sexta-feira, janeiro 23, 2015

A cavalo dado...


A partidarização das instituições públicas tem vindo a determinar o seu fim.
A gestão da coisa pública por incompetentes e acéfalos, nomeados pelos órgãos governamentais, ou por pares comuns, fazem das instituições pastos de engorda para os apaniguados militantes ou, noutros casos, é o trampolim para outros poisos.
Sabe-se, é do domínio público, a forma como certos figurantes fazem da gestão dessas instituições propriedade própria.
O caso mais recente passou-se no Posto Territorial do Crato. Este Posto recebeu da Câmara Municipal uma doação de alguns bens no primeiro semestre de 2014. Mas, quando receberam mobília de quarto, sofás, um LCD, ar condicionado, uma salamandra e sete quadros de madeira, nada fazia prever que a mobília iria desaparecer.
A situação ocorreu durante o primeiro semestre de 2014 e no dia 27 de Junho de 2014 foi lavrado, em acta, pelo Vereador João Farinha e que aqui se disponibiliza.

Neste mesmo documento pode ler-se que o mobiliário entregue é propriedade da Câmara Municipal, assim como as instalações onde se encontra o posto territorial.
De acordo com uma carta anónima recebida em várias associações sindicais, bem como a outras informações incluindo processos internos da Guarda, um certo dia o Sargento responsável pelo posto recebeu um telefonema do, na altura Tenente Coronel Mário Monteiro e hoje Coronel, a indicar que iria levar a mobília.
Perante a perplexidade do Sargento, foi indicado ao mesmo por telefone que “o comandante gere os meios humanos e materiais” e decidiu por isso levar tudo o que a Câmara Municipal lá tinha deixado. Ao que tudo indica a mobília foi levada para a residência profissional do militar.

A situação foi conhecida em Portalegre pelos meandros da Guarda e existem relatos de militares que transportaram a mobília e que efectivamente a carregaram, bem como, no dia em que a Inspecção da Guarda foi confirmar a situação, a transportaram para outro local para evitar descobrirem a situação.
O então Sargento que Comandava o Posto Territorial do Crato que esteve contra a situação foi forçado pelos seus superiores a pedir uma transferência e foi para o seu lugar a Sargento Gonçalves no dia 1 de Agosto.
Mês e meio depois verificou que faltava a referida mobília e dirigiu um ofício à Câmara Municipal. Apercebendo-se posteriormente onde a mobília estava, já depois de ter enviado o ofício, dirigiu uma comunicação à mesma instituição. Neste mesmo ofício pode ler-se, pelo punho da Sargento Gonçalves, “que caso fosse possível, não ficasse registado”, o comunicado enviado.

Por que razão não deve este comunicado ficar registado?

Sabe-se que o Coronel Mário Monteiro irá sair do Comando de Portalegre para assumir as funções de Chefe de Estado Maior da Unidade de Intervenção da GNR, uma das mais importantes do país. Ou seja, não foi inspeccionado e… ainda levou uma promoção!
ISTO NEM NUM GRANDE SUPERMERCADO!
QUE EXEMPLO DÁ ESTA CORJA?
MULTAS?
POIS …
QUANDO FOR CONFRONTADO PELO CORONEL, OLHE-O BEM NA CARA!
 
A BEM DA NAÇÃO!