quarta-feira, janeiro 30, 2008

NEM CHEFES, NEM SÚBDITOS, EXIGIMOS DEMOCRACIA!


O Ministério da Educação, que nunca avaliou nem prestou contas sobre o modelo de gestão que vigora nas escolas, vem agora dizer que a culpa do insucesso e do abandono é da natureza electiva dos cargos.
Para acabar de vez com a democracia, impõe um director, que não é eleito por todos, que
até pode desconhecer a realidade da escola que vai dirigir, e que escolhe os seus protegidos.
A obsessão gerencialista sobre o princípio da participação vai tão longe que o governo de Sócrates liquida dos princípios orientadores da lei:
- a democraticidade e participação de todos os intervenientes no processo educativo;
- o primado de critérios de natureza pedagógica e científica sobre os critérios
administrativos;
- a representatividade garantida pela eleição democrática e a responsabilização do Estado.
Para o Governo, a democracia é um estorvo porque as escolas devem ser geridas como empresas.
Autoritarismo e hierarquias são, afinal, as soluções milagrosas de Sócrates para os problemas das escolas.
Para o Bloco de Esquerda, o melhor governo da escola é aquele que melhor for capaz de revitalizar a democracia e a participação de todos os intervenientes no processo educativo.
Por isso, defendemos:
- a recusa da direcção unipessoal das escolas: a elegibilidade, a colegialidade
e a participação são valores intrínsecos às organizações escolares;
- a limitação de mandatos (dois) dos presidentes de conselho executivo como
forma de combater formas de nepotismo e autoritarismo;
- a elegibilidade de tod@s @s professores para todos os cargos, mediante
currículo e projecto, porque não há professores de “primeira” e de “segunda”;
- a participação e representação dignas de alunos e pessoal não docente nos
órgãos das escolas;
- a atribuição de mais competências e poderes de decisão às escolas, incluindo
o reforço de poderes do Conselho Pedagógico e o alargamento das formas
de participação dos professores na gestão intermédia das escolas;
- o primado dos critérios pedagógicos e científicos sobre os critérios
administrativos e empresariais.

terça-feira, janeiro 29, 2008

Fragmento de Os Gracos



«......................»
Os ricos nunca perdem a jogada
Nunca fazem um erro. Espiam.
E esperam os erros dos outros.
Administram os erros dos outros.
São hábeis e sábios.
Têm uma longa experiência do poder.
E quando não podem usar a própria força
Usam a fraqueza dos outros.
Apostam na fraqueza dos outros
E ganham.
Tecem uma grande rede de estratagemas
Uma grande armadilha invisível
E devagar desviam o inimigo para o seu terreno
Para o sacrificar como um toiro na arena.
«......................»
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética

Remodelação ou Acomodação?


Há uns dias a esta parte o Joe deixou de aparecer nas televisões, nos jornais e nas notícias.
Faltaram as «entrevistazinhas».......
Estranho?
A comédia trágico-marítima tinha faltado!!!
«O Programa seguia dentro de momentos».
A explicação veio servida em tons de acomodação.
Ou seja, arranjo do Ministério da Cultura.
O advogado José António Pinto Ribeiro, administrador da Fundação Berardo, Joe, é o novo Ministro da Cultura.
Foi o BCP, foi a CGD agora chegou a ..........alcaiote de ministro.
Tudo explicado!!!
Onde chegará este Joe?
O silêncio é de ouro, nos negócios, claro está!!!
Quem não se lembra da desautorização de Isabel Pires de Lima em relação à colecção Berardo, adquirida por suposta intromissão de Sócrates?
Ah, pois é!!!
E o acordo ortográfico?
E os «cortes» orçamentais para as empresas municipais de «cultura», sempre ávidas de mais e mais verbas?
Depois das negociatas com escritórios de advogados, JM Júdice SA, para a entrega da frente ribeirinha de Lisboa, só faltava mesmo um tal de Pinto Ribeiro como Ministro da Cultura.
Pois....
Depois, bem depois acomoda-se Correia de .......Campos.
Nem a medalha o salvou!!!
Correia de campos foi medalhado, pelo denodado Presidente, laranjinha, da Câmara de S. Pedro do Sul.
Menezes e Sócrates entendem-se perfeitamente.
Já não bastam os «acordos» agora descobriram que medalhar um ministro é sinal de «borda fora».
Ou seja, o PSD medalha de manhã e ....... à tarde Sócrates demite!!!!
Uma questão de comendas ao peito e de encomendas a preceito!!!
«“Os Portugueses vão perceber a minha politica de saúde”. Agarrado à cadeira Correia de Campos explicava, em entrevista ao Expresso, que não lhe passava pela cabeça sair do Governo e que vê em cada momento de crise, como este, uma oportunidade de explicar aos portugueses o que anda a fazer no ministério.
Que andava a fazer para não ficar?
Questão de cadeiras? Uns caem outros vão-se................
Mas isto não se resolve com este ou aquele ministro.
A política é só uma, a de Sócrates!!!

