quarta-feira, novembro 14, 2012

Acção direta em Portugal cresce de dia para dia

Muito se tem falado da crise. Que é irlandesa, que é grega, que é portuguesa, que é espanhola, que é… muitos são os papões com que pretendem impor as medidas de austeridade: não vai haver dinheiro para as reformas, que não vai haver dinheiro para os salários, que se não acatarmos com resignação bovina o roubo que a cada dia nos sujeitam, que vamos acabar como os gregos e outras ideias feitas para fazer a opinião alheia.


Paralelamente assiste-se a um desfilar de escândalos por onde se vê fugir o dinheiro: BPN’s, BPP’s, PPP’s, empresas de formação dominadas por figurões com funções governativas que monopolizam fundos para logo entrarem em insolvência, submarinos cujas negócios obscuros levam a detenções na Alemanha mas que em Portugal não são punidos, resgates que vão única e exclusivamente para a banca e não são injectados na economia do país, silêncios cúmplices de quem devia falar em vez de comer bolo-rei e mostrar traços de uma cobardia esmagadora, abstenções de quem devia ser oposição, visitas de chanceleres que nos obrigam a medidas de segurança com custos proibitivos para a actual situação do país…
Mas a situação agrava-se e as pessoas despertam.
Deste modo, não é de admirar que também em Portugal, e à semelhança do que sucede em outros países atingidos pela crise, as pessoas comecem a acordar e sejam cada vez mais visíveis os sinais do descontentamento.
Assim, chegaram até nós um conjunto de fotos e filmes que reflectem esse descontentamento e em que, tal como acontece noutros países, a revolta se dirige contra a banca, a visita de Angela Merkel e ainda, singularidade do caso português, essa entidade parasitária que quotidianamente explora todos os que vivem, visitam ou trabalham em Lisboa: a EMEL.