segunda-feira, maio 31, 2010

O mentiroso

Pelos melhores e piores motivos, a passagem de José Sócrates pelo Rio de Janeiro foi uma verdadeira aventura, paga por todos os portugueses.
Estamos todos de tanga mas dinheiro para o aldrabão se andar a passear não falta.
Arrota pelintra!!.
Só que desta vez, à custa de aldrabices o primeiro-ministro foi tomar um café a casa de Chico Buarque, na melhor zona de Ipanema, com direito a fotografia para a posteridade.
Isso já ele conseguiu.
Dizia quem acompanhava o PM que o momento se proporcionou por um pedido brasileiro do próprio cantor/compositor a Lula da Silva, seu amigo de longa data.
Ou seja, Sócrates, mais uma vez, usou a tão célebre cunha portuguesa para alcançar o objectivo.
Só que não foi Chico Buarque que quis «conhecer» o aldrabão luso, como um conhecido assessor «passou» para a comunicação social.
Nada disso.
Aliás, o próprio Chico Buarque desmentiu esta versão.
Disse ao jornal o Público que foi Sócrates quem o quis conhecer.
"Foi o vosso ministro quem pediu o encontro ( a célebre cunha que Sócrates tão bem conhece e usa). Nem faria muito sentido eu pedir um encontro e o primeiro-ministro vir ter à minha casa", afirmou, mostrando-se indignado com a versão da história contada pelo staff de Sócrates.
Vai buscar troglodita!!
A seguir a este desmentido, o gabinete do PM rectificou: afinal a iniciativa partira mesmo de Sócrates, que há algum tempo tinha dito a Lula que gostava de conhecer pessoalmente o cantor/escritor.
E a versão inicial (Chico a pedir o encontro) não passara, afinal, de um "erro de transmissão" no gabinete.
Sócrates aproveitou para pedir autógrafos para distribuir pela família, à custa de ser PM.
Só que, no dia anterior, de resto, o meio cultural brasileiro foi motivo para uma desventura.
Estava marcado, também no Rio, um jantar no consulado com 35 personalidades da vida cultural da cidade.
Mas, nesse dia, Sócrates não esteve para tanto.
Deu ordem, como que manda numa copa e, vai de reduzir o jantar ao mínimo, deslocou-o para um restaurante italiano da moda (também em Ipanema) e causou um embaraço ao cônsul português obrigado a desconvidar personalidades como a actriz Marília Pera, o ex-campeão do mundo de futebol Zico e, sobretudo, o ex-ministro e cantor Caetano Veloso.
Pelo meio, ficou um dia atribulado.
Vários encontros bilaterais desmarcados no Fórum das Civilizações, mais por culpa da desorganização do evento; um encontro com empresários que acabou com cadeiras a mais para os presentes (cerca de 20)
Ou seja, uma viagem turística para «sacar» uns autógrafos ao Chico Buarque.
Tudo às custas dos roubados portugueses.
Que desplante!!!
Mas quem se julga este figurante, chamado de Sócrates que um dia «chegou» a PM?
Aldrabões!!!
Ele e todos quantos votaram nele!!

domingo, maio 30, 2010

O descalabro é TOTAL

Os exemplos de despesismo continuam e sucedem-se a um ritmo alucinante.
Nem o meu contador da luz lhes ganha.
Esta foi tirada do Tribunal de contas...
Será por isso que nos estão a obrigar a apertar o cinto?
AQUI VOS DEIXO ALGUNS EXEMPLOS DE DÚVIDAS QUE O TRIBUNAL DE CONTAS ENCONTROU NAS DESPESAS PÚBLICAS…

1. ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO ALENTEJO, I. P.

- Aquisição de 1 armário persiana; 2 mesas de computador; 3 cadeiras c/rodízios, braços e costas altas, custo total 97.560,00€.

Este material de escritório são de ouro sólido ou então não estou a ver onde é que 6 peças de mobiliário de escritório custam quase 100 000€.
Quem pode explicar???

2. MATOSINHOS HABIT – MH

– Reparação de porta de entrada do edifício: 142.320,00 €

Alguém sabe de que é feita esta porta que custa mais do que uma casa?

3. UNIVERSIDADE DO ALGARVE – ESC. SUP. TECNOLOGIA – PROJECTO TEMPUS

– Viagem aérea Faro/Zagreb e regresso a Faro, para 1 pessoa no período de 3 a 6 de Dezembro de 2008: 33.745,00 €

Segundo o site da TAP a viagem mais cara que se encontra entre Faro-Zagreb-Faro em classe executiva é de cerca de 1700€. Dá uma pequena diferença de 32 000 €.
Como é que é possível???

4. MUNICÍPIO DE LAGOA

– 6 Kit de mala Piaggio Fly para as motorizadas do sector de águas: 106.596,00 €

Pelo vistos fazer um “Pimp My Ride” nas motorizadas do Município de Lagoa fica carote!!!
Grande kit!!!

5. MUNICÍPIO DE ÍLHAVO

– Fornecimento de 3 Computadores, 1 impressora de talões, 9 fones, 2 leitores ópticos: 380.666,00 €

Este material deve ser mesmo especial para ter custado quase 400 000€ ….
Um tal de «Cagalhães» não resolvia o problema??

6. MUNICÍPIO DE LAGOA

– Aquisição de fardamento para a fiscalização municipal: 391.970,00€

Eu não sei o que a Polícia Municipal de Lagoa veste, mas pelos vistos deve ser Haute-Couture. Será que pelo Algarve a Polícia Municipal já se veste no mesmo alfaiate do Sócrates.
Só pode!!!

7. CÂMARA MUNICIPAL DE LOURES

– VINHO TINTO E BRANCO: 652.300,00 €

Alguém me explica porque é que a Câmara Municipal de Loures precisa de mais de meio milhão de Euros em Vinho Tinto e Branco????
Grande bebedeira!!!