Galo


Anuncia-se com pompa e circunstância o «Julgamento e Morte do Galo do Entrudo» na Guarda.
Depois da zanga das comadres, «Todos à Roda» e «Câmara» por razão de uns 50 mil euros de apoio, haverá lugar a não um mas dois cortejos/espectáculos do género «lírico campestre».
Um em Famalicão, terra do «assessor» do 1.º ministro, presidente da Assembleia Municipal e patrocinador «oficial» do «Todos à roda» e outro na cidade, da autoria da sempre omnipresente Culturguarda.
Assim mesmo, a Culturguarda «vai» realizar o evento por «metade do preço», dizem!!!
Só que se esquecem(?) que a Culturguarda é uma empresa municipal.
Já o projecto "Todos à Roda" é formado pelo Aquilo Teatro, Centro Cultural de Famalicão e Raiz de Trinta - Associação Juvenil.

Entendido?
Fora as polémicas dos dinheiros e da publicitação dos «autores» e «guionistas» será altura de perguntar: Foi a ASAE informada do evento?
Mantar um galo pode ser crime.

domingo, janeiro 27, 2008

Amigos


A maior facilidade de movimentação das contas poupança habitação (CPH), introduzida pelo Governo no início deste ano, afinal, está a ser penalizadora para os portugueses.
Sabe-se hoje que a medida, inscrita na Lei do Orçamento, foi acolhida com grande regozijo por parte da banca.
Quem houvera de ser?
Depois da manutenção do regime fiscal inconcebível aplicável ao sector financeiro – a taxa de tributação que lhe é aplicada continua a ser quase metade da que é aplicada à restante economia – e depois do favorzinho de ontem, com a aldrabice dos certificados de aforro, temos hoje a notícia de que 1% de 2,2 mil milhões de euros é igual a 22 milhões de euros.
Não percebeu? Então, leia aqui.

Tenho a certeza que irá entender e reconhecer a criatividade sem limites do Governo de Sócrates para desenvolver formas de ser «amigo» da banca.
Cada vez mais amigo dos poderosos.

Clientes


A educação até ao 9º ano será entregue às câmaras já em Setembro.

Os municípios, vão mandar no pessoal não docente na acção social, transportes e gestão do parque escolar.

Mais e mais clientela partidária.

A tudo isto junte-se a nova lei das autarquias e veja-se a «mistura explosiva» que vai ser.

Bem de ver, pois então!!!!!

A EMV ou o engodo da idade da reforma


Ultimamente, muito se tem falado da EMV (Esperança Média de Vida).
Tudo a propósito do aumento da idade da reforma.
É um argumento de peso para o governo de Sócrates, que «arranjou» uma forma expedita de «justificar» todas as trapalhadas da passagem à reforma de um trabalhador.
Só que................... as teorias asininas têm sempre o mesmo fim!!!
Descobre-se, facilmente, a trampolinice e a verdadeira razão de tais «medidas».

Um estudo do Economic Policy Institute mostra como o aumento da esperança média de vida nos EUA beneficiou sobretudo os mais ricos.
A diferença na esperança de vida entre a metade da população mais pobre e a mais rica passou de 1 ano em 1972 para 6 anos em 2001!
Se isto se passa nos EUA imagine-se cá pela aldeia!!!!
Não será muito difícil admitir algo de semelhante ou bem pior.
Já agora.
Será que alguém estará interessado em realizar um estudo sério sobre o tema em Portugal?
Espera-se!!!!

É a economia, estúpido!!!!


Correia de Campos, putativo ministro do governo Sócrates, continua a ser um verdadeiro show man.
Não há televisão, rádio, jornal que não dê «notoriedade» ao senhor.
Só que pelos piores motivos.
Correia de Campos, será dos poucos que continua a ver um SNS(Serviço Nacional de Saúde) a funcionar em pleno.
Só que a realidade é bem diferente.
Hoje mais dois casos.
Pedir-se a demissão do ministro Correia de Campos é patético.
Correia de Campos ou outro qualquer douto executarão, seguramente, a política de Sócrates.
Essa sim a verdadeira CAUSA do problema.
Perceberam???

Mais e mais....


O executivo camarário da Guarda deliberou contrair um empréstimo de longo prazo de 1,3 milhões de euros para co-financiar os trabalhos de infraestruturação da zona 2 da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda.

Actualmente, e segundo o presidente, a dívida total da câmara ronda os 40 milhões de euros.

Siga para bingo!!!

sábado, janeiro 26, 2008

Agitar antes de usar


Já tivemos o ministro da Justiça a dizer que «Portugal não é uma República de Procuradores».

Depois o Procurador-Geral da República disse que o Ministério Público é «um feudo de condes, viscondes e marquesas».

Agora(?) temos um Bastonário a dizer o que há muito o País já sabe - CORRUPÇÃO.
"Existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e que andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos de lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado Português".

Só que de parangonas, atoardas e tudo mais que dê lugar de destaque nos noticiários estamos TODOS fartos.
Portugal está-se a tornar numa «República de procurados».
Cada vez mais a Justiça está-se a tornar num campo pedregoso de servos da gleba da courela forense.
Não são altos dirigentes, são fazedores de títulos de jornal, em caixa alta.
Uma chamada à primeira página é o seu dia de glória.
Inquéritos? Mais e mais inquéritos.
Comissões e mais comissões!!!!
Mas que grande comichão!!!!
«Fala-se na SARNA começam-se logo a coçar!!!!»
Justiça?
Esclarecimento da VERDADE?
Não me parece que haja VONTADE.
Interesses mais que muitos!!!!!!

