terça-feira, abril 17, 2012

Uma «segurança» ...insegura e vígara


A Segurança Social pode evoluir para um sistema misto público/privado, disse o ministro da Segurança Social, Pedro Mota (Lambreta) Soares.
 «É importante podermos introduzir mudanças que garantam uma base pública do sistema de Segurança Social, que a base essencial seja pública, mas que ao mesmo tempo seja dada liberdade de escolha, nomeadamente às novas gerações».
Liberdade de poder descontar-se para o sistema público ou para outros sistemas como mutualistas ou privados, explicou.
E isso, para Pedro Mota Soares, significa «introduzir limites nas contribuições mas, acima de tudo, introduzir limites nas pensões que são pagas pelo Estado.
Este governo continua a por em prática a sua agenda neo-liberal de destruição da Escola Pública, do Serviço Nacional de Saúde e agora da Segurança social.
Há muito que os grandes grupos económicos se babam pelos dinheiros da Segurança Social e há muito que a desculpa da insustentabilidade do sistema é utilizado para promover a sua destruição.
Em todos os governos este assunto é levantado, aumenta-se a idade da reforma, diminuem-se as prestações sociais e todos garantem que dessa forma a sustentabilidade está garantida para as próximas décadas, até chegar o governo seguinte e tudo voltar ao principio.
Agora é a solução é criar um limite máximo para as pensões pagas pelo estado para reduzir a despesas. como se isso não faça reduzir também as contribuições e com isso as receitas dessa mesma Segurança Social.
Esse dinheiro passa a ir para os Privados (leia-se sistema bancário) que podem garantir o pagamento daquilo que o estado não pode. Ninguém questiona que os mesmos descontos no Estado não cheguem para pagar as pensões mas nas mãos dos privados dêem enormes lucros. É que, mesmo nas mãos do Estado a Segurança Social acaba sempre com lucros o que para o neo-liberalismo é um horror. Milhares de milhões que podiam colocar nos seus bolsos a serem utilizados para o bem comum.
Toda a argumentação apresentada é FALSA!!!
Desde logo por ter sido dito, repetidamente até à exaustão, que a sustentabilidade da segurança social estava GARANTIDA ATÉ 2035!!!
Depois, pela natureza ideológica que está(??) (devia estar) na base de um qualquer sistema de segurança social. Ou seja, que TODOS contribuiriam para o «bolo», em função dos recebimentos auferidos, por forma a dar sustentabilidade às reformas, subsídios e apoios dos mais necessitados.
É TUDO ISTO QUE UM ministro QUER QUESTIONAR!!!
Dar às instituições bancárias a possibilidade de ganharem com as reformas e virem a entrarem no «jogo» da especulação como uma brincadeira para os respectivos caprichos.
O FIM DO ESTADO SOCIAL que um cavaleiro do Apocalipse por aí andou a anunciar para gáudio de uns quantos agiotas malfeitores, pelintras e gatunos.