quarta-feira, agosto 18, 2010

O fim da «chumbada» já chegou ao ensino superior

A competência, o rigor e a exigência já não fazem parte das qualidades de um professor.
Habituei-me, ao longo da vida, aprender com aqueles professores que nas suas aulas revelavam aqueles atributos.
Atributos esses que me fizeram acreditar que só com trabalho, esforço e dedicação algo se podia conseguir para singrar na vida.
Hoje, infelizmente, o facilitismo entrou no processo ensino-aprendizagem.
É o «porreirismo» do eduquês.
Não se pense que a medida anunciada pela ministra Alçada não traduz o que há muito se vai verificando.
Mas, desde o ensino básico até ao superior!!!
MANIFESTO!!!
Que desenvolvimento se pode e deve esperar de um conjunto largo da população iletrado mas...diplomado??
INCOMPETÊNCIA!!! Só isso!!! A Todos os níveis.
Vem a propósito uma notícia publicada num diário em que se dizia taxativamente que, pasme-se, uma docente tinha sido castigada por reprovar mais de metade dos alunos!!!
Ou seja «o fim da chumbada» da ministra Alçada já se pegou, como vírus, ao colega (dela bem de ver), Gago, no governo.
Nos últimos três anos, a docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Elvira Gaspar, foi regente das cadeiras de Técnicas de Laboratório e Segurança para as turmas do 1.º ano das licenciaturas de Química Aplicada e de Engenharia Química e Bioquímica.
Mas, neste ano lectivo, que arranca a 15 de Setembro, o Departamento de Química retirou-lhe a regência das duas disciplinas. Motivo: mais de metade dos seus alunos «chumbou» (linguagem da Alçada, só pode) nos exames finais.
Esta é a avaliação que se quer???
Quem é exigente não presta???
Avalie-se sim, mas com conhecimento de causa e não pelo facto de ter reprovado muitos alunos.
A decisão chegou a 19 de Julho por carta dirigida a Elvira Gaspar.
No despacho, assinado pela presidente do Departamento de Química, Isabel Moura, as razões para despromover a professora são claras: na sequência de "um aumento súbito do insucesso escolar", o conselho de Departamento de Química "aconselhava uma mudança, ainda que temporária, da atribuição da responsabilidade da disciplina".
Pergunta-se, quem avalia tal conselho???
Impunes, avaliam-se a eles próprios com lambidelas e lamechices!!!
Mas que raio de ratas e ratos de sacristia!!
Eu e todos os que pagamos os nossos impostos, logo os ordenados a esses bacocos do dito «conselho» TEMOS O DIREITO DE SABER A RAZÃO DA DECISÃO!!!
Ou será que este tal conselho quererá que os alunos excluídos realizem as provas em casa, as enviem pelo correio e lhes sejam atribuídas as avaliações a um domingo à hora da sacristia ou do confessionário?
Isto é tudo RIDÍCULO!!!
Recuso-me a aceitar tais DANTAS!!!
EU NÃO VOTEI NESTA TRAMPA!!!
Mais, segundo a docente a responsabilidade das avaliações não é só da sua competência, já que a avaliação prática dos estudantes nas suas disciplinas foi repartida também com mais outros três docentes.
A cada um deles cabe aferir os conhecimentos dos alunos que pertencem às turmas de outros colegas. É o método que é usado para garantir a imparcialidade, refere a docente.
Elvira Gaspar acusa agora o Departamento de Química de a sancionar sem sequer ouvir o que teria a dizer em sua defesa: "Se tivesse tido a oportunidade de contestar essa decisão, teria dito, por exemplo, que para mim, um aluno só merece 10 valores se adquiriu as competências mínimas nas vertentes teóricas e práticas da disciplina." Caso contrário, a reprovação é o único caminho, avisa a professora.
Cara docente, isso de ser suspensa sem ser ouvida não deve estranhar.
Se eles, os tais que querem à força impor um estado de baldas, sem exigência, nem rigor, fazem o que TODOS NÓS SABEMOS aos seus «camaradinhas» que os expulsam do partido (deles) sem lhes dar cavaco, imagine a docente o que não fazem a um qualquer pacato cidadão que apenas quer ESTAR BEM COM A SUA CONSCIÊNCIA E SER UM DIGNO PROFISSIONAL.
"Se quisesse poderia até instituir como critério de avaliação a realização de um trabalho final."
Tudo seria mais simples - desabafa a docente -, assegurando que essa solução até proporcionar-lhe-ia mais tempo para se dedicar à investigação científica.
Como resposta a uma "sanção aplicada sumariamente" Elvira Gaspar solicitou ao director da Faculdade de Ciências e Tecnologia uma licença sabática para se dedicar ao projecto de investigação que está a desenvolver: "Esse pedido, decorrente da aplicação da sanção, já foi feito fora de prazo, tal como aconteceu com a decisão de me retirarem a regência das cadeiras."
Nem a presidente do Departamento de Química, Isabel Moura, nem o subdirector do Conselho Científico da Faculdade de Ciências e Tecnologia, José Legatheaux Martins, os dois órgãos principais responsáveis pela distribuição do serviço docente, não deram qualquer esclarecimento, pela simples razão que ambos estarem de férias.
O director da faculdade Fernando Santana também está de férias.
Ou seja, será que a senhora da limpeza saberá dar alguma explicação sobre o caso???
Já agora, uma dúvida, será que algum daqueles «ilustres» retidos será filho de um papá ou mamã ou tiozinho colunável?
Até parece, cá por coisas!!!