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Abaixo assinado

Em defesa do Serviço Nacional de Saúde geral, universal e gratuito.

A actual política de saúde, em especial o encerramento de serviços e o corte de despesas necessárias ao seu bom funcionamento, tem degradado o Serviço Nacional de Saúde: o acesso é mais difícil e a qualidade da assistência está ameaçada.

O SNS é a razão do progresso verificado nas últimas décadas na saúde dos portugueses. Ao serviço de todos, tem sido um factor de igualdade e coesão social.

Os impostos dos portugueses garantem o orçamento do SNS e permitem que a sua assistência seja gratuita. Não é legítimo nem justificado exigir mais pagamentos.

Os signatários, reclamam da Assembleia da República o debate e as decisões políticas necessárias ao reforço da responsabilidade do Estado no financiamento, na gestão e na prestação de cuidados de saúde, através do SNS geral, universal e gratuito.

É a saúde, estúpido!!!


Operadora do CODU: – Peço desculpa. Eu estou a falar com uma corporação de bombeiros, não estou?
Bombeiro de Favaios: – Está sim. Mas estou a atender o telemóvel.
Operadora do CODU: – Então eu estou a dar-lhe uma saída, e pergunta-me a mim o que vai fazer? Nunca tal me aconteceu.
Bombeiro de Favaios: – Desculpe lá, desculpe lá.
Operadora do CODU: – Claro que tem de ir para o local com a ambulância e com o colega.

Bombeiro de Favaios: – Eu estou sozinho.
Operadora do CODU: – Está sozinho?
Bombeiro de Favaios: – Estou.
Operadora do CODU: – Então como vai sair uma ambulância sozinha?!.
Bombeiro de Favaios: – Não tenho mais ninguém agora aqui.
Operadora do CODU: – Como não tem?
Bombeiro de Favaios: – Então como vou fazer!?!
Operadora do CODU: – Espere aí! (dirigindo-se para a médica da VMER) Ó doutora, Favaios está sozinho, não tem mais ninguém... (volta a falar com o bombeiro) Não arranja outro tripulante?
Bombeiro de Favaios: – Quem é que vou arranjar agora?!
Operadora do CODU: – Qual é a corporação mais próxima além de vocês?
Bombeiro de Favaios: – Só Alijó.(…)
Operadora do CODU: – Então vou mandar Alijó. Vou pedir ajuda, para você ajudá-lo a chegar ao local. (desabafo para alguém que está ao lado) Tu estás a ver? Ele está sozinho. “O que é que eu faço?”, pergunta-me ele.(A operadora do CODU telefona para os Bombeiros de Alijó)
Bombeiro de Alijó: – Estou sim...
Operadora do CODU: – Uma saidinha para Castedo.
Bombeiro de Alijó: – Castedo é Favaios!
Operadora do CODU: – Pois é. Mas Favaios está só com um senhor e a ambulância. E a vítima pode estar em paragem respiratória. Vai a viatura médica de Vila Real. Não posso enviar uma ambulância só com uma pessoa para fazer uma emergência médica.
Bombeiro de Alijó: – Aqui também não tenho ninguém.
Operadora do CODU: – Não tem aí ninguém.
Bombeiro de Alijó: – Não. Só se chamar...
Operadora do CODU: – Então...
Bombeiro de Alijó: – Aqui só fico eu de noite.

Ontem a imprensa contou-nos a história de um cidadão que sangrou até morrer por falta de assistência médica (ver aqui).
Hoje conta-nos a história da assistência médica que nunca chegaria a tempo de evitar que um cidadão morresse.

O diálogo que acima se reproduz é um retrato de um sistema de saúde, que um governo incompetente, nos quer impor.

Pode ler o diálogo completo aqui.

QUEM PODE FICAR INSENSÍVEL?????

Mentiroso


As maiores reincidências (por 532 vezes) foram que o Iraque tinha armas de destruição massiva (ADM), que o estava a tentar produzir ou obtê-las, ou tinha laços com a Al-Qaeda, ou todas as anteriores.
Em termos de personalidades, Bush ficou à frente com 259 mentiras, 231 sobre ADM no Iraque e 28 sobre os laços com a Al-Qaeda.
Logo, logo atrás ficou Colin Powell com 254, 244 sobre ADM no Iraque e 10 sobre o Iraque e Al-Qaeda.

José Sócrates, o governo, os assessores, compadres, comadres sobrinhos, afilhados e copiadores estão apostados em bater este recorde.
Já levam um bom resultado.
Até Outubro de 2009 têm todas as possibilidades de entrar no Livro Guinness dos Recordes e tirar o lugar a Bush e apêndices.

São rosas, estúpido!!!!!


O Tratado de Lisboa, o tal da cimeira, que tanto fizeram querer que foi um verdadeiro sucesso, já começa a dar os seus frutos.
Os «donos» da NOVA ORDEM EUROPEIA reuniram à margem das instâncias comunitárias para discutir a crise nos mercados financeiros e, deixaram o serviçal de fora.
Coitado!!!
Nem para servir cafés foi convidado!!!
Agora vem para os jornais fazer figura de menino amuado!!!
Triste figura!!!
Afinal quem disse que a «cimeira» foi um sucesso?
Quem disse que o Tratado, o tal que não quiseram refrendar, era bom para o País?
”Oh Teixeirinha, mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo!!!!
Aprende.
É que burro velho não aprende línguas, não é por ser velho...........
Cuidado Teixeirinha, é que ou te portas bem ou vais vender chuchas para o bordel.

