 30,5 por cento do capital da sociedade, através da DL Gestão e Consultores e Jorge Coelho, ex-dirigente do PS e ex-ministro, detém 7,5 por cento através da Congetmark.
O accionista maioritário da Valor Alternativo é Rui Vilas, com 62 por cento. Vilas trabalhou na Fincor, a corretora que criou o Banco Insular em Cabo Verde e que foi comprada no início da década pelo Banco Português de Negócios. [Aqui]
Perceberam???
De uma vez por todas, entreguem-se à ordem conventual e digam TUDO.
Não tenho feitio para ser totó e, embirro solenemente, com tipos que se querem armar em inteligentes e chamam aos outros burros.
OUVIRAM???
O penso higiénico
Na Guarda a moda das rotundas vai de vento em pompa, ou melhor, ao gosto dos engenheiros do burgo ou ainda, resquícios da obra de engenharia que Sócrates deixou pela região.
Ou são rotundas grandes, largas, enormes que os camiões não conseguem fazê-las e, vai daí, desfazem-nas.....
Ou são ridiculamente pequenas, que apenas só um poste de iluminação pode existir na área circundante....
Mas, a última «obra de arte» dos engenheiros do Quim, é deveras uma rotunda, que tem merecido da parte da população, a maior das receptividades e aclamações.
Sim, nós por cá temos mesmo muito orgulho, nesta nova ex-libris da cidade. São milhares e milhares de romeiros que se deslocam à cidade, para admirarem tal obra de engenharia.
Tal é a grandeza da dita que o povo já a baptizou e tudo. Como se recordam, Sócrates fez o master em sanitas. Logo os amigos de cá, só podiam eternizar a passagem de tão grande vulto sanitário pela região, com uma rotunda que tem tudo a ver e a haver com a personagem idílica.
Vai daí o povo baptizou a nova rotunda de - rotunda do penso higiénico.
Adapta-se ao progenitor e ao mentor das obras de retrete, que em tempos por cá deixou obra!!!
Ou seja, obrou o bastante, pois!!!
sexta-feira, dezembro 05, 2008
Dívidas, até ao colapso?
1. Uma biblioteca de todos e para todos.
Escrevo este artigo, entre dois acontecimentos que marcam a vida cívica das gentes do concelho da Guarda.
Um, indiscutivelmente, é o novo espaço de funcionamento da Biblioteca Municipal da Guarda que, após anos e anos de falências de empreiteiros, derrapagens financeiras, milhões de euros desbaratados vê, finalmente, o dia da inauguração consumado.
Espera-se e deseja-se que o espaço seja funcional, dê resposta às várias solicitações de todos quantos queiram usufruir do equipamento na sua plenitude. Que o espaço seja lugar de motivação para a leitura e investigação; que possibilite uma interacção entre a cultura e o desejo de adquirir conhecimento, em tempo útil. Que a Biblioteca desempenhe cabalmente a sua função, num espaço, horário e liberdade de opções de leitura e reflexão, são os desejos de todos quantos acreditam que o progresso se faz na simbiose de uma cultura e aprendizagem de qualidade.
2. A dívida como futuro.
Outro momento é a reunião da Assembleia Municipal da Guarda, ainda o local democrático, da discussão e confronto de ideias, propostas na prossecução do objectivo de se encontrar solução para os graves problemas que o concelho, teimosamente, vai continuando a debater-se sem que o almejado progresso chegue.
Discute-se, assim se espera, o desenvolvimento do concelho, nas suas vertentes mais preocupantes: o económico, o social e o humano (como se algum deles deixasse, em momento algum, de estar interligado e conjugado com o tempo e o modo de saber fazer, saber ser e saber estar.)
O momento é de preocupação. A dívida da Câmara, segundo fontes geralmente bem informadas, já vai bem perto dos 50 milhões de euros. Sobe a parada agiota a cada momento de meditação (eleição).
Mas, pasme-se o leitor, para a veleidade com que se anuncia, que há falta de liquidez financeira na tesouraria. Vai daí, recorre-se a mais e mais agiotas. E, lá se «pedem» mais 2 milhões de euros.
Mas, dívidas arrastam dívidas, vai daí, toca a pedir mais e mais.