8. MUNICIPIO DE VALE DE CAMBRA

– AQUISIÇÃO DE VIATURA LIGEIRO DE MERCADORIAS: 1.236.000,00 €

Neste contrato ficamos a saber que uma viatura ligeira de mercadorias da Renault custa cerca de 1 milhão de Euros.
Impressionante…

9. CÂMARA MUNICIPAL DE SINES

– Aluguer de tenda para inauguração do Museu do Castelo de Sines: 1.236.500,00 €

É interessante perceber que uma tenda custa mais ou menos o mesmo que um ligeiro de mercadorias da Renault e muito mais que uma boa casa... E eu que estava a ser tão injusto com o município de Vale de Cambra…
Uma tenda???
Mas será que a do circo Sócrates não servia?  E com direito a palhaços, claro!!

10. MUNICIPIO DE VALE DE CAMBRA

– AQUISIÇÃO DE VIATURA DE 16 LUGARES PARA TRANSPORTE DE CRIANÇAS: 2.922.000,00 €

E mais uma pérola do Município de Vale de Cambra: uma viatura de 16 lugares para transportar crianças custa cerca de 3 milhões de Euros. Upsss, outra vez o município de Vale de Cambra…
Que carrinha será esta?
Existirá ao menos?

11. MUNICÍPIO DE BEJA

– Fornecimento de 1 fotocopiadora, “Multifuncional do tipo IRC3080I”, para a Divisão de Obras Municipais: 6.572.983,00 €

Este contrato público é um dos mais vergonhosos que se encontra neste site. Uma fotocopiadora que custa normalmente 7 698.42€ foi comprada por mais de 6,5 milhões de Euros. E ninguém vai preso por porcarias como esta?
Isto no Alentejo é tudo muito caro compadre. As coisas demoram muito tempo a chegar!!!

COMO É POSSÍVEL NÃO ESTARMOS EM CRISE?

COMO DIZ O SÓCRATES, É DIFÍCIL CORTAR NAS DESPESAS PÚBLICAS…

NOTA-SE…

ACABÁMOS DE VER ALGUNS EXEMPLOS…
 
É FARTAR VILANAGEM PORCA E SEBENTA.
 
O PAÍS ESTÁ A SAQUE, É APROVEITAR LARÁPIOS DA COISA PÚBLICA!!!

Mas que crise?

Numa leitura a um e só um Diário da República, vulgo «diário da paróquia» ficamos a saber que as contatações de motoristas e polícias são mais que muitas.
Pergunta-se: onde pára a «máxima» socratina de pela saíde três funcionários da Função Pública só entra um novo.
Onde se aplica a máxima?
Leia-se o regabofe que vai neste (des)governo de um tal engenheiro.

· Despacho n.º 8346/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à empresa Deloitte & Touche, Lda., António José Oliveira Figueira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8347/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares Rui Manuel Alves Pereira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8348/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita ao Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços Vítor Manuel Gomes Martins Marques Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8349/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Augusto Lopes de Andrade para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8350/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à empresa Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.,Arnaldo de Oliveira Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8351/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o assistente operacional Jorge Martins Morais da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8352/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o assistente operacional Jorge Orlando Duarte Vouga do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8353/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Jorge Henrique dos Santos Teixeira da Cunha para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8354/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa a agente principal da Polícia de Segurança Pública Liliana de Brito para exercer funções de apoio administrativo no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8355/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública José Duarte Barroca Delgado para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8356/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Manuel Benjamim Pereira Martinho para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8357/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Horácio Paulo Pereira Fernandes para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8358/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Custódio Brissos Pinto para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

Será que não há transportes públicos em Lisboa?
Bem se fosse aqui na Guarda, a coisa já era mais complicada, transportes públicos só existem as paragens, para enganar.
Agora em Lisboa???
Que grande crise.
Depois admiram-se que ninguém MAS NINGUÉM acredite nos PEC's venham eles o 1.º, o 2.º o 3.º ou o enésimo.
MENTIROSOS já toda a gente sabe, a fama já chegou ao estrangeiro.
Bonito epíteto nacional e internacional para uns (des)governantes.
Demitam-se.
Tenham essa coragem.
Poupem-nos a mais e mais eleições.
Só estamos neste estado porque, há um Cavaco em Belém!!
Foi você que pediu este governo?
Eu NÃO!!!!

A Curia vigarista


A Curia dos poderes.

Para estes a crise não chegou?

Assim vai o El Dourado dos parlamentares europeus.
Com gente desta se percebe o porquê dos incompetentes Durão Barroso e Víctor Constâncio a exercerem cargos de chefia na taberna chamada «parlamento europeu».


Viva a crise, pois então!!!
É só trabalho seus caretas!!!

sábado, maio 29, 2010

Sacrifícios?

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais nomeou uma jurista de 27 anos para o seu gabinete a ganhar mais do dobro dos juristas que já estão no quadro.
Mafalda Coelho Moreira foi nomeada por Sérgio Vasques no dia 6 de Maio e está a ganhar uma remuneração de 4088 euros por mês, mais IVA.
Segundo o jornal "I", o Ministério das Finanças justificou esta nomeação com a necessidade de “dar resposta atempada ao elevado volume de trabalho”, destacando o percurso profissional da contratada.
Ou seja, mandam apertar o cinto aos portugueses; congelam salários; cortam nos apoios sociais; aumentam impostos; aumentam todos os produtos, incluindo os de primeira necessidade, exclua-se a coca-cola e a pepsi, água suja do capitalismo e, contratam uma dama de 27 anos a ganhar mais do dobro dos juristas do quadro.
Tudo isto se passa no Ministério das Finanças!!
Ora arrota pelintra!!!
Diz-se que a dama tem percurso profissional!!!
Duvida-se. Com 27 anos percurso profissional??? Será que tem algum RVCC que lhe proporcionou a obtenção do curso nas Novas Oportunidades?
Ou será outro caso como o de Rui Pedro Soares.
Bem, para já ficou-se a saber que a dama é nem mais nem menos que sobrinha do presidente da Associação Comercial do Porto, um tal de Rui Moreira, comentador desportivo no canal do governo, comentador político na SIC e, nas horas vagas adepto do FCP  e, segundo o Correio da Manhã, no ano passado auferiu rendimentos pouco acima dos mil euros mensais.
Os juristas do Ministério estão incomodados com esta situação, uma vez que passam a ganhar metade da nova contratada por um período de um ano, "renovável sucessiva e automaticamente por iguais períodos de tempo", segundo consta do despacho de nomeação assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
Esta nomeação é tudo o que quiserem e evidencia a contradição entre o discurso da contenção salarial para a generalidade dos trabalhadores e as contratações a peso de ouro no Ministério de Teixeira dos Santos, que agora equiparou o salário desta licenciada em Direito pela Universidade Católica do Porto com um master em gestão para juristas, ao rendimento bruto anual correspondente a adjunto de gabinete.
Quem disse que há crise?
Já agora se o motivo foi o curriculum da dama então digo-vos, desde já, que tenho cá em casa uma cadela que até sabe fazer xixi na sanita. E não tem master. E de certeza que faria a «coisa» por muito menos dinheiro. Posso garantir.
Vigarice, só pode!!!
Corrupção?? Quem disse?