Incongruentes


Há vários anos que todos os partidos defendem a prescrição de medicamentos em unidose nas farmácias.

Já não é novidade.

Só que, estranhamente ou talvez não, quando chegam ao governo, encontram logo uma série de "estudos técnicos" que desaconselham esta medida.

Será por falta de dose, mas de coragem?

É a saúde, estúpido!!!


«Questionado pelos jornalistas sobre a falta de espaço nas urgências do Hospital de Faro, que origina a mistura de doentes com doenças respiratórias com pacientes com patologias infecciosas graves sem nenhum tipo de isolamento entre eles, Correia de Campos foi igual a si próprio: “Faro tem um problema que torna difícil o seu funcionamento perfeito, que é a sua sazonalidade”.”Tem uma parte do ano, dois ou três meses, em que a sua população triplica e isso torna a gestão da saúde difícil”».in "Diário Digital
Saberá ao menos o putativo e pedante ministro em que mês do ano estamos?
Consulte o Borda d' Água.
O meteorologista saberá dizer-lhe, com propósito, quando vai chover para fechar a cloaca.

REVOLTA

Depois de escrever o post anterior li esta notícia:
Ana Maria Brandão, portadora de cervicalgia e lombalgia degenerativas que a mantêm na cama vai para mais de quatro anos, soube a semana passada que a Junta de Freguesia onde trabalha lhe vai deixar de pagar o ordenado. Depois da Caixa Geral de Aposentações lhe ter negado a reforma antecipada, os 400 euros que recebia da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães eram a única forma de sustento de uma mulher que gasta mais de 200 euros mensais em medicamentos.
Não podemos CALAR!!!!
REVOLTANTE!!!!!
VERGONHOSO.

ESTE É O VILÃO:
Em Novembro do ano passado, depois de ter sido instada pela Caixa Geral de Aposentações a apresentar-se ao trabalho, Ana Maria Brandão regressou à junta de freguesia, tendo cumprido o horário laboral sentada numa cadeira e encostada a uma parede, sempre acompanhada pelo pai. Nesse mesmo dia, e perante a exposição mediática do caso, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que ela iria entrar novamente de baixa médica.
Não tendo conseguido encontrar uma Junta tão compreensiva como a que avaliou o temente Paulo Teixeira Pinto, e apesar de não lhe terem mandado fazer nenhum exame, Ana Maria Brandão foi novamente considerada apta.
Agora, nem recebe da Caixa Geral de Aposentações nem pela Junta de Freguesia. Deve ser a isto que se referem quando falam na perda da autoridade do Estado. Já nem uma palavrinha do ministro das Finanças livra os funcionários públicos.

PULHICE.
Execráveis vilões.

terça-feira, janeiro 22, 2008

EMV ou a Esperteza Morcona Vampirina


Quando se anuncia que os trabalhadores que entrem este ano no mercado de trabalho, a idade de reforma deverá rondar os 68 anos, caso cheguem a 2048 com 35 a 39 anos de carreira.
Porém, se tiverem uma carreira completa de 40 anos - o que implica nunca passar por situações de desemprego ou de emprego informal -, só(?) terão de trabalhar até aos 67 anos.
Que os trabalhadores que se encontram actualmente a meio da sua carreira e que tencionam reformar-se por volta de 2030 vão ter de descontar mais um a dois anos para anular o efeito do factor de sustentabilidade.

Quando as notícias dão conta da desumanidade das juntas médicas.
Eis senão, ficou-se a saber por carta enviada ao Público pelo ex-director do BCP, Paulo Teixeira Pinto, que o putativo senhor passou “à situação de reforma em função de relatório de junta médica”.
Que razões levaram a «junta médica» a conceder ao senhor Pinto a reforma?
Com certeza prendem-se com o «estado» psicológico em que se encontra depois de ter sido corrido do BCP e da Opus Dei.
Este banqueiro de 46 anos foi considerado inapto para o trabalho, apesar de já ter arranjado um cargo numa consultora financeira.
Ou será que tem tudo a ver com a indeminização que recebeu?
É que Teixeira Pinto nega ter recebido 1o milhões de euros de "indemnização pela rescisão do contrato” com o BCP, garantindo que apenas recebeu a “remuneração total referente ao exercício de 2007”: 9.732 milhões de euros em "compensações" e "remunerações variáveis".
Nada como ser preciso nestas coisas.
Agora pedir ao Estado, através da tão vilipendiada Segurança Social, que lhe conforte as agruras da vida é de mais.
E o caso da professora que lhe foi recusada a reforma por uma junta médica?
E os outros todos????
Já agora que diz a tudo isto o Ministro das Finanças?
É que quem tutela a Caixa Geral das Aposentações é o Ministério das Finanças.
Esclarecido?