Logo de seguida pede-se um novo empréstimo; este já de maior monta, pois a montada é de respeito e dá votos, na ausência de planeamento e de rigor sobra a incompetência.
Agora grita-se: “temos que ter acesso aos fundos comunitários”.
São perto de 4 milhões de euros, a pagar em 15 anos, ou seja, quem vier a seguir que apague as luzes. A incompetência da governação camarária rivaliza com a do governo. Há-de fazer-se o povo pagar – a bem ou a mal!
Pois é!
É aqui na micro economia das políticas orçamentais da câmara, como o é na macro da política nacional. Os exemplos circulam em vasos comunicantes, como se de um fluído se tratasse. Aliás, e em bom rigor, os chefes (deles), nacionais, dão-lhes os péssimos exemplos; orçamentos e opções de plano para época eleitoral que ajudem a enganarem o Zé-Povinho. Mas que, em rigor são falácias, mentiras e desenganos para quem esperava outro desempenho governamental, seja qual for o patamar da responsabilidade.
3. A Câmara tem uma responsabilidade social e democrática.
Manifestamente, uma empresa e uma câmara municipal são diferentes desde logo na função social, económica e jurídica. Uma, a empresa, tem um ou vários accionistas que investiram para obterem lucro. Desde logo, os administradores terão de prestar contas a quem os incumbiu de tal tarefa, mas, só respondem perante tais investidores que, supostamente, têm toda a legitimidade de os mandar «passear», se os objectivos não forem alcançados salvo, se forem banqueiros, aí a «coisa» já muda de figurante, o governo, a «bem da nação», salvará os ditos esbanjadores.
Já numa câmara, os eleitos democraticamente, devem gerir BEM, os dinheiros, os móveis e imóveis que são, não de alguns, mas de TODOS os cidadãos.
Aqui reside, desde logo, a principal diferença!
Mas, se socialmente DEVERIA SER ASSIM, no âmbito jurídico os eleitos devem prestar as justificações que os eleitores achem necessárias, para que legitimamente se conheça a razão das escolhas e, principalmente, a motivação das mesmas.
Não perceber tais diferenças é, no mínimo, desconhecer as regras democráticas de informar e prestar contas aos cidadãos.
Ser eleito (cada vez mais raro!) para qualquer órgão ou instituição, não é servir-se de, mas sim SERVIR o povo que representa, tenha ou não votado nesse eleito.
Assim se entende a democracia; assim se responsabilizam eleitos e eleitores; assim se possibilita que os cidadãos participem, cada vez mais, na vida cívica do seu País.
Perceba-se isso, ou perderemos a oportunidade histórica de fazer da vida pública um direito de TODOS.
(Artigo publicado no jornal "O Interior" em 4 de Dezembro de 2008)
Escrevo este artigo, entre dois acontecimentos que marcam a vida cívica das gentes do concelho da Guarda.
Um, indiscutivelmente, é o novo espaço de funcionamento da Biblioteca Municipal da Guarda que, após anos e anos de falências de empreiteiros, derrapagens financeiras, milhões de euros desbaratados vê, finalmente, o dia da inauguração consumado.
Espera-se e deseja-se que o espaço seja funcional, dê resposta às várias solicitações de todos quantos queiram usufruir do equipamento na sua plenitude. Que o espaço seja lugar de motivação para a leitura e investigação; que possibilite uma interacção entre a cultura e o desejo de adquirir conhecimento, em tempo útil. Que a Biblioteca desempenhe cabalmente a sua função, num espaço, horário e liberdade de opções de leitura e reflexão, são os desejos de todos quantos acreditam que o progresso se faz na simbiose de uma cultura e aprendizagem de qualidade.
2. A dívida como futuro.
Outro momento é a reunião da Assembleia Municipal da Guarda, ainda o local democrático, da discussão e confronto de ideias, propostas na prossecução do objectivo de se encontrar solução para os graves problemas que o concelho, teimosamente, vai continuando a debater-se sem que o almejado progresso chegue.
Discute-se, assim se espera, o desenvolvimento do concelho, nas suas vertentes mais preocupantes: o económico, o social e o humano (como se algum deles deixasse, em momento algum, de estar interligado e conjugado com o tempo e o modo de saber fazer, saber ser e saber estar.)