A defesa

O advogado do ex-administrador da PT, o senhor Rui Pedro, recorda uma notícia do Sol, na qual foi dito que Ruizinho ganhava 2,5 milhões de euros por ano.
Dizendo ser falso, Carlos Soares descreveu, em seguida, os efeitos que tal informação produziu.
Primeiro, citando um post da eurodeputada socialista Ana Gomes, no blogue causa-nossa.blogspot.com, que começou por qualificar Rui Pedro Soares como "atrasado mental", alterando depois para "fraquinho de discernimento".
Em seguida para citar um artigo da escritora Inês Pedrosa na revista Única, do Expresso, no qual foi mencionado os 2,5 milhões/ano de salário. "Diga-se desde já que, na opinião do mandatário de Rui Pedro Soares, ao terem acreditado piamente no que leram no Sol, eles fizeram efectivamente de idiotas úteis", escreveu Carlos Soares.
Sustentando ainda que o rótulo de boy foi colado indevidamente ao seu irmão.
Dizer ainda que Ruizinho pede uma indemnização de 400 mil euros por danos causados com a publicação de notícias relativas ao caso PT/TVI.
A petição entregue no tribunal é assinada pelo seu irmão, o advogado Carlos Soares, e não poupa nos qualificativos a José António Saraiva, director do semanário que revelou as escutas do processo "Face Oculta": epítetos como "Rei da Vacuidade", autor de um "plano" para utilizar Rui Pedro Soares para atingir José Sócrates, sem "estatura moral" e "completamente desqualificado".
Começou o rock da pradaria.
Até quando?

sexta-feira, maio 28, 2010

Calou, aqui quem manda sou eu!!

"A Manuela não apresenta mais o jornal".
É assim que o semanário 'Sol' responde, ao facto dos seus responsáveis terem sido condenados por publicarem escutas do processo 'Face Oculta'.
O assunto volta a fazer «capa» no jornal trancrevendo-se uma suposta conversa entre Armando Vara, principal arguido, e José Sócrates.
A Manuela não apresenta mais o jornal. Mas não digas nada”, terá sido a frase de Vara para o primeiro-ministro, que, segundo aquele jornal, desmente as afirmações de Sócrates à comissão de inquérito ao negócio Portugal Telecom/TVI, nas quais o governante disse que só soube do afastamento de Manuela Moura Guedes, da apresentação do Jornal Nacional de Sexta-feira, através da comunicação social.
Agora que as escutas já foram destruídas, como se vai saber quem fala verdade.
Pois é senhores Noronha e Monteiro, tudo em cinzas!!!
A Bem da Nação, claro!!!

Lá como cá

Os submarinos que viraram em supositórios ali para o largo do Caldas, têm mais um desenvolvimento, o «arguido alemão foi libertado»!!
Horst Weretecki, vice-presidente da MAN Ferrostaal, um dos dez arguidos no processo das contrapartidas dos submarinos vendidos a Portugal, foi posto em liberdade.
Esperado!!!
Detido na Alemanha desde Abril último, Weretecki já foi libertado.
E não perdeu tempo, apanhou o primeiro avião, sem nuvens tóxicas ou poeiras, e rumou a Lisboa para se reunir com os seus advogados portugueses.
O debate instrutório do processo das contrapartidas, que decorre desde Abril, - que é presidido pelo juiz Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) e que conta com dez arguidos - poderá(??) estar concluído até Julho.
Se até lá não houver poeiras e férias.

Ajudinha?

Segundo a comunicação social 3 (três) PJ são suspeitos de terem «ajudado» Armando Vara!!!
Leu esta senhor Pinto Monteiro?
Pois é, AVALIAÇÂO?
Claro mas quem é que duvida???
Informação a Vara terá saído da PJ.
Judiciária restringe o rol de suspeitos a três inspectores que ainda não justificaram porque acederam ao documento catalogado como confidencial.
Vá lá, Portugal não é um país de corruptos.
Quem disse que era?

