terça-feira, agosto 04, 2015

(Re)Lendo


ESPERANÇA


Canto.
Mas o meu canto é triste.
Não sou capaz de nenhum outro, agora.
Uma ilusão,
Tolhida na amplidão
Que lhe sonhei...
Felizmente que sei
Cantar sem pressa.
Que sei recomeçar...
Que sei que há uma promessa
No acto de cantar...

Miguel Torga
(1907-1995)