O momento é de preocupação. A dívida da Câmara, segundo fontes geralmente bem informadas, já vai bem perto dos 50 milhões de euros. Sobe a parada agiota a cada momento de meditação (eleição).
Mas, pasme-se o leitor, para a veleidade com que se anuncia, que há falta de liquidez financeira na tesouraria. Vai daí, recorre-se a mais e mais agiotas. E, lá se «pedem» mais 2 milhões de euros.
Mas, dívidas arrastam dívidas, vai daí, toca a pedir mais e mais.
Logo de seguida pede-se um novo empréstimo; este já de maior monta, pois a montada é de respeito e dá votos, na ausência de planeamento e de rigor sobra a incompetência.
Agora grita-se: “temos que ter acesso aos fundos comunitários”.
São perto de 4 milhões de euros, a pagar em 15 anos, ou seja, quem vier a seguir que apague as luzes. A incompetência da governação camarária rivaliza com a do governo. Há-de fazer-se o povo pagar – a bem ou a mal!
Pois é!
É aqui na micro economia das políticas orçamentais da câmara, como o é na macro da política nacional. Os exemplos circulam em vasos comunicantes, como se de um fluído se tratasse. Aliás, e em bom rigor, os chefes (deles), nacionais, dão-lhes os péssimos exemplos; orçamentos e opções de plano para época eleitoral que ajudem a enganarem o Zé-Povinho. Mas que, em rigor são falácias, mentiras e desenganos para quem esperava outro desempenho governamental, seja qual for o patamar da responsabilidade.
3. A Câmara tem uma responsabilidade social e democrática.
Manifestamente, uma empresa e uma câmara municipal são diferentes desde logo na função social, económica e jurídica. Uma, a empresa, tem um ou vários accionistas que investiram para obterem lucro. Desde logo, os administradores terão de prestar contas a quem os incumbiu de tal tarefa, mas, só respondem perante tais investidores que, supostamente, têm toda a legitimidade de os mandar «passear», se os objectivos não forem alcançados salvo, se forem banqueiros, aí a «coisa» já muda de figurante, o governo, a «bem da nação», salvará os ditos esbanjadores.
Já numa câmara, os eleitos democraticamente, devem gerir BEM, os dinheiros, os móveis e imóveis que são, não de alguns, mas de TODOS os cidadãos.
Aqui reside, desde logo, a principal diferença!
Mas, se socialmente DEVERIA SER ASSIM, no âmbito jurídico os eleitos devem prestar as justificações que os eleitores achem necessárias, para que legitimamente se conheça a razão das escolhas e, principalmente, a motivação das mesmas.
Não perceber tais diferenças é, no mínimo, desconhecer as regras democráticas de informar e prestar contas aos cidadãos.
Ser eleito (cada vez mais raro!) para qualquer órgão ou instituição, não é servir-se de, mas sim SERVIR o povo que representa, tenha ou não votado nesse eleito.
Assim se entende a democracia; assim se responsabilizam eleitos e eleitores; assim se possibilita que os cidadãos participem, cada vez mais, na vida cívica do seu País.
Perceba-se isso, ou perderemos a oportunidade histórica de fazer da vida pública um direito de TODOS.
(Artigo publicado no jornal "O Interior" em 4 de Dezembro de 2008)
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Para que serve?
Inaugurada há mais de três anos, a sede do Centro de Estudos Ibéricos (CEI), na Guarda, continua desocupada.
Isso mesmo, desocupada de funcionários porque, mobiliário deve existir quanto baste mas, cheio de pó porque nem serviço de limpeza tem.A obra de recuperação do edifício principal da Quinta do Alarcão custou cerca de 250 mil euros, mas, para além de algumas reuniões, ainda não foi usada significativamente.
Pois!!!Alexandra Isidro, a «nomeada» coordenadora do CEI, considera tratar-se de uma situação «perfeitamente normal» e que a sua equipa ainda não está instalada «para não inflacionar os custos», sublinhando que o sucesso das actividades nunca esteve em causa por isso.
Perfeitamente normal?
