domingo, dezembro 21, 2014

O Despesismo

Chegados a esta altura do ano, meses de Dezembro e Janeiro, abre a época das ilusões e do despesismo exacerbado dos foliões das festas de Natal e Fim de Ano!
É um fartote a esbanjar o dinheiro que não lhes pertence, que é SACADO ao contribuinte!
A triste palavra CRISE é esquecida.
Serve apenas, para nos outros dias do ano justificar os ROUBOS que a maltrapilha faz, para satisfazer caprichos pessoais!
Os gastos com ilusões para parolo contentar são aos milhares, pelo menos aqueles que são dados a conhecer.
Há outros que nem são conhecidos, negoceiam-se numa sala escura, imunda, cheia de dejectos, cheiro nauseabundo e com o dinheiro a passar por debaixo da mesa, às escondidas, contado pelo vesgo da confraria.
Arrota-se ao queijo podre, aos coiratos e ao bacalhau fritos em óleo rançoso. Bebe-se o vinho amargo, avinagrado, que o Tó da tasca das iscas ofereceu a troco de fechar mais tarde.
Rebentar e explodir são as palavras de ordem.
Na passagem de ano vai ser essa a sensação que os Portugueses vão ter quando estiverem a pagar milhões de euros pelo fogo de artifício.
Na Madeira por exemplo, em 2011 o fogo-de-artifício custou 736 mil euros e durou apenas oito minutos.
É assim que se comemora «à grande» a passagem de ano na terra do soba JJ. 
Enquanto as festas e “festinhas” de Portugal se ficam por quantias que rondam os 10 mil euros até aos 50  mil euros para os mais ousados, que inclui na maioria dos casos algo além do fogo-de-artifício, as iluminações e outras comédias parodiadas, a Madeira decidiu ter um ajuste directo no valor de 857 934,00EUR mais IVA, somando um total de 1 055 258,82EUR.
Este milhão de euros e mais “uns pózinhos” foram adjudicados à empresa Macedos Pirotecnia, Lda. que apenas em ajustes directos já recebeu mais de três milhões de euros.
Cá pelo burgo da Guarda só a iluminação custa 15 000 euros. O resto é segredo dos senhores feudais.
Quando o fogo-de-artifício “rebentar” e, quando olhar para as «luzinhas» das ruas e outras festas e festinhas, lembre-se também da sua carteira que vai “rebentar” ao pagar estes ajustes directos e outros que tais, só para enganarem uns tantos «tontinhos» que vão atrás da cenoura, uns conscientemente e outros movidos por interesses próprios!