O anjinho

O Procurador-Geral da República garantiu que "Portugal não é um país de corruptos" e disse ser necessário repensar a articulação entre os intervenientes na investigação criminal.
Portugal não é um país de corruptos, de acordo senhor Monteiro.
O que o senhor se esquece de acrescentar é que tudo o que tem a ver com poder e poderes, económico, social e político é altamente CORRUPTO.
Assuma isso.
Tenha coragem.
Mas, disse mais o senhor Monteiro.
Disse, por exemplo que para o combate efectivo ao crime é necessário "uma cooperação entre todos os intervenientes": polícia, Ministério Público, entidades reguladoras, administração pública e local.
"Só a troca de informação pode permitir investigações aprofundadas. A deficiente articulação entre protagonistas tem nefastos resultados", sublinhou.
Este senhor Monteiro ou é ingénuo ou quer fazer dos outros burros.
Então o senhor quer que os VERDADEIROS implicados confessem o crime?
O senhor de investigação percebe NADA. Ou então, o que é pior, quer branquear certos chamorros.
Grave, senhor Monteiro.
Pinto Monteiro abordou também a questão das alterações legislativas, considerando ser necessário avaliar "a sua aplicação prática".
Será que mais uma vez o senhor Monteiro está a brincar? Não se brinca com coisas sérias, senhor Monteiro.
Avaliação?
Mas quem a não quer?
Olhe à sua volta e verá o ninho de vespas que por aí circundam. Depois fale verdade.
Senhor Monteiro, ninguém, mas ninguém quer ser avaliado.
As avaliações são coisa para subalternos não são para «distintos» juízes, investigadores e outros chefes. 
Sobre o diploma de combate à corrupção que se encontra em discussão na Assembleia da República, Pinto Monteiro saudou algumas das medidas já anunciadas e disse esperar que "haja efectiva vontade política de a combater".
Este senhor Monteiro é um brincalhão.
O senhor já pensou em escrever um livro de anedotas?
Talvez tenha mais jeito.
Esta da vontade política só mesmo de «chamorro»!!
Diz o senhor que "ninguém goza de impunidade e que a Justiça trata todos por igual", o PGR considerou importante encontrar meios para que as pessoas denunciem os crimes, já que o grau de criminalidade participada é menor do que a praticada.
Mais uma do brincalhão Monteiro.
O senhor sabe e sabe muito bem que não é verdade o que está a dizer.
Quantos casos o senhor tem entre mãos, ou pés ou lá onde quer que seja, que não passam de denúncias sem quaisquer investigações?
É que nem um qualquer «mercadorias» os transporta.
Sabe porquê, não é senhor Monteiro?
Tenha frontalidade quando diz e toma certas atitudes.
Essa de «ninguém goza de impunidade e que a Justiça trata todos por igual» fê-lo corar a si e, a qualquer magistrado da sua real digníssima procuradoria.
Então não é? Claro que não é.
Já o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público concorda com o procurador quando este diz que Portugal não é um país de corruptos, mas acrescenta que, "mesmo assim, há corruptos a mais em Portugal".
Percebeu senhor Monteiro?
De anjinhos se faz o coro dos tristes poderes.

quinta-feira, maio 27, 2010

E os outros?

Foram apreendidas facturas falsas no valor de sete milhões de euros.
A notícia, nos tempos que correm e correram espanta alguém?
Nada.
Só que, aqueles resultados foram obtidos no âmbito de uma operação de apreensão de documentos desencadeada devido a suspeitas de fraudes fiscais em empresas do sector da sucata.
Outra vez a sucata.
Já se sabia que o país é uma sucata, por isso a forma como tantos sucateiros enriquecem rapidamente.
Ao que consta, as buscas envolveram uma empresa que era “simultaneamente emitente e utilizadora de facturação falsa”, estando também envolvidos naquela actividade fraudulenta, cerca de 68 sociedades e empresários em nome individual.
A operação decorreu em seis locais de vários distritos, tendo sido coordenada pelo Ministério Público do ponto de vista funcional.
Esta do funcional é interessante.
E os nomes?
Bem, esses estão nas escutas ou seja, segredo.................
Até quando?
Sempre.
Este tipo de notícias faz-me sempre recordar a polícia americana que, para impressionar a opinião ´pública e mostrar serviço, em tempos de «lei seca», vinha para a comunicação social anunciar a captura de barcos e mais barcos de bebidas proibidas.
Só que, mais tarde, veio-se a provar que era tudo farsa.
Farsa para impressionar.
Percebido!!!

O campeão das parcerias Público-Privadas

No campeonato da contratação de investimento público e de prestação de serviços com recurso a Parcerias Público-Privadas (PPP), Portugal é líder desde há muito.
No final de 2009, as estimativas globais de investimento nos projectos contratados ascendiam, em termos acumulados, a 28 mil milhões de euros.
E num horizonte até 2017, caso avançassem todos os investimentos que foram sendo anunciados, rapidamente se ultrapassaria a fronteira dos 50 mil milhões.
Seria o equivalente a contratar todo um projecto de alta velocidade por ano.
Actualmente, a carteira de contratos que está a ser acompanhada pelo observatório criado para o efeito atinge quase a centena, tendo nos últimos 15 anos registado taxas de crescimento sempre superiores aos dois dígitos.
Portugal recorreu a este tipo de contrato mais do que todos os outros países da UE em termos de percentagem do PIB.
O conceito de concessão, em que o Estado passa para um privado a responsabilidade de prestar determinado serviço público, não é virgem, tem quase um século - as Águas do Porto, há quase cem anos, foram contratadas assim.
Mas o conceito evoluiu e alavancou-se em complexos contratos que passam, também, pela questão de financiamento.
A Parceria Público-Privada é definida como um contrato administrativo plurianual pelo qual o parceiro público transfere para um parceiro privado a obrigação de construir obra pública ou prestar um serviço público de determinada qualidade aos utilizadores dos serviços públicos, junto com o direito de cobrar ou de ser remunerado pela prestação desses serviços.
A remuneração deve ser assegurada pelos utilizadores ou pelos contribuintes, sendo o parceiro privado responsável pela construção, gestão, exploração e financiamento da obra.
É uma mina para o parceiro privado!
Que mina!!!
O primeiro contrato deste tipo foi negociado para a construção da Ponte Vasco da Gama, já em 1992, no tempo do Cavaco primeiro-ministro.
E, 18 anos depois, tem sido instrumento privilegiado para avançar com a prestação de vários tipos de serviços - generalizou-se na área dos transportes, mas chegou também à saúde, à energia e mesmo à segurança interna.
São piores de cogumelos.
Autênticas galerias de minas de ouro.
A Parceria Público-Privada tornou-se regra: o que não cabe no investimento público directo passa para a alçada da dívida dos privados, que ficam com a responsabilidade do financiamento e amortizam o investimento em prazos de maturidade prolongados - em Portugal, normalmente, 30 anos.
Em 30 anos o parceiro privado tem o uso e fruto de todos proveitos.
Tal facto tornou as decisões de investimento público muito dependentes do mercado financeiro e da banca, que avaliza ou não estes contratos.
Depois, ninguém controla ninguém.
As parcerias são a forma encapotada para subsidiar partidos, campanhas eleitorais e outras mordomias bancárias.
Bem pode o Tribunal de Contas espernear, intimidar que elas, as parcerias e os seus morgados bem que continuam a dominar tudo.
Bem e depois há os chamados contratos complexos.
À margem da conjuntura financeira que o mundo atravessa, os contratos das parcerias Público-Privadas levantam ainda outras questões trazidas pela sua complexidade, muito diferente do investimento directo.
Pois é!!
Bem complexos.
Tão diferente como fazer a opção entre escolher o automóvel que se quer comprar - com a hipótese de optar por uma determinada cor, cilindrada, extras, etc. - ou contratar um serviço de motorista.
Aqui, tudo tem de ficar escrito no contrato: em que viatura, que motorista, que horário, que frequência, etc. O que sair fora do estipulado tem de ser renegociado.
Em Portugal, o Estado não só tem sentido dificuldades em apresentar o mesmo nível de qualificações que os privados nestas negociações, como também tem mudado muitas vezes de ideias: ou porque quer alterar um traçado (para obedecer a estudos de impacte ambiental), ou porque quer ampliar uma faixa ou, até, porque quer introduzir portagens onde elas não estavam previstas ou, até quando quer mudar os azulejos do wc que a madame não gosta.
Ou porque, afinal, já não quer avançar com o contrato.
Todas essas incertezas têm como consequência um agravamento dos custos.
E uma coisa é certa: a factura vai aparecer bem mais elevada que a inicial.
Mas, e como sempre quem a paga são os contribuintes.
No campeonato das PPP Portugal junta mais um P, o de Pantomineiros!!

