terça-feira, junho 01, 2010

Um crime ao ambiente

A imprensa continua a tratar  o caso da maré negra, no Golfo do México, com a maior das leviandades.
Todos sabemos o poderio de uma empresa como a BP.
Só que nem tudo se vende.
Não se vende o direito a informar e ser informado. Entenda-se aqui informar como conhecimento de uma triste e apocalíptica situação que o mundo devia condenar e obrigar, por mais poderosa e altiva que a empresa seja, a pagar todos os danos causados, pela maré negra.
Sabemos que hoje muito do meio ambiente, entendido, também, na perspectiva da saúde mundial e da destruição de vários ecossistemas estão irremediavelmente perdidos.
A situação é apocalíptica.
Estranha-se, ou talvez não, o silêncio cobarde da imprensa e dos governos dos países.
Sabe-se que a BP faz tentativas para travar a fuga de petróleo que originou a maré negra no golfo do México.
Só que, também, se vai sabendo, a muito custo, que todas as tentativas falham.
Falham mas não se julgue que é impunemente.
Nada disso.
Falha-se porque se sabe que ninguém vai ser penalizado.
Falha-se porque cobardemente se escudam no poder do capital.
Depois de Chernobyl esta é, sem sombra de dúvidas, a pior das tragédias ambientais no mundo que, teimosamente, lhe chamam planeta verde.
Mais uma vez os fins últimos do capitalismo, quer o de casino, quer o de estado servem-lhes sempre para justificar o pior dos meios.
Meios que não existem, neste como noutros casos, onde a falência das ditas  falhou e continuam a falhar.
Anunciam-se novos e novos métodos para tentar resolver a situação.
Só anúncios.
O mar do Golfo do México demorará décadas a recuperar do desastre ambiental. Neste momento, a extensão dos danos depende em grande parte das correntes, tendo já cientistas alertado para a eventualidade de agravamento dos danos em resultado da forte temporada de furacões que se aproxima.
O petróleo espalha-se no golfo a um ritmo, impressionante, de 2 a 3 milhões de litros por dia desde o naufrágio da plataforma.
Até lá, o mundo civilizado assiste cobardemente a esta destruição do meio ambiente.
Que Obama se mantenha atento de nada nos serve e, muito menos ao ecossistema.
Até quando esta brutalidade de atentados sem haver uma justa e severa punição?
Nunca se saberá. O poderio é colossal e, os senhores donos do mundo julgam-se intocáveis.
Não se vende o ambiente, apesar de que se fosse um banco há muito que estava salvo.