sexta-feira, janeiro 25, 2013

Mais e mais ...do mesmo

Secretário de Estado Paulo Júlio acusado de prevaricação pelo DIAP de Coimbra!!
Concurso para a chefia de uma divisão da Câmara de Penela, dirigida por Paulo Júlio entre 2005 e 2011, era muito limitativo nas candidaturas.
Considerando que existe uma “absoluta falta de fundamentação da acusação”, Paulo Júlio diz que para “ajudar ao esclarecimento dos factos” prestou declarações, há alguns meses, presencialmente, no DIAP de Coimbra, prescindindo da prerrogativa do depoimento escrito. Paulo Júlio é defendido pelo advogado António Manuel Arnaut.
“Está em causa a decisão de abertura de um concurso público para provimento de um lugar de chefe de divisão”, em relação ao qual o Ministério Público “entende que deveria ter sido aberto a outros licenciados para lá daqueles na área científica constante do aviso”, acrescenta a mesma nota.
Em 2008, a Câmara de Penela abriu um concurso para a chefia da Divisão de Cultura, Turismo, Desporto e Juventude da câmara, a que só se podiam candidatar pessoas licenciadas em História da Arte, e cujo júri era presidido por Paulo Júlio. De acordo com o jornal Campeão das Províncias, foram admitidos quatro candidatos, e dois acabaram por não comparecer à entrevista de seleção – mas não houve contestação.
No entanto, a estrutura do concurso não terá cumprido as obrigações legais, viria a considerar, três anos depois, a Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL), que o participou ao Ministério Público.
E é neste ponto que o caso envolve mais um nome a montante. A participação formal ao Ministério Público foi feita pela IGAL em Julho de 2011, poucas semanas depois de Paulo Júlio ter integrado a equipa do ministro Miguel Relvas, assumido a pasta de secretário de Estado da Administração Local. A IGAL era então liderada pelo juiz desembargador Orlando Nascimento.
Dois meses depois, o gabinete de Miguel Relvas emitia uma nota determinando a cessação de funções do inspetor-geral alegandoquebra de lealdade institucional”.
No lugar de Orlando Nascimento ficou o subinspetor-geral Mário Tavares da Silva.
Orlando Nascimento fizera duras críticas à decisão do Governo de extinguir a IGAL – cujas competências seriam transferidas para a Inspecção-Geral de Finanças.
Na carta de despedida, o inspetor lembrava que a missão de fiscalização das autarquias feita pela IGAL era “incómodapara os poderes instalados. “Com um campo tão vasto de ação, com tantos concelhos e freguesias, com tantos atropelos à legalidade e com tão poucos inspetores, a IGAL não teve mãos a medir. E amedrontou até os poderosos.”