Brisa - despedimento massivo encapotado

A concessionária das portagens vai começar a substituir os operadores por máquinas a partir de Junho. 
Ou seja, dada a conjuntura, trata-se de “um despedimento massivo, encapotado por rescisões por mútuo acordo, de trabalhadores para serem substituídos por máquinas, é absolutamente inaceitável, tanto mais que se trata duma empresa que apresenta, desde sempre, lucros excepcionais, como concessionária de serviços públicos.
Os colaboradores com contrato a termo certo não verão os contratos renovados e o recurso a trabalho temporário será apenas feito em picos e férias.
A Brisa, a exemplo de outros casos, vem com a conversa de sempre: capitalismo de autoclismo, ou seja, diz ter previstas medidas de apoio à criação do próprio emprego, formação e “outplacement” para ajudar a colocar no mercado de trabalho os colaboradores dispensados. A mesma conversa de sempre.
O projecto de automatização vai abranger toda a rede de auto-estradas em Portugal, num total de 1160 quilómetros de extensão. O sistema já estava a ser testado desde 2008, altura em que a empresa liderada por Vasco de Mello instalou 24 máquinas de cobrança na A17.
O chamado “Via Manual” foi ainda implementado em Fevereiro na A15.
Tudo isto em nome da «eficácia», dizem eles, ou será antes do aumento do desemprego.
Sejam sérios e honestos.
Os lucros não chegam para pagar os ordenados dos gestores públicos.
Logo despedem-se os mais fracos!!!

