terça-feira, julho 31, 2007
Humor negro
segunda-feira, julho 30, 2007
Vidas a prazo
Retrato de um universo onde só há «flexi» e nenhuma «segurança».
Apesar de cumprir as funções de docente de forma continuada, o professor tinha um contrato de prestação de serviços, não era trabalhador por conta de outrem. Estava a recibos verdes, e isso significou não ter direito a subsídio de desemprego, doença ou reforma».
O caso foi, recentemente, relatado num semanário.
Mas 10 anos depois.
Nesses 10 anos, o professor tinha-se transformado noutra pessoa, profundamente triste, profundamente desamparada. Sem fonte de rendimento nem rede social de qualquer espécie, este homem só não morreu de fome porque o Banco Alimentar lhe garantia as refeições. O professor universitário, com mestrado, passou da capital do país para um casebre emprestado, sem electricidade, num descampado nos arredores de Coimbra.
Poderia crer-se que, 16 anos mais tarde, o estado de coisas teria melhorado em Portugal, que conheceu um «crescimento económico» fictício baseado num sem número de fundos estruturais da UE, aplicados em proveito de uns poucos.
Mas, infelizmente, a situação dos recibos verdes aumentou incomensuravelmente.
Mas são representativas de milhares de pessoas impedidas de se autonomizarem dos pais, de constituir família, de comprar casa, de ter auxílio na doença, de poder respirar fundo ao fim de um dia de trabalho por saberem que os descontos obrigatórios que todos os meses lhes saem do bolso lhes servirão para alguma coisa, mesmo não falando numa longínqua reforma.
Nada. Ou pior ainda, alimenta e faz «lei» mantendo ao serviço milhares e milhares de trabalhadores que, aguardam ansiosamente pela prorrogação de mais um contrato de trabalho.
É preciso fazer uma nova revolução?
Como ele milhares e milhares cidadãos a quem uma classe política pedante, mil vezes mentirosa, ultraja, insulta, ignora, vilipendia e suga até ao tutano.
«Hoje, aquele homem é uma sombra do que foi. Parece vinte anos mais velho, sofreu dois ataques cardíacos. Nada pode compensar aquilo por que passou». O semanário tentou, ao longo de mês e meio, fotografar Joaquim, mas os problemas cardíacos que o mantiveram nos Cuidados Intensivos do Hospital de Coimbra impossibilitaram-nos de o fazer.
Trabalhadores que cumprem as mesmas funções dum empregado, com horário, hierarquia, posto de trabalho, ordens de superiores.
Hoje, continua a não haver dados exactos, pois «como é uma prática ilegal, não há números fidedignos».
O INE não tem um método directo de apuramento de trabalhadores a recibos, mas adianta dados que permitem fazer contas: no 1.º trimestre de 2007, 646,7 mil pessoas tinham contrato de trabalho a termo, 188,7 mil contratos de prestação de serviços, e 66,1 mil pessoas estavam em sub emprego visível. O que dá um total de 901 mil trabalhadores a recibo verde.
«Os trabalhadores a recibo verde são mão-de-obra dócil e barata. Não têm quaisquer custos para o empregador e não têm qualquer direito. Além disso, têm uma dupla tragédia em cima: se são despedidos ficam sem o seu salário e sem direitos sociais.» As empresas ainda obedecem à lógica de que «só podem existir empresas estáveis com pessoas instáveis».
Que futuro?
A emigração ou o aumento vertiginoso dos pedidos de reinserção social ou a ajuda do Banco Alimentar?
Será solução?
Estou farto. Farto de um país onde os vampiros e os eunucos pedem mais e mais sangue, a começar pelo Estado e acabar numa Justiça, paupérrima de meios, que protegem e colaboram com os poderosos de sempre.
É fartar vilanagem!!! É fartar até que a pança rebente.
Festa na aldeia
Há rosmaninho e alecrim p’lo chão
Na nossa Aldeia que Deus a proteja
Vai passar a procissão.
Com o calor o Prior vai aflito
E o Povo ajoelha ao passar o Andor
Não há n’Aldeia nada mais bonito
Que estes passeios de Nosso Senhor.
domingo, julho 29, 2007
O dito não dito!
