quarta-feira, maio 05, 2010

Servilismo

Que o executivo camarário da Guarda revela, uma falta de coragem para dizer NÃO às ordens do amigo Sócrates, já não se estranha.
Que os deputados da maioria são uns cobardes lacaios às ordens dos cães raivosos, também já sabemos.
Agora só faltava mesmo que se apresentasse uma proposta, em plena Assembleia Municipal, a atribuir à sala o nome de um tal de Almeida Santos.
Não, não é o tal homónimo que hoje é presidente da Assembleia Municipal da Guarda.
O tal que para além de presidente da Assembleia nas horas vagas é também assessor do Primeiro Ministro Sócrates e também professor, de ciência política, numa universidade em Lisboa, dirigente da Casa da Cultura de Famalicão e de outras agremiações da boa comida e da melhor pinga.
Deve ser mais um dos que feitas as contas e, juntando todas as horas que deveria estar nos diferentes cargos, trabalha mais de 24h por dia.
Para alguns, o dia é muito grande.
O dia e a noite, claro!!!
Este Almeida Santos é natural da Cabeça, uma aldeia do concelho de Seia e, que depois do 25 de Abril de 1974 se filiou no PS, sendo actualmente presidente honorário desse partido.
Deputado pelo Partido Socialista (1975-2005), foi Ministro da Coordenação Interterritorial (1974-1975), Ministro da Comunicação Social (1976-1977), Ministro da Justiça (1977-1978), Ministro Adjunto do Primeiro Ministro (1978), Ministro de Estado e Ministro para os Assuntos Parlamentares (1983-1985). 
Candidato pelo PS a Primeiro-Ministro nas Legislativas de 1985. Foi lider do Grupo Parlamentar do PS entre 1991 e 1994.
Das frase célebres deste senhor, a quem uma maioria sem coluna vertebral lhe quer atribuir o nome de uma sala, lembramo-nos de:
"Receio que o facilitismo e o excesso de publicidade do corpo feminino possam matar o desejo sexual. E não sei se isso não estará na base da explosão da homossexualidade."
«Alberto João Jardim, fez "uma obra positiva" na Madeira e que é "economicamente sério"».
«Há uma estratégia contra José Sócrates e que o primeiro ministro, a propósito do processo "Face Oculta", está agora a ser alvo da quarta acusação grave "sem provas"».
«Estamos no domínio da quarta acusação grave contra o primeiro ministro. A primeira acusação não deu nada, a segunda não deu nada, a terceira não deu nada, a quarta não vai dar nada».
«No PS, o centro de poder está no secretário-geral. O que faz o presidente? É apenas uma figura decorativa?…É uma figura tutelar. Ainda tem uma função representativa. É uma figura um pouco mitificada, porque tivemos um presidente, o António Macedo, que acompanhou o PS como presidente durante 15 anos ou mais. Depois disso, eu não quis o cargo desde logo. O presidente era apontado pelo secretário-geral como primeiro da lista, e eu disse: “Não, por inerência não; ou sou eleito directamente ou não sou candidato.” Nessa altura, o Jorge Sampaio, que era secretário-geral, não pôde aceitar a minha exigência e eu não fui presidente. Mas veio o Guterres, aceitou, e eu fui eleito directamente, e não por inerência, como primeiro de uma lista da Assembleia da Comissão Nacional.
É presidente do PS no poder, mas também já o era na oposição. É inevitável que o partido se coloque à esquerda quando está na oposição e pareça interessado em invadir o centro-direita sempre que chega ao poder?».
 «Admiro a obra que obra que João Jardim realizou no plano do equipamento urbano, no plano do equipamento rodoviário, no plano do equipamento turístico».
"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? «Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país".»
Mais e muito mais se devia dizer. Mas chega para caracterizar um «democrata» deste nível.
Tenham vergonha.
Enojam-me.
Já agora, aproveitem a fotografia que se publica no início deste post e coloquem-na à porta da sala, para mostrar aos vindouros quem é a personagem que patrocina a sala.
Elucidativa!!!