Ser professor em tempo de rosas


JAMAIS A VERDADE FOI TÃO BEM ESCRITA (*)

Faço projectos, planos, planificações;
Sou membro de assembleias, conselhos, reuniões;
Escrevo actas, relatórios e relações;
Faço inventários, requerimentos e requisições;
Escrevo actas, faço contactos e comunicações;
Consulto ordens de serviço, circulares, normativos e legislações;
Preencho impressos, grelhas, fichas e observações;
Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos, planificações;
Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e encadernações;
Participo em actividades, eventos, festividades e acções;
Faço balanços, balancetes e tiro conclusões;
Apresento, relato, critico e envolvo-me em auto-avaliações;
Defino estratégias, critérios, objectivos e consecuções;
Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas redacções;
Informo-me, investigo, estudo, frequento formações;
Redijo ordens, participações e autorizações;
Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;
E mais actas, planos, projectos e avaliações;
E reuniões e reuniões e mais reuniões!...
E depois ouço, alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores, observadores, secretários de estado, a ministra e, como se não bastasse, outros professores, e a ministra!...
Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;
Assino, rubrico, sumario, sintetizo, informo;
Averiguo, estudo, consulto, concluo, coisas curriculares, disciplinares, departamentais, educativas, pedagógicas, comportamentais, da comunidade, de grupo, de turma, individuais, particulares, sigilosas, públicas, gerais, internas, externas, locais, nacionais, anuais, mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?

- Querem que eu dê aulas!?...

(* Recebido por mail)

São rosas, estúpido!!!

Já sabes se tens entre 15 e 25 anos, fizeste o curso completo de praia e campo, com mérito obtiveste o mestrado em gazeta às aulas, tiveste excelente nas áreas da mândria então porque esperas.
O futuro está ali no IEFP.
O 9.º ano de borla e com direito a um computador.
Que tal?
Percurso de vida bem de ver!!!!

sábado, janeiro 19, 2008

Clones


O líder do PSD não poderá ser acusado de mentiroso.
Ele e o seu séquito dizem claramente ao que vieram.
LIBERALIZAR!!!
O plano de, em meia dúzia de meses, "liberalizar a legislação laboral (...) e desmantelar de vez o enorme peso que o Estado tem e que oprime as pessoas", afirmando que o "Estado deve sair do ambiente, das comunicações, dos transportes, dos portos e, na prestação do Estado Social, deve contratualizar com os privados e acabar com o monopólio na saúde, educação e segurança social" , diz tudo sobre as reais intenções dos libertinos.

«[...] Questionada depois pelos deputados do PSD sobre as funções do Estado, Manuela Ferreira Leite respondeu que começaria por privatizar «aqueles sectores em que os privados já estão, como a saúde a educação».«São dois sectores em que não vejo porque é que o Estado não se retira», disse, referindo que «antes pelo contrário, [o Estado] cada vez está a entrar mais». [...]»(TSF Online -- 15.01.08)

Não há dúvidas!!!
Entre estas propostas e a prática política do PS(Partido de Sócrates) não há diferenças.
O que realmente muda é o executor, o resto tudo na mesma.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Miguel Torga


Hoje lembrei-me de Miguel Torga.

"Abolição das fronteiras. Livre circulação de pessoas e bens. Ocupados sem resistência e sem dor. Anestesiados previamente pelos invasores e seus cúmplices, somos agora oficialmente europeus de primeira, espanhóis de segunda e portugueses de terceira."
Coimbra, 2 de Janeiro de 1993, Miguel Torga.

"Continua o tráfego de consciências na feira política nacional. Compram-se e vendem-se convicções por todos os preços. Os jornais denunciam, o povo comenta, mas no dia seguinte chega a notícia de nova transacção. Depois de quase meio século de ditadura, o país, mal refeito do pesadelo passado, agoniza sob nova opressão, ainda mais tenebrosa. A arbitrariedade e a preversão policial de outrora deram lugar ao terrorismo de Estado. Agora, são os detentores do poder que oprimem e perseguem. A peitar sem rebuço os cidadãos venais, ou a talar discricionariamente o território dos legítimos interesses dos outros, é que condicionam os limites da nossa liberdade."
Coimbra, 16 de Maio de 1993, Miguel Torga

Sabem quem é António Pinto de Sousa?


Ai não sabem?

Pois fiquem a saber que é o novo responsável pelo gabinete de comunicação e imagem do IDT (Instituto da Droga e Toxidependência).

O Toni é mais um todo poderoso.

Tem competência atribuída para empossar quem quiser, independentemente da sua qualificação académica e profissional, para os cargos dirigentes do Instituto, contrariando os próprios estatutos do IDT.

E porquê o Toni perguntarão.

Perguntam e perguntam muito bem.

Não é irmão dos maçons Teixeira dos Santos ou Vítor Constâncio.

É MESMO o irmão de José Sócrates.

Esclarecidos?

Mais do mesmo


Ontem a excepção foram os casinos.


Ou seja, de excepção em excepção tudo ficará na mesma.

As interpretações da lei, feitas a pedido de interesses, resultarão no mais que previsível fim da mesma.

Como em tudo, quando o fundamentalismo é exacerbado e se quer dar a ideia que se «faz» trabalho decreta-se para tudo ficar na mesma.

Mais uma lei igual a tantas outras.