Em despacho, publicado no 'Diário da República” e assinado pelo primeiro-ministro e pela ministra da Educação, a directora regional vê o seu lugar garantido através de uma nova nomeação.
Mostrou que não o quis fazer e, para além disso, deu-lhe claramente um voto de ...... castidade.
Depois do arquivamento, por parte da ME, do processo Charrua, o mínimo aceitável era, obviamente, a demissão da «directora» da DREN.
No despacho de arquivamento, Maria de Lurdes declara como “provados os factos de que o arguido foi acusado” justificando a sua decisão com o facto de “o visado nas afirmações do arguido seria não um superior hierárquico directo mas o próprio Primeiro-Ministro”. Ora, acrescenta ainda a ministra da Educação que “a aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente intolerável na nossa sociedade democrática”.
Ou seja, a ME diz tudo e nada.
Tudo porque a opinião pública lhe caiu em cima e «ela» cedeu.
Cedeu porque o mal-estar e as cólicas intestinas foram mais que muitas.
Nada, porque o óleo fígado de bacalhau viscoso, viperino e insalubre lá está, pronto para mais uma colherada a quem não «engolir» a comidinha da madre abadessa.
As regras do convento são para cumprir e, as «promessas de fé» e de «castidade» são o atestado de vida e do hábito dos cordeiros do rebanho. A suspensão que tinha sido aplicada a Fernando Charrua foi de imediato revogada.
Mas foi mesmo?
Resta saber se o professor pretende regressar à DREN e, se o fizer como será a relação com a «chefe»?
Mas, o episódio kafkiano não terminou.
O Professor pede €50 mil euros em indemnizações de “carácter simbólico”. Fernando Charrua prepara nova acção judicial para exigir a sua reintegração na DREN e admite terceira queixa contra o Estado.
O professor diz que o “valor técnico” de €25 mil definido em cada acção é da responsabilidade da sua advogada e tem apenas “carácter simbólico”. “Seria preciso muito para minorar os prejuízos patrimoniais e morais que me provocaram, sendo certo que não quero enriquecer à custa do erário”, explicou ao Expresso Fernando Charrua.
Alunos do 12.º ano, aulas de substituição e caso Charrua.
Em quanto já vai a senda «contributiva» da incompetência e arrogância da ME?
Milhares de euros que pagamos todos.
Assim é a responsabilidade política!!!!
quinta-feira, julho 26, 2007
Nunca, nunca, nunca!!!!
quarta-feira, julho 25, 2007
The show must go on....
Os jovens da assistência eram meninos contratados a uma agência de «casting».
Que diz a Comissão de Protecção de menores?
Pior que isto tudo, só o Tony Carreira a cantar nas festas da cidade, da Guarda, com o apoio da câmara.
«Pimbalhada» do mesmo!!!!
O espectáculo continua.
Todos os membros do governo participaram na «distribuição» dos computadores pelos formandos das Novas Oportunidades.
As capitais dos distritos deste país, ficaram em festa!!!
Qual campanha da Farinha Amparo ou da pasta dentífrica Couto.
Um show on maior que o último Potter e só mesmo comparado às patéticas aventuras do Noddy.
360 portáteis entregues com os altos patrocínios da PT. Claro, de quem havia de ser?
Imagine-se os custos de toda a propaganda para, antes das férias, se fazer a entrega dos computadores.
Mas, deixemos o show off de um Ministro da Sáude a distribuir computadores e, a esquecer os encerramentos dos SAP's.
Vamos ao engodo, aliás duplo engodo.
O primeiro engodo.
A TMN e, nos próximos meses serão as outras operadoras, lucram a bem lucrar com o «negócio».
Um formando «adquire» o famigerado portátil pela quantia de 150€.
Mas, e há sempre um mas, lá estão as letras pequenas do contrato que dizem tudo. Fidelização à rede PT - light - que só permite uma velocidade até 384 Kbps, ou seja pior que uma tartaruga grávida; limite de tráfego, 1Gb, atenção às conversas on-line, lá se vai o limite.
Pensavam que isto era tudo de borla?
Mas, há mais.
A fidelização à PT, de pelo menos um ano, obriga, para além de outros custos, a uma mensalidade de 15€.
Ou seja os tais 150€ mais os 12 mensalidades a 15€ dá o valor de 330€.
