sexta-feira, maio 24, 2013

Amnistia Internacional: relatório demolidor aponta “força excessiva” da polícia

O relatório da Amnistia Internacional (AI), aponta várias falhas, algumas classificadas como inaceitáveis sobre a atuação da polícia portuguesa. 
Mas não é só a violência policial que está em foco. Sobre a violência policial de 22 de Março, o relatório afirma que “dois jornalistas receberam tratamento médico depois de, alegadamente, terem sido espancados pela polícia numa manifestação, em Lisboa.”. Aparentemente, “nove pessoas de etnia cigana, incluindo crianças, foram alegadamente espancados e vítimas de abusos verbais e de agressão física por cerca de 30 agentes da polícia. Três das vítimas necessitaram de cuidados médicos”. Já em Novembro, na manifestação da Greve Geral que aconteceu a dia 14, “alguns destes manifestantes detidos não foram informados dos motivos da detenção, tendo-lhe sido negado o acesso atempado a representação legal”. A violência contra mulheres também está na ordem do dia tendo a AI consultado a APAV que informou “o número total de queixas apresentadas por vítimas de violência doméstica aumentou para 16 970 em 2012, comparado com 15 724 em 2011”.
 A UMAR – União de Mulheres Alternativa Resposta informou também que “o número de mortes resultantes de violência doméstica foi de 36, até 21 de novembro de 2012, comparado com 27 durante o ano de 2011”.
A crise também é citada no relatório, tendo em conta que “após a sua visita a Portugal, em maio, o Comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa manifestou preocupação pela discriminação prolongada contra as comunidades ciganas e o impacto da crise económica e das medidas de austeridade financeira nos direitos das crianças e idosos”

Ver o relatório completo de Portugal