Existe mas não se cumpre, para alguns.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Pela ESCOLA PÚBLICA

A SOCIEDADE PORTUGUESA E AS NOVAS GERAÇÕES MERECEM UMA ESCOLA PÚBLICA MELHOR

APELO A UMA DISCUSSÃO PÚBLICA ALARGADA DO MODELO
DE GESTÃO DAS ESCOLAS

Está em período de debate público apenas por um mês o Regime Jurídico de Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos Públicos da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário.
Não apenas como profissionais da Educação, independentemente de qualquer filiação organizacional, mas também como cidadãos e encarregados de educação atentos, queremos manifestar o nosso desejo de um debate digno e alargado sobre um assunto tão importante como este que não pode ficar circunscrito a gabinetes ou a algumas reuniões longe do escrutínio público de todos os interessados.
Fazemos este apelo porque temos consciência de que estas mudanças terão repercussões profundas na qualidade do ensino ministrado nos estabelecimentos do ensino público e que nem todas essas repercussões se encontram devidamente avaliadas neste momento.
Para além disso, este projecto de alteração do regime jurídico ainda em vigor não se apresenta como resultante de uma necessidade pública, claramente sentida e demonstrada na e pela sociedade civil e comunidades educativas, de reformar o modelo em vigor. Pelo contrário, surge na sequência de uma profusão legislativa que se tem norteado por alguma incoerência entre as intenções manifestadas e as condições concretas existentes no nosso sistema educativo, o que desde logo nos suscita as maiores reservas quanto à sua validade.
Não esqueçamos que:
No sistema educativo português os alunos têm sido alvo de reformas sobrepostas, mal preparadas e pior implementadas.
Tais reformas sucedem-se sem serem devidamente avaliados os resultados das reformas anteriores,
A não avaliação aprofundada de todas as medidas e do seu efeito no sistema leva a que os actores institucionais e a cidadania se interroguem sobre as razões destes sucessivos fracassos.
Apesar de todas essas reformas, os índices de literacia (global ou funcional) continuam dos mais baixos, enquanto que as taxas de insucesso e de abandono escolar são das mais altas, não apenas em termos europeus, como até mundiais.
Com um novo modelo de gestão, insuficientemente fundamentado e imposto em nome de uma desejável autonomia e abertura da gestão dos estabelecimentos de ensino às comunidades, corre-se o risco de um agudizar das disfunções que o sistema vem demonstrando, com consequências imprevisíveis não só em termos pedagógicos como da coerência, integridade e solidariedade do sistema público de ensino.
Perante este panorama, que aconselha a maior prudência em novas alterações na arquitectura do sistema público de ensino e perante as incoerências internas do projecto do Ministério da Educação em termos operacionais e a sua aparente inadequação quanto ao quadro legislativo em que se insere, nomeadamente quanto à Lei de Bases do Sistema Educativo, os signatários deste manifesto, reivindicam, por isso, ao Governo e ao Ministério da Educação que:
a) Exista um prazo suplementar de dois meses para discussão da proposta governativa;
b) Se promovam debates públicos em todas as escolas do país, mobilizando as comunidades educativas para a discussão das qualidades e óbices do novo modelo proposto;
c) Se faça a divulgação de todas as análises dos dados estatísticos e outros estudos de departamentos do Ministério da Educação, com especial relevo para a Inspecção Escolar relativos ao desempenho das Escolas em matéria de gestão que justificam a necessidade de mudança do modelo existente.
Apelamos ainda a que todos os intervenientes das comunidades educativas (alunos, encarregados de educação, docentes, funcionários não docentes, autarquias) se mobilizem para uma discussão alargada da Escola Pública.
Só com o activo envolvimento de todos na preparação de reformas com esta dimensão e impacto numa área crítica como a Educação é possível garantir que a mudança se transformará em algo positivo e não meramente instrumental.
Os órgãos de gestão das escolas e os Centros de Formação estarão, naturalmente, vocacionados para organizar e dinamizar este debate.
Os autores deste manifesto reiteram que não representam quaisquer organizações socio-profissionais de professores ou profissionais de educação actualmente existentes ou em processo de formação, sejam elas de natureza sindical, profissional, científico-profissional ou outra. Desejam afirmar, porém, que as organizações acima referidas são organizações da sociedade civil com legitimidade própria para se pronunciarem sobre as questões respeitantes ao sistema de ensino e à governação das escolas;
Deste modo, num contexto em que o poder político afirma a necessidade de envolver a sociedade civil na governação das escolas, a eventual limitação da intervenção no debate destas organizações e/ou movimentos independentes constituídos especificamente para este efeito, comprometerá gravemente a legitimidade dessa governação e das políticas que a determinam, gerando inevitavelmente fenómenos de inércia na sua aplicação, em grande parte resultantes da forma como a informação e o debate (não) se realizaram.
Para assinar esta petição: http://www.gopetition.com/online/16302.html

O verdadeiro sim sr. engenheiro!!