Tudo quanto o formando vai pagar à PT e às outras operadoras.
Mas, se para os formandos das Novas Oportunidades o caso nem pode parecer muito dispendioso, veja-se agora o caso dos alunos do básico e do secundário.
Custo inicial do portátil, os mesmos 150€. Só que agora, as mensalidades sobem para 17€ 50 cêntimos sendo que a fidelização «aumenta» para 3 (três anos), mantendo-se a mesma banda light.
Ou seja o tão anunciado portátil ficará pelos 800€, o preço de compra de um portátil sem IVA.
Curiosidade das curiosidades, o custo para professor é o mesmo do aluno do básico ou do secundário.
Dá para perceber?
Que o governo esteja empenhado em levar a tecnologia às escolas, é de louvar.
Mas, já não o é, quando não se realiza um concurso público, omitindo por completo as empresas nacionais na área da tecnologia e as universidades. Os governantes decidiram que era melhor «negociar» com a Microsoft que, por exemplo, realizar um concurso público aberto às empresas e universidades nacionais e, porque não, também aberto às empresas estrangeiras.
Assim sendo, o Estado vai adquirir 240 mil licenças do Microsoft Windows Vista Home Basic e do Microsoft Office Home 2007 e Microsoft Office Student 2007. Duzentos e quarenta mil!
É um número considerável.
Agora imaginem que o Estado paga as cópias ao preço exorbitante do mercado. Se uma cópia do Microsoft Windows Vista Home Basic custar à volta de €200, dá um valor na ordem dos €48 000 000. Agora vamos ao Microsoft Office; se uma cópia custar, mais ou menos, €180, as 240 mil cópias custam algo como 43 200 000€. Se juntarmos tudo, dá uns assustadores €91 200 000. Tudo isto dos nosso bolsos. Fantástico.
Mas ainda há mais. Temos a e.professores, para a qual vão ser adquiridos 150 mil computadores. Como é óbvio, os professores vão ter que utilizar o mesmo software dos alunos. Se assim for, são mais 150 mil cópias do Windows Vista e do Microsoft Office 2007.
Façam as contas. Temos vários projectos portugueses ligados a software; alguns desenvolvem sistemas operativos, como é o caso do projecto Caixa Mágica. Temos a Universidade de Évora, que está por detrás do Alinex. Estes dois projectos, entre outros projectos nacionais, são sólidos, estáveis, seguros e, acima de tudo, gratuitos! Gratuitos, senhores do governo. Sabiam! Quer dizer à borla!! Não têm que pagar uma exorbitância em licenças. Se apostassem na tecnologia nacional, bem que podiam agarrar o dinheiro que ia sobrar, para apoiar a investigação científica. Não acha senhor ministro Gago? Mas para quê poupar dinheiro e ficar melhor servido…
Isso são coisas de países de terceiro mundo.
Nós, em Portugal, gostamos de ter um programa chamado Novas Oportunidades, mas não as gostamos de dar. Fica só o nome, porque é show off.
Portugal não tem necessidade de dinamizar a economia nacional; a nossa economia é a mais sólida da Europa, não precisamos de investimento nacional. Não precisamos de apoiar os nossos investigadores. A parceria com a Microsoft não é à toa. Não se esqueçam que Portugal detêm a presidência europeia e que a Microsoft tem tido bastantes problemas com a UE. Não é preciso ser um geek nem um nerd, nem sequer um wanna be para perceber quem ganha com todo este «esquema» das oportunidades.
Segundo engodo.
O governo vem dizer que o projecto Novas Oportunidades é um desafio de qualificação.
Qualificação?
O insucesso de certas políticas é condição de sucesso de outras...
Nada se cria, nada se perde...
O incentivo «Novas Oportunidades» não é mais do que uma forma de retirar pessoas ao mercado de trabalho, reduzindo o número de desempregados efectivos, permitindo ao Governo apresentar gráficos com descida da linha do desemprego, o que não significa directamente que o número de empregos subiu, ou mesmo o PIB.
Que qualificação?