Crime disse ela

Mais de três semanas depois de o deputado socialista Ricardo Rodrigues se ter apropriado ( em linguagem popular, apossado, usurpado, apoderado e outros sinónimos lights) de dois gravadores durante uma entrevista à revista Sábado, os jornalistas continuam a desconhecer o paradeiro dos equipamentos, que contêm diverso material de trabalho.
Neles estão gravadas, por exemplo, entrevistas a políticos do maior partido da oposição e outro material considerado pela jornalista como bastante delicado.
Os gravadores foram, segundo dizem os conquistadores, apensos a uma providência cautelar interposta por Ricardo Rodrigues a 3 de Maio, mas a revista não recebeu qualquer notificação e publicou a entrevista na edição do passado dia 6, uma vez que a mesma tinha também sido registada em vídeo.
Paulo Dias, advogado do socialista, foi informado pelo Tribunal Cível de Lisboa, precisamente no dia 6, de que a providência (e, supõe-se, os gravadores) seria remetida para as varas cíveis, mas ignora qual delas e, perdido o interesse da acção, não fez mais qualquer diligência.
"Resta aguardar para saber qual o destino que as varas cíveis vão dar aos gravadores", afirma.
O jornal o PÚBLICO contactou a secretaria-geral das varas cíveis de Lisboa para saber a identificação da vara, mas o pedido de informação foi recusado.
Refira-se que a inutilidade superveniente da medida cautelar ainda não foi decretada, apenas constatada publicamente, uma vez que a entrevista foi, de facto, publicada.
Um magistrado contactado pelo jornal o  PÚBLICO afirmou que os equipamentos poderão vir a ser arquivados juntamente com o processo, existindo, porém, a possibilidade de a sua proprietária requerer o material.
Por outro lado, o juiz poderá, no despacho liminar, determinar que a junção dos gravadores é desnecessária, ordenando a sua a restituição à jornalista.
Contudo, resta ainda apurar se a acção de Ricardo Rodrigues, ao apoderar-se (conquistar, usurpar, apossar) dos dois objectos, é ou não lícita.
Para alguns juristas, o socialista cometeu uma ilegalidade, pelo que os gravadores não poderão ser valorados como meio de prova.
Não existindo uma disposição específica sobre estas situações no Código Civil, explica, é possível recorrer à Constituição, que define que "são nulas todas as provas obtidas mediante tortura, coacção, ofensa da integridade física ou moral da pessoa, abusiva intromissão na vida privada, no domicílio, na correspondência ou nas telecomunicações".
"Sabendo-se que os gravadores contêm factos susceptíveis de integrar sigilo profissional, admitir-se esta prova nos termos em que a mesma foi junta no caso concreto seria "deixar entrar pela janela aquilo que a lei não deixa entrar pela porta"", argumenta.
De qualquer forma, juristas há que acreditam que a providência cautelar interposta por Rodrigues não seria deferida, caso a Sábado viesse a ser notificada em tempo útil. Isto porque não cumpre os requisitos exigidos pela medida, sobretudo o perigo de prejuízo grave e irreparável ou dificilmente irreparável: "As declarações em causa também foram captadas em vídeo e já foram publicadas", nota, "pelo que já não há direito a acautelar". "Quando muito", ressalva, "poderão existir responsabilidades a apurar, mas isso não se faz em sede cautelar, tendo de ser intentada uma acção principal para o efeito."
Na passada semana, os jornalistas da Sábado, foram ouvidos no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, no âmbito do processo-crime apresentado pela Sábado contra o deputado. Para fundamentar as queixas por furto, atentado à liberdade de imprensa e à liberdade de informação, entregaram uma cópia em vídeo da entrevista e fotogramas do momento em que Rodrigues colocou discretamente os gravadores no bolso das calças.
Para além de todo este abuso de poder, atentado à liberdade de informação, que contraria o que alguns têm dito sobre a liberdade de imprensa que existe em Portugal, outra dúvida persiste.
Terá ou não havido sigilo profissional violado?
Os jornalistas em causa só deram pela falta dos gravadores depois de Rodrigues ter abandonado a biblioteca do Parlamento, onde decorreu a entrevista.
Ainda tentaram perseguir o deputado, mas já não o encontraram.
Porém, já fora da Assembleia, deu-se o reencontro.
"Um dos jornalistas disse ao deputado usurpador que tinha duas coisas que lhes pertenciam, mas ele respondeu que os gravadores estavam com um fiel depositário e que lhes seria dado o tratamento adequado", recorda.
Após a breve troca de palavras, Rodrigues voltou a entrar no Parlamento.
O vice-presidente da bancada do PS procurou proteger-se de vir a ser acusado de violação do segredo profissional: ainda no dia da entrevista (30 de Abril, sexta-feira), tentou deixá-los numa esquadra da PSP e na Entidade Reguladora para a Comunicação Social, mas deparou-se com uma dupla recusa.
Só na segunda-feira, 3 de Maio, os anexou à providência cautelar, pelo que não está ainda excluída a hipótese de vir a ser acusado de violação do sigilo profissional. Porém, apesar de os jornalistas já terem afirmado que os gravadores contêm diversas entrevistas, esta acusação será difícil de sustentar em tribunal. Para tal, Rodrigues teria de admitir que ouviu os registos áudio.
Pergunta-se: será que vamos ter uma limpeza do conteúdo dos gravadores? Será que a Procuradoria Geral da República, o «amido» de Porto de Ovelha e o «supremo» Noronha vão considerar as escutas ilegais e...mandar destruir o ......material.
Coitados!!!

PSP e GNR vão ter aumentos de 1,5%

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou que os agentes da PSP e os militares da GNR vão ter este ano um aumento de 1,5 por cento na remuneração ilíquida.
"Justamente neste ano em que a função pública não tem aumentos e em que há uma redução de salários dos titulares de cargos públicos, existe um aumento para a PSP e a GNR. Estamos a actualizar o suplemento das forças de segurança, que subirá de 14,5 para 20 por cento em três anos, mas este ano já aumenta 1,5 por cento", salientou.
Rui Pereira garantiu ainda que, "ao contrário do que se disse, certamente por engano, não estão congelados nem parados" os concursos de promoção abertos pela PSP.
O ministro recordou também que o subsídio de fardamento aumentou este ano de 60 para 150 euros e que nos próximos quatro anos chegará aos 300 euros.
A estratégia do governo é bem clara.
Quando se anunciam e se vão aplicar medidas de um elevado alcance económico e financeiro na vida dos portugueses.
Quando os portugueses, os que não calam, não pactuam e não vivem das benesses do governo, se revoltam, se manifestam e provavelmente vão estar na luta contra as injustas medidas, nos cortes sociais, nos vencimentos ou seja, em tudo o que é qualidade de vida.
É necessário ter uma FORÇA policial bem paga para repelir e esmagar quaisquer tentativas de revolta social.
É um uso antigo a que os governantes ditadores recorrem quando se sentem ameaçados.
Ficamos à espera que esses mesmos policiais se lembrem que deste lado da barricada estão familiares, amigos e companheiros e acima de tudo portugueses humilhados e ofendidos por um governo déspota que só sabe ajudar os bancários e todos os que fizeram esta crise.
E que quando, se é que haverá um quando, a tempestade passar as vossas condições económicas e de trabalho serão, de novo, piores que as que hoje existem.
Lembrem-se!!! 

terça-feira, maio 25, 2010

Os apoios sociais que podem faltar. E depois?