Há políticos que são o verdadeiro «yes man».
É o caso do doutor engenheiro Carmona.
Carmona Rodrigues, bem de ver.
Enquanto ministro das obras públicas, defendeu que o aeroporto seria na Ota (lembrado aqui), por simpatia aos empresários do Bombarral.
E, para não ser desagradável para com o PSD, quando foi para presidente da CML, defendeu o Poceirão.
Como Vereador de Lisboa, por simpatia, defende a continuação da Portela.
Aliás, o Eng. Carmona também já defendeu que a nova ponte deveria ser apenas ferroviária porque "Parece-me que do Barreiro não é preciso virem mais carros" (um pouco antipático para com o Barreiro, é certo, mas simpático para os alfacinhas durante um debate da campanha para Lisboa) e o seu contrário.
Agora é acusado no caso Bragaparques.
Que promessa lhe falta cumprir senhor doutor engenheiro?
Quem apostaria num cavalo que não sabe distinguir aveia de cevada?
Uma questão de corridas.......... de cavalos, claro!!!

terça-feira, janeiro 15, 2008

Faz toda a diferença

Bruto da Costa, uma autoridade nacional na luta contra a pobreza, afirmou na passada sexta-feira dia 11 de Janeiro, que se os 10% dos mais ricos homens do planeta doassem 1,7% da sua vastíssima riqueza, isso seria o suficiente para acabar com a pobreza extrema, que é o mesmo que dizer que era o suficiente para acabar com a morte por fome no mundo inteiro!

Aguadeiros

Hoje os noticiários das televisões e dos jornais deram-nos a conhecer um «encontro» entre Jardim e o Presidente do Psd Madeira.

Assunto: A INDEPENDÊNCIA DA MADEIRA.

«Se essa for a vontade dos madeirenses eu(Jardim) estarei com eles» - fim de citação.

Estranha notícia.
Desde logo pelo encontro em si, ou seja, o presidente do PSD recebido pelo chefe do governo madeirense.

Na Madeira, o presidente do PSD não é Jardim?
Estranho.
Mas, se o facto em si é caricato (ou será que vai haver referendo para a independência?) talvez já não o seja assim de todo quando ficámos a saber que O Tribunal Constitucional chumbou, esta segunda-feira, a lei de incompatibilidades e impedimentos dos deputados aprovada na Assembleia Legislativa da Madeira.

“É uma atitude de violação da Constituição, mas é sobretudo uma provocação, uma afronta e uma represália por parte do PS em relação aos resultados eleitorais que tiveram na Madeira. Mas se quer de facto um braço de ferro, desde já fica claro que a lei, para além de vir a ser impugnada constitucionalmente, nós não a vamos aplicar. Agora mandem a marinha de guerra."

Ora como a marinha portuguesa não avançou, então Jardim decide-se pela independência.
Ou seja só fumaça.
Ameaças e mais ameaças.
À maneira de Jardim com o conluio dos jornais aguadeiros.
Quando derem notícias digam tudo, mesmo tudo não se fiquem pelas aparências.
Perceberam?

domingo, janeiro 13, 2008

A diferença

Ainda não é hoje que vou falar da lei do tabaco. Não me apetece.
Reparei, no entanto, ao consultar a «nova» lei, que o legislador quis marcar a diferença.

Comentários?
A DGS explique a diferença.

Nós por cá bem.....


Aumentos

Aumento de algumas despesas das famílias determinado pela subida de preços em 2008: 56,64 euros.

Aumento médio mensal dos rendimentos das famílias trabalhadoras e pensionistas em 2008: 23 Euros (ilíquidos)
"Em todos estes anos, sempre pude dizer que o ano que começa agora foi melhor que o ano anterior. Foi assim em 2005, foi assim em 2006 e tenho todos os motivos para vos dizer que o ano de 2008 será ainda melhor que o de 2007", garantiu, sem pormenorizar, o primeiro-ministro Sócrates.
A avaliação que os portugueses fazem da situação financeira da sua família nos últimos doze meses é actualmente a mais negativa desde Outubro de 2003, altura em que a economia portuguesa se encontrava na fase mais baixa do ciclo económico e em nítida recessão.
Os dados de Dezembro do inquérito de conjuntura publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam a continuação de uma quebra da confiança dos consumidores que se prolonga desde Novembro de 2006.
Este indicador voltou a baixar a barreira dos -40 pontos, o que o coloca ao nível mais baixo desde o início de 2006.
O aumento das falências de empresas registado em 2007 foi o mais alto da última década.
Sempre a melhorar, bem de ver, claro!!!
Nós por cá bem.........bem MAL!!!!

À espera de Godot


Mário Lino, o ministro, veio dizer que com a nova ponte a ser contruída entre Chelas e o Barreiro terá de ser negociado o acordo com a Lusoponte.
Não para baixar as portagens, acrescentou logo o putativo ministro do deserto.
Então para que será?
Como se sabe, a responsabilidade do milionário contrato de concessão com a Lusoponte, celebrado em 1994, cabe ao então Ministro das Obras Públicas, Joaquim Ferreira do Amaral, o qual (obviamente por coincidência) é hoje presidente do conselho de administração da dita concessionária, cujo principal accionista nacional é a Somague de Diogo Vaz Guedes (essa mesmo, a que financiou ilegalmente o PSD anos depois...).

Será que Mário Lino já está a preparar a sua vidinha para quando sair do governo?

Esta perspicuidade entre ex-governantes e empresas dá para entender tudo.

É a economia, estúpido!!!!