Um processo «baseado» num, e passo a citar informação sobre Novas Oportunidades, «Desenvolvimento de um sistema baseado num Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) é um processo através do qual são reconhecidas as aprendizagens que os adultos desenvolvem ao longo da vida, nos vários contextos em que se inserem, desde que sejam passíveis de gerar conhecimentos e competências. Através deste procedimento, os interessados podem aceder a um certificado, emitido com base no que aprenderam pela experiência de vida, fora dos sistemas formais de educação e formação. Pretende-se, desta forma, aumentar o nível de qualificação e de empregabilidade dos adultos activos, incentivar a formação ao longo da vida e promover o seu estatuto social».
Ou seja, um sistema de ensino dentro de outro sistema de ensino, com claro prejuízo da qualidade.
Obter um certificado do 9.º ano ou do 12.º ano com base no «percurso de vida» é no mínimo comparável à quarta classe de adultos, de há uns anos atrás.
Qualificar o quê e quem?
Vamos, seguramente, passar de um país de baixa escolarização, para um país de péssima qualificação.
Quem ganha com tudo isto?
A propaganda governamental, que vai apresentar na UE valores fictícios da escolaridade dos portugueses; as empresas «amigas» que «facilitam» a tecnologia; os números do desemprego que baixam «artificialmente» para glória do «estado da nação».
Continuaremos a ser um país de mão-de-obra pouco ou nada qualificada, que servirá apenas interesses de empresários habituados à exploração da força humana e pouco ou nada interessados em massa cinzenta crítica, inventiva e participativa.
Os licenciados e os realmente qualificados, para esses o desemprego ou a fuga para outras paragens será a solução. Não interessam às empresas e muito menos são considerados nas «Oportunidades».
terça-feira, julho 24, 2007
Tudo serve
Porque não dizemos nada.......
domingo, julho 22, 2007
DITADURA
Como é possível que as entidades patronais venham propor tais medidas?
Só o fazem porque encontram neste governo, o parceiro ideal para a concretização dos seus intentos.
Desde delações, suspensões, coacções, chantagens, imposições, regulamentação do que se pode e não pode dizer, ditames sobre os locais onde se pode criticar, limitações da actividade sindical, controlo do direito de informar e de ser informado, até ao agonizar de uma vida sem direitos, a começar pelo mais elementar de todos, o direito a Viver, possibilita o ressurgimento de tais propostas.
Este é o «pântano» propício à proliferação dos vermes parasitários, alimentados pelos subsídios estatais, engordados pela e à imagem dos que governam.
Haverá alguma diferença entre o que é proposto pelas Confrarias e a prática governamental?
Já agora.
Alguém por acaso, mas só mesmo por um acaso, ouviu ou leu alguma posição ou pedido de audiência urgente, por parte da Conferência Episcopal, sobre o assunto?
Pois!!!! Outros interesses, claro!!!!
Fim das Golpadas?
«Com as novas regras da contratação pública ganham as finanças do Estado e ganha a moralidade na concorrência entre as empresas.
O mesmo de sempre.
sábado, julho 21, 2007
Pensamento ou Suspeição?
A Frase da Semana
Parque Natural da Serra da Estrela mais pequeno.
Obras da nova Biblioteca paradas!!
Devido aos sucessivos atrasos na conclusão da obra, a autarquia esteve na iminência de perder mais de um milhão de euros do INTERREG se não concluísse a biblioteca até final de Dezembro de 2006, um prazo alargado entretanto até final deste ano.
quinta-feira, julho 19, 2007
A isto chama-se desenvolvimento?
Os dados do Instituto do Emprego escondem esta triste realidade. Dizer-se que o desemprego diminuiu, face a a tudo isto, é uma falácia e um engodo que o governo alimenta a seu belo prazer.
quarta-feira, julho 18, 2007
Em nome da rosa!!!
«Perante a histórica derrota da direita nas eleições municipais de Lisboa, há os média que preferem pôr em relevo a escassez da vitória do vencedor!»[Link]
Só que Vital esqueceu-se, lapso de memória, do que escreveu sobre a vitória de Cavaco Silva.
As contas da Matemática e não só!
No 12.º ano, os resultados da disciplina de Física foram péssimos.
Estes são os números que geram títulos de primeira página e oferecem a oportunidade para se esgrimirem argumentos políticos e técnicos sobre o "escândalo" que estes resultados constituem.