Este ano lectivo, são já mais de meio milhão os estudantes que recebem ajuda do Estado para os livros, materiais ou refeições.
Um terço dos alunos do ensino básico e secundário recebe apoios da Acção Social Escolar (ASE).
Ao todo, neste ano lectivo, são 503 214 os alunos subsidiados, dos quais 290 812 recebem o apoio máximo, ou seja, têm livros, material escolar e refeições pagas por inteiro.
O número de estudantes abrangidos pela ASE cresceu 3% em relação ao ano lectivo 2008/09, de acordo com os dados do Ministério da Educação.
No ano passado eram apoiados 488 411 estudantes.
No ensino básico e secundário há cerca de 1,5 milhões de crianças.
Apesar de o número de alunos abrangidos pela ASE, neste ano lectivo, ser ainda provisório, o aumento é notado pelas escolas.
Acredita-se que, mais uma vez e como noutros casos, há falsidade nos dados que são apresentados.
Cre-se que neste momento os apoios atinjam cerca de 50% dos alunos dos ensinos Básico e Secundário. 
E no próximo ano devem ser ainda mais os abrangidos pelo apoio social.
O aumento do desemprego e as maiores dificuldades das famílias vão determinar mais e mais alunos a recorrer aos apoios sociais.
Já este ano, as escolas admitem que, se não fosse o apoio social, os pais não conseguiam manter as crianças a estudar.
Os responsáveis lembram que a Acção Social Escolar permite não só ajudar as famílias a fazer face às despesas dos livros e material como muitas vezes proporciona às crianças a única refeição quente do dia, uma vez que estas são oferecidas ou custam muito pouco.
Esta é a realidade que não pode nem deve ser escondida.
A acção social escolar pode ser requerida a qualquer altura do ano lectivo, daí que os números deste ano apresentados pelo ministério sejam provisórios. Apesar de não haver um limite definido, os alunos do 5.º ano recebem 110 euros para as despesas com os livros. Já os do 6.º ano têm cem euros para a compra dos manuais.
Mas, quando se fala em ensino público e ensino privado é bom recordar que metade dos estudantes do privado não paga propinas.
Segundo dados recentes cerca de metade dos mais de 300 mil alunos que frequentam o sector privado, não pagam qualquer mensalidade.
Os valores são cobertos pelo Ministério da Educação, ou seja pelos impostos dos portugueses, ao abrigo dos "contratos de associação" celebrados com colégios e instituições.
Em 2009, o Ministério da Educação transferiu para o sector privado 285 milhões de euros, dos quais a principal fatia foi para instituições, sobretudo, do pré-escolar, responsáveis pela maior parte dos alunos do privado com as despesas comparticipadas. Os colégios receberam cerca de 80 milhões de euros.
Assim se defende e, principalmente, se paga o ensino privado retirando ao público as verbas necessárias.
Quando se defende o privado é bom que se diga que também ele é suportado pelos impostos dos portugueses.
Que não se esconda a realidade.

O despacho do despachado

O ministro «sol» fez publicar no Boletim oficial da paróquia o seguinte despacho que, por sua vez despacha um outro já despachado.
Reza assim:
 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gabinete do Ministro

Despacho n.º 8843-A/2010

Perante as dúvidas suscitadas a propósito do teor do meu despacho n.º 8603-A/2010, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 98, de 20 de Maio de 2010, o qual, ao abrigo do disposto no n.º 5 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22 de Janeiro, vem aprovar as tabelas anuais de retenção de IRS, importa proceder à respectiva clarificação, fixando, de modo inequívoco, o sentido e alcance do disposto no respectivo n.º 6 e garantindo o seu cumprimento, com certeza e segurança jurídica, pelas entidades sobre as quais a lei impende a obrigação de retenção de IRS.
Assim, determino o seguinte:
O n.º 6 do despacho n.º 8603-A/2010, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 98, de 20 de Maio de 2010, passa ter a seguinte redacção:
«6 — O presente despacho produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação, devendo aplicar-se ao apuramento do IRS a reter sobre rendimentos que venham a ser pagos ou colocados à disposição dos respectivos titulares a partir de 1 de Junho de 2010.»
21 de Maio de 2010. — O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

Vamos então analisar a informação paroquial.
O despacho paroquial começa por reconhecer que «houve dúvidas a propósito do teor do meu despacho n.º 8603-A/2010, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 98, de 20 de Maio de 2010 (...)».
Ou seja, o rei «sol» reconhece dúvidas no «seu» despacho.
Seu???
O rei «sol» já se auto-intitula de magnânimo despachador oficial.
Muito bem.
Só que o «seu» despacho afinal não é assim tão claro.
Claro como é que podia ser claro se é dele? Dele rei «sol».
Vai daí, houve necessidade ( ele é só necessidades!!!) de, segundo as palavras do rei «sol», «clarificação, fixando, de modo inequívoco, o sentido e alcance do disposto no respectivo n.º 6 e garantindo o seu cumprimento, com certeza e segurança jurídica, pelas entidades sobre as quais a lei impende a obrigação de retenção de IRS»
Percebida a necessidade?
Depois, o rei «sol» determina, também por despacho, que existe nova redacção. E qual a redacção?
Só esta asinina redacção: «O presente despacho produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação, devendo aplicar-se ao apuramento do IRS a reter sobre rendimentos que venham a ser pagos ou colocados à disposição dos respectivos titulares a partir de 1 de Junho de 2010».
Ou seja, o presente despacho determina que o outro que foi despachado, produz efeitos no dia seguinte, 21 de Maio (eheheheh) e, deve-se aplicar ao apuramento do IRS a reter sobre rendimentos que venham a ser pagos ou colocados à disposição dos respectivos titulares «a partir de 1 de Junho de 2010».
Ridículo.
Não teria sido mais inteligente publicar o despacho a 31 de Maio?
É que ou se quer fazer crer que isto tudo é uma grande trapalhada, o que não deixa de ser verdade mas, igualmente, é um «sol» encoberto pela nuvem negra da retroactividade do imposto.
A ver vamos até onde chega a desfaçatez do Pinóquio e da sua banda de ratos e ratas!!

segunda-feira, maio 24, 2010

O “parolo”