Então, para que serve mesmo, o dito edifício?
Inflacionar custos??
Então agora, o discurso oficial é que a cultura já inflaciona custos?
Afinal, para que serve um edifício daqueles se os «serviços» são realizados na Câmara?
Afinal, para que serve um edifício daqueles se os «serviços» são realizados na Câmara?
Gastos supérfluos ou megalomania da pequenez dos decisores do burgo?
A notícia tem o seu desenvolvimento aqui: o Interior
Vai-se saber o quê???
Volta o caso Freeport, agora com com escutas polémicas.
Informação relevante para a investigação do processo Freeport terá sido obtida em Inglaterra por escutas administrativas, ou seja, feitas eventualmente sem autorização de um juiz e pelos serviços secretos britânicos.
Esta será uma das questões a abordar a realizar em Haia, na sede da União Europeia de Cooperação Judiciária (Eurojust), entre delegações de polícias e magistrados portugueses e ingleses.
Em Portugal não são autorizadas escutas administrativas. Pelo lado português vão Cândida Almeida, do Ministério Público, e Pedro Carmo e Moreira da Silva, ambos da PJ. A reunião foi promovida pelo Eurojust depois de os ingleses terem detectado dinheiro do negócio em offshores sediadas naquele país.
O objectivo agora é trocar formalmente as informações recolhidas, de forma a perceber se houve ou não o pagamento de luvas milionárias – estimadas em quatro milhões – pelo licenciamento de construção do empreendimento Freeport, em Alcochete, decidida no último Conselho de Ministros do governo de António Guterres e quando José Sócrates era o titular da pasta do Ambiente.
Esta será uma das questões a abordar a realizar em Haia, na sede da União Europeia de Cooperação Judiciária (Eurojust), entre delegações de polícias e magistrados portugueses e ingleses.
Em Portugal não são autorizadas escutas administrativas. Pelo lado português vão Cândida Almeida, do Ministério Público, e Pedro Carmo e Moreira da Silva, ambos da PJ. A reunião foi promovida pelo Eurojust depois de os ingleses terem detectado dinheiro do negócio em offshores sediadas naquele país.
O objectivo agora é trocar formalmente as informações recolhidas, de forma a perceber se houve ou não o pagamento de luvas milionárias – estimadas em quatro milhões – pelo licenciamento de construção do empreendimento Freeport, em Alcochete, decidida no último Conselho de Ministros do governo de António Guterres e quando José Sócrates era o titular da pasta do Ambiente.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
E agora?
Segundo informações divulgadas pela FENPROF, a greve nacional de professores é a maior dos últimos 20 anos e pode mesmo ser a maior de sempre.
As estimativas da estrutura sindical apontam para uma adesão de 92%.
Exige-se que TODOS compreendam que "a quase totalidade dos professores é contra" o sistema de avaliação que o governo quer impor.
Mas, quem não compreende é a maioria Ps na Assembleia Municipal da Guarda, que rejeitou uma moção, apresentada pelo Bloco de Esquerda e, onde se exigia, a suspensão do actual sistema de avaliação.
O Deputado Municipal do Bloco de Esquerda proponha que a Assembleia Municipal da Guarda, na sua reunião de 2 de Dezembro de 2008, delibera-se:
1. Solidarizar-se com a luta dos professores e educadores em defesa da Escola Pública com qualidade.
2. Recomendar a imediata suspensão da avaliação em curso e que o governo aceite um entendimento com os sindicatos.
3. Enviar a presente moção ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, à Ministra da Educação, ao Presidente da Assembleia da República, aos Grupos Parlamentares, assim como aos Movimentos e Sindicatos de professores e educadores.
1. Solidarizar-se com a luta dos professores e educadores em defesa da Escola Pública com qualidade.
2. Recomendar a imediata suspensão da avaliação em curso e que o governo aceite um entendimento com os sindicatos.
3. Enviar a presente moção ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, à Ministra da Educação, ao Presidente da Assembleia da República, aos Grupos Parlamentares, assim como aos Movimentos e Sindicatos de professores e educadores.
Não percebeu a «maioria» do Ps.
Os olhos e ouvidos do reizinho estão por todo o lado, que medo!!!!