Por detrás deles está uma realidade complexa que não é redutível a ideias fundamentalistas quando se pretende, de uma forma simplista, encontrar um bode expiatório para a ineficácia do sistema educativo.
A questão da Matemática, da Física mas também da Língua Portuguesa é apenas a ponta de um enorme iceberg.
Para resolver o problema é necessário considerar múltiplos factores, uns técnicos, outros culturais e sociais. Mais do que atirar responsabilidades uns contra os outros, é necessário ter presente que este assunto não diz respeito apenas à Escola, nem se resolverá unicamente dentro das suas limitadas paredes.
O caso da Matemática, como o da Física, revela, acima de tudo, uma falta de cultura dos alunos e Pais para o estudo das ciências. Quer a Matemática quer a Física «obrigam» a um trabalho árduo e diário de estudo das matérias, quer através da teoria mas, principalmente pela prática na resolução de situações novas ou repetitivas que possibilitem ao aluno a aprendizagem plena dos conteúdos.
Ou seja, «obriga», quer o queiram quer não, a um trabalho diário de aprendizagem e de descoberta.
Quantos alunos realizam os trabalhos de casa daquelas disciplinas?
Quantos alunos apresentam dúvidas dos trabalhos?
Algo tem de mudar sobre as abordagens didáctico-pedagógicas das disciplinas de Matemática e Física, a começar pela interiorização, por parte dos alunos, que não basta «ouvir» o que professor diz na sala de aula. Fica muito, mas mesmo muito, para ser feito «em casa».
Hoje, e quem trabalha com os alunos sabe-o bem, trabalha-se pouco ou nada em casa.
Tal como, na Matemática e na Física, também o estudo da Língua Portuguesa merece mais e melhor atenção.
O gosto e o hábito de leitura deveria fazer parte do quotidiano dos nossos alunos.
É confrangedor e arrepiante que os alunos só lêem as obras que são obrigados e, mesmo essas a partir dos «resumos dos resumos».
Tudo uma questão de cultura e de hábitos de trabalho.
Hábitos de trabalho precisam-se, com urgência!!!
terça-feira, julho 17, 2007
A Liberdade ameaçada
Baptista Bastos no DN de 11.07.07
Pronomes relativos
domingo, julho 15, 2007
DREN e CGA
sábado, julho 14, 2007
Dívidas da CMG às freguesias
Eleições no IPG
O «processo», que se arrastou em folhetins de decisões judiciais, teve agora um novo capítulo: a repetição do processo.
São já três eleições consecutivas.
Pelo meio, acusações e mais acusações públicas dos dois candidatos, práticas de gestão administrativa muito duvidosas, acórdãos judiciais não cumpridos e pior de tudo, um poder central, que consoante a cor, lá foi impondo ou fazendo impor o que mais e melhor interessava «às partes».
Os «crónicos» candidatos, Joaquim Brigas, director da Escola Superior de Educação e, Jorge Mendes, director da Escola Superior de Gestão e Tecnologia, apresentaram-se a votos.
Pela terceira vez «consecutiva», Mendes ganha a Brigas.
Brigas comete dois erros.
Primeiro, não percebeu que as eleições se ganham dentro da instituição.
Não é, pelo facto de ter uma Comissão de Apoio da «Sociedade Civil», que iria obter dividendos na eleição e, principalmente, no Colégio Eleitoral.
Depois, convida para a Comissão, fundamentalmente, gente que não oferece nenhuma credibilidade, a uma eleição, sendo ela para uma Instituição de Ensino Superior.
Uma coisa é o «poder» que certos personagens detêm quando se trata de eleições para os órgãos autárquicos, outra, bem diferente, é a sua importância para uma Escola.
A Câmara distribui interesses inusitados; a Escola exige investimentos em projectos exequíveis, que contribuam para uma maior e melhor ligação entre os vários saberes e as reais necessidades das populações.
Ter numa comissão de «apoio», presidentes de Câmara – 5 (cinco) PSD; 2 (dois) PS, para além de presidentes de Associações, Agremiações e acólitos político partidários, pode resultar bem na fotografia, mas não resulta em termos de eleição para Presidente de um Instituto do Ensino Superior.
Trazer políticos para uma eleição destas é, por um lado, dar vantagem ao adversário e por outro, é hipotecar a vida académica aos ditames dos interesses de certos politiqueiros.
