quarta-feira, junho 09, 2010

A patranha

Dentro do casarão, habitado pela sombra de um anão, vagueavam nas salas nuas as sombras de um conselho.
Era um dó, uma tristeza mole sem pigmeus.
O reino era de frades, mas metade deles não estavam em seu juízo.
Tudo elouquecera, tudo emparvecera.
E, de longe, ouvia-se o trovão medonho da crise.
Uma vaga nuvem de tristeza caída envolvia o concelho, envolvia a nação, moribunda e silenciosa.
De joelhos, o anão chorava implorando sossego ao pai delirante; fora, nos jardins, ouvia-se o canto das cigarras e o grito selvagem de um orangotango; e de longe, pelas quebradas das serras, vinha reboando o trovão ameaçador da tempestade dos agiotas a aproximarem-se.
O conselho reunido à volta da mesa de pé-de-galo, encolhia-se de medo!!!