"O que eu acho faraónico é fazer o aeroporto na Margem Sul, onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, nem indústria, comércio, hotéis e onde há questões ambientais da maior relevância que é necessário preservar" [sr. Mário Lino]


"Até estou convencido que um aeroporto na Margem Sul JAMAIS teria o aval de Bruxelas, dadas as mesmas questões ambientais" [Ministro Mário Lino - Jornal de Negócios, 24/5/2007]


“O aeroporto na margem sul era o mesmo que transformar o Norte do Alentejo em Brasília” [Eng. Mário Lino – Jornal de Negócios, 24/5/2007]


"Para construir o aeroporto na margem sul era preciso transportar para lá milhares de pessoas" [Mário Lino – Jornal de Negócios, 24/5/2007]


"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país" [Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS]

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Charlatão

Charlatão, s. m., vendedor, em lugares públicos, de drogas cujas virtudes apregoa exageradamente; aquele que explora a boa-fé do público; impostor; intrujão; pantomineiro.


Os que defendem a ratificação parlamentar do "Tratado de Lisboa" referem que, estando o mesmo expurgado das erupções constitucionais simbólicas (o hino, a bandeira e essas coisas), trata-se de um documento completamente distinto do malogrado Tratado Constitucional.
Nada mais falso, desonesto e apenas revela a imbecilidade de quem produz tais argumentos.
Ou será que para esses idiotas a transferência de soberania, não para uma entidade supranacional de que Portugal faz parte, mas verdadeiramente para outros países (tendo em conta a nova hierarquia dos países-membros e as novas regras de votação), não fosse um facto político e constitucional relevante.
Seja como for, é um argumento que persiste na mentira.
O tratado reformador e o tratado reformado são uma e a mesma coisa.
Confira e logo vê.
Charlatães, trapaceiros é o que são.

terça-feira, janeiro 08, 2008

O ano de 2008 ou a tragédia da idiotice


Aí está um novo ano.
Como é habitual nestas ocasiões deseja-se um bom e feliz ano.
Deseja-se!!!
Só que do desejo à concretização vai o salto de um gigante.
Nem a tão anunciada campanha publicitária, para promoção além fronteiras do País, o "West Coast of Europe" vai conseguir acabar com o subdesenvolvimento, iliteracia, corrupção e recorrentes indicadores estatísticos de miséria de Portugal.
Miséria que muitos denunciam mas que outros escondem com recurso a discursos alegre e orgulhosamente medíocres numa peça de fantasias e deslumbramentos para consumo interno.
Só mesmo para consumo interno!!!
O atraso estrutural do País em relação ao resto da Europa é escamoteado, ignorado.
Em todos os índices, humano, social e económico o País afunda-se no pântano da hipocrisia.
As desilusões e as mentiras irão continuar a nortear a governação.
Em 2008, nova vaga de cortes orçamentais já estão agendados.
O País vê cada vez mais adiados os projectos.
Encerram-se serviços, SAP’s, escolas, tribunais e tudo mais que faz aumentar o interiocídio.
Regressam os reitores e o presidencialismo do regime corporativo.
Governa-se para a ilusão e para elogio do seu próprio espectáculo. Anima-se a governação sempre, como sabem dizer, a Bem da Nação, na versão light, A Bem das populações!!!
O que 2008 trará não é de bom agoiro para os Portugueses.
A governação doméstica continuará a usar o mesmo velho cobertor - da destruição organizada, da incompetência generalizada, da admoestação pífia, da arrogância funcional, da ameaça e humilhação, da submissão abjecta -, virtuosamente puxado por um grupelho de falsários "reformadores".
Sobre o que se espera de 2008, em termos de desenvolvimento de um país ou de uma região é pouco ou pior é demasiado trágico.
Tomando como base a obra de Alexandre O'Neill, Idiotia & Felicidade, in "Uma Coisa em Forma de Assim", 1985, encontramos, de forma clara, no que se transformou toda a vida democrática e cívica do país.
"Como pode ser-se idiota e, ao mesmo tempo, feliz (...)Pois explico já. A idiotia e a felicidade são ideias muito vagas, difíceis de cingir em conceitos de circulação universal, digamos. Mas, pensando melhor, acho que certa idiotia é susceptível de conferir ao idiota seu proprietário (ou seu prisioneiro) uma espécie de segurança em si própria que o levará, em determinados momentos, julgo eu, a uma beatitude muito próxima do que se pode chamar estado de felicidade (...)Não se espante, por conseguinte, o leitor de que um qualquer idiota possa, ao mesmo tempo, ser feliz. É, até, assaz corrente. Há idiotas que se consideram inteligentíssimos, o que é uma forma muito comum de idiotia, e extraem dessa certeza alguma felicidade, aquela maneira de felicidade que consiste em uma pessoa se julgar muito superior à que a rodeiam (...)Os idiotas, de modo geral, não fazem um mal por aí além, mas, se detêm poder e chegam a ser felizes em demasia podem tornar-se perigosos. É que um idiota, ainda por cima feliz, ainda por cima com poder, é, quase sempre, um perigo ..."

O ano de 2008 será de sacrifícios anunciados para muitos e continuará a ser de vã glória e benefícios para outros, muito poucos.
Mesmo assim, um BOM ANO 2008.