Não basta criticar a tutela quando não cumpre as decisões judiciais. É de igual modo necessário, saber manter a coerência das atitudes e dos actos em todo o processo.
O resultado era o anunciado: Brigas perde e com ele perdem todos os que «à boleia» de uma eleição procuravam protagonismo. Ficou-se a fotografia; já deu para alguma visibilidade.
Para alguns o importante, para outros uma perda com consequências gravosas.
Daqui a dois anos há mais, mas com novas regras e novo modelo.
domingo, julho 08, 2007
José Sócrates assobiado
sábado, julho 07, 2007
Formação ou...Reciclagem
Aliás a prova de Matemática só podia mesmo ter aquela elaboração para justificar os milhões gastos no Plano da Matemática e, as críticas que a Associação de Professores de Matemática fez ao Plano, levando a própria Ministra a sugerir a demissão, dos elementos da Associação, da Comissão de Acompanhamento.
Encontrar-se «méritos» num Ministério que está em funções à «apenas» dois anos lectivos é abusivo e é acima de tudo desconhecer ou pior, fazer crer que as novas práticas didáctico-pedagógicas tenham reflexo imediato no processo ensino-aprendizagem.
As medidas «desenvolvidas» pela actual equipa ministerial só terão reflexos daqui a cinco ou seis anos.
No mínimo, para além da falta de rigor na análise dos dados foi o recurso, já repetido até à exaustão, da propaganda enganosa.
Armas e Armadilhas
Dinheiro do tráfico desaparece da unidade antidroga da PJ.
A Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) da Polícia Judiciária (PJ) vai ser alvo de uma investigação alargada, a cargo da Inspecção-Geral dos Serviços de Justiça, na sequência de dois casos de desaparecimento de 90 mil euros em notas, resultantes de apreensões a traficantes. Uma coordenadora de investigação criminal da unidade está sob suspeita em dois processos desencadeados pela própria PJ, há vários meses, com duas participações apresentadas ao Ministério Público e agora investigadas pela Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF). Em causa estão suspeitas da prática de crimes de peculato.
Inspectores acusados de mais de 180 crimes controlam aeroporto
Dois inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) acusados de mais de 100 crimes estão presentemente a trabalhar no aeroporto do Porto.
Elementos da PSP e da GNR detidos
As suspeitas de actividade criminosa, de acordo com a PJ, estão relacionadas com a extorsão a grupos criminosos, em particular ligados ao tráfico de droga, factos que não eram participados pelas vítimas às autoridades por terem "receio de represálias e, também, para que não averiguassem o seu modo de vida".
GNR pediu 100 euros para perdoar multa
O caso remonta ao passado dia 22. Uma mulher residente no concelho de Ourém não obedeceu à sinalização luminosa - um sinal vermelho - tendo sido posteriormente confrontada pelo militar, com a infracção que havia cometido momentos antes. A mulher terá então marcado um encontro com o militar, mas ele acabou por não comparecer, alegando esquecimento. Foi marcado outro e dessa vez ele compareceu. Durante a conversa, o militar terá alegado que retirar a multa "iria sair caro" por ser muito "complicado". Terá falado em quantias de 500 a 600 euros para perdoar a infracção e a consequente instauração do respectivo auto de contra-ordenação.
Estes são alguns dos «casos» que a comunicação social nos dá a conhecer.
Outros e muitos outros nem sequer à fase de investigação chegam. Sinais exteriores de riqueza, bem evidentes, como vivendas, carros para todos elementos da família, motos e tantos outros bens de duvidosa proveniência, não seriam motivo suficiente para investigação?
O país está mesmo oitavo mundista.
A corrupção alastra de forma abrupta.
Alguém com responsabilidades tem consciência do estado a que tudo isto chegou?
Duvidamos!!!
sexta-feira, julho 06, 2007
Palavras, palavras ou .....
quinta-feira, julho 05, 2007
A Fé de alguns é mesmo o vil capital
O que mudou?
O compadrio elevado à categoria de instituição nacional, domina tudo, corrompe tudo, dissolve tudo. Os partidos que não podem conquistar o apoio da opinião pelas ideias que representam, procuram manter-se pelo apoio dos compadres que favorecem. É na proporção exacta do número dos compadres que anualmente despacha e emprega, que um partido aumenta ou diminui de adeptos, progride ou diminui na confiança da coroa e no favor da urna.
O dogma fundamental do compadrio impõe-se por tal modo que transforma todas as outras noções morais segundo o critério de que ele é a expressão. Transforma a justiça, a honra, a probidade, a própria consciência. Nenhum partido político ousa violar o compadrio: seria cometer a mais vil e a mais nefanda das traições politicas!
Despachando o compadre mais serviçal com exclusão do adversário mais competente todo o governo honesto julga praticar um acto de gratidão e de lealdade. E ninguém vê quanto há de profundamente subversivo da ordem moral neste simples facto tão vulgar, tão frequente, tão despercebido: a exclusão da competência! Excluir a competência, ou quando menos preteri-la, por um ano, por um mês, por um dia, por uma hora que seja, é cometer o atentado mais criminoso de que o Estado pode ser réu diante da sociedade. Esse atentado resume todas as violações do direito e todas as afrontas da justiça. É um roubo violento e descarado, agravado com a ofensa do mérito, com a injuria da capacidade, com o insulto ao trabalho, com o escárnio á moral, com o ultraje ao dever.
Na política portuguesa, que tem o seu calão como as mulheres publicas e como os ratoneiros, esse crime infame toma o nome dourado de compromisso politico ou de acto de fidelidade partidária. E do ministro que o pratica e para o qual se deveria pedir a prisão correccional ou o degredo com trabalhos públicos, a opinião diz apenas:—É fiel aos seus correligionários, sabe ser amigo, despachou o compadre, vou para o partido dele.
O oficio do governo é servir o país. Como porém o país, por efeito do maquinismo eleitoral, é representado constantemente pelos compadres do governo, o ofício do governo em ultima análise não é mais do que servir o compadre. Está no seu destino. Graças aos elementos de corrupção de que o governo dispõe, o cidadão, não votando como cidadão mas votando como compadre, dá o primeiro impulso que põe em movimento toda a engrenagem do sistema: elegendo o compadre é ele mesmo que funda a tirania absoluta e despótica do compadrio que depois o governa.
A sociedade está á mercê do compadre. E se há poder que possa contrabalançar alguma vez, em dadas conjunturas, o poder do compadre, esse poder é unicamente—o da comadre.
A aptidão provada, a capacidade, o talento, o trabalho, a firmeza no dever, a tenacidade no estudo, a mais alta compreensão e o mais rigoroso cumprimento da solidariedade e da honra—palavras, palavras, unicamente palavras! Na espera dos factos, na ordem prática, positiva, real; compadrice, compadrices—eis tudo.
RAMALHO ORTIGÃO—EÇA DE QUEIROZ
CHRONICA MENSAL
DA POLITICA, DAS LETRAS E DOS COSTUMES
TERCEIRA SÉRIE—TOMO I
Janeiro de 1878
A bufaria
Uma senhora, que é Secretária de Estado Adjunta da Saúde, no meio de risota geral da plateia, afirma que vivemos numa democracia onde cada um pode dizer o que quer mas só pode criticar o Governo “nos locais apropriados”, ou seja, em casa ou na esquina do café com os amigos.
Não nos bastava o «jocoso» como ainda nos querem obrigar a «usar» locais próprios para criticar o governo.
É que a sua decrépita logorreia elevada à jocosidade pedante só tem comparação com o governo do Santana.
Grave!!!! Muito grave.
Hoje propõe um local «apropriado» para criticar o «seu» governo, amanhã, silêncio total que os «pides» foram soltos.
Sra Carmen vá-se bufar para bem longe!!!! Aqui já cheira a mofo.
Onde estás ó liberdade
disfarçada de verdade
dizem todos que sou livre
viva viva a liberdade.
dizem todos que sou livre
e talvez tenham razão
já sou livre de voar
bem agarradinho ao chão
já sou livre e eu nem sabia
vejam lá tão distraído
já sou livre de falar
para nunca ser ouvido
já sou livre já sou livre
e eu aqui sem dar por nada
que tens tu ó liberdade
que andas sempre tão calada
nunca vi tanta mentira
disfarçada de verdade
dizem todos que sou livre
onde estás ó liberdade
vieira da silva