A Assembleia Municipal (AM) da Covilhã aprovou, por unanimidade, uma moção apresentada pelo PSD para a passagem do Centro Hospitalar a Hospital Central.
O documento surge depois de o presidente da Câmara da Covilhã (CMC), no 25 de Abril, ter lançado o repto.
Ou seja, Carlos Pinto deu o mote e o PSD cantou.
Carlos Pinto comentou as críticas do Governador Civil da Guarda, Santinho, que recentemente o acusou de se colocar “em bicos de pés” a propósito desta pretensão, como uma "parolice”.
“Precisamos de um hospital central e não é um governador civil que me vem conter nesta luta que vamos ganhar”, afirmou. “Senti pena do sr. governador ao tentar responder-me, nos termos em que o fez, com falta de nível, como se eu estivesse a exorbitar e ele estivesse dentro das suas competências. Acham que cabe a disputa política, como ele o fez, ele ou a governadora de Castelo Branco?”, questionou.
“Façam o relatório da segurança, dos acidentes, do diz-se que diz, da trica dos distritos e fiquem caladinhos. Não têm voz legitimada para fazerem o que andam a fazer”.
Para Carlos Pinto os governadores civis “são figuras tristes da política portuguesa, olheiros do Governo” que no seu entender “devia determinar a sua extinção” porque “quem exprime a vontade das populações é quem foi eleito pela vontade do povo”.
Carlos Casteleiro, do PS, também defendeu o hospital central na Covilhã.
O médico acrescentou ainda que Carlos Pinto “causou nervosismo aos governadores civis de Castelo Branco e Guarda que têm que se deixar de políticas caseiras sem qualquer tipo de representatividade nestes distritos.
De todas as atordoadas de Pinto, o Carlos, há no entanto um aspecto que tem razão.
Os Governos Civis deviam ser extintos. Toda a razão senhor Pinto. Só que, era bom que se lembrasse, foi num governo do PSD mais CDS que a hipótese foi colocada. Só que, a parasitagem é grande, grande de mais para a pequenez do País e, quando assim acontece, fala-se, intenciona-se, atenta-se para tudo ficar rigorosamente na mesma.
Já quanto à questão da «passagem» do Centro Hospitalar a Hospital Central a questão é exactamente a mesma, na forma, ou seja continuidade da parasitagem só mudam as personagens. Já sabe que todo o alvoroço levantado na capoeira tem uma só razão. A entrega da gestão do hospital da Covilhã ao Grupo Mello. Não é, nem nunca o foi a razão de maior e melhor prestação de serviços e cuidados de saúde para os distritos da Guarda e Castelo Branco. Não se trata de rentabilizar seja o que for. Nem o argumento de que a Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior se situar na Covilhã, colhe qualquer justificação para a criação de um Hospital Central. Saberão os doutos senhores que muitos dos estágios são realizados no Hospital da Guarda?
Quem ganharia com a transformação do Centro Hospitalar em Hospital Central? A Covilhã.
Todas as outras cidades perderiam em favor da Covilhã.
Quem poderá estar interessado em tais transformações? Importa, isso sim, que todo o interior tenha uma única voz de defesa dos seus legítimos anseios e não esta palhaçada das lutas pelas capelinhas que não passam de ermidas de um são nunca qualquer. Juízo e discernimento em defesa de uma e uma só região - o interior. 
Que o senhor Pinto, o Carlos, amigo e cúmplice de um outro Pinto, o Sócrates, tudo conseguirá, não se duvide.
Agora que um PS fique mudo e calado e pactue com tais «jogadas» já se estranha e muito.
E, já agora, alguém ouviu os ilustres e putativos deputados eleitos pelo distrito da Guarda tomarem alguma posição? Estranha-se.
Será que lhes interessa deixar correr o marfim para depois aceitarem o facto como consumado, como já aconteceu no passado com outras situações?
É uma estratégia de parolos e, pior de papalvos da pior proveniência.

domingo, maio 23, 2010

O Valor do Homem para a Mulher

Se se diz a uma mulher que certo homem é inteligente, ela escreve mentalmente um zero.
Se se diz que é culto, ela escreve outro zero.
Se acrescentarmos que é belo, amável, com boa reputação social e tudo o mais que se quiser, ela acrescenta outros zeros.
Se finalmente se confidenciar que ele é bom na cama, ela escreve um 1 antes dos zeros todos.
(Tenho ideia de ter lido qualquer coisa de semelhante a esta conta não sei onde. Mas como não sei onde, façamos de conta que a conta é minha. Porque de qualquer modo, é exacta.)
Vergílio Ferreira, in "Conta-Corrente 2"

sexta-feira, maio 21, 2010

Eduquês

É usual, por estes tempos, ouvir os incompetentes e acéfalos governantes «justificarem» os milhões desbaratados na educação, com a propaganda da qualificação.
Nada mais que um embuste.
O slogan está «gasto» e, basta estar um pouco atento ao que se passa pela maioria das intervenções e, então quando elas são escritas, cai o Carmo e a Trindade, para nos apercebermos de quanto errado tudo o que foi feito em termos de educação, neste País, neste últimos trinta anos.
Uma confrangedora inaptidão para o quer que seja em termos de aprendizagens, responsabilidades e proficiência seja para o que for.
Parabéns senhoras e senhores que estão na galeria do Ministério da Educação, em poses dignas de uma qualquer revista como a playboy.
São os dignos representantes da pornografia de cordel da educação de um triste e pobre País.
Vergonhoso!


Palavras? Para quê?

quinta-feira, maio 20, 2010

O enxota-moscas

Sócrates e os seus incompetentes governantes tiveram a «brilhante» ideia de aplicar o agravamento da taxa do IRS, na função pública, JÁ EM JUNHO.
Contrariando o que Sócrates tinha dito uns dias antes, que o agravamento «seria» apenas em Julho.
Mas, o que «querem o mundo muda» e o pinóquio mente!!!
Cretinice.
Já o Camões dizia que o mundo é composto de mudança, mas só que a mudança camoniana nunca mais chega, infelizmente.
Incompetentes, incompetentes estes governantes mas, quando se trata de lixar a vida aos portugueses, sabem com fazê-lo.
A aplicação do agravamento da taxa do IRS em Junho tem a ver com o facto de ser nesse mês que grande parte dos funcionários públicos recebem o subsídio de férias(!!).
Logo, sofrendo desde já o agravamento, no ordenado, muitos AINDA não se apercebem do «tombo» que vai ser.
Livraram-se os portugueses da retroactividade do agravamento. Pois o incompetente secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques, disse, alto e bom som, que as taxas de agravamento de 1% e 1,5% se aplicariam a todo o rendimento de 2010.
Esqueceu-se, o incompetente, que não pode existir retroactividade nas taxas do IRS.
Pois é, incompetência.
Assim, com toda esta antecipação feita pelo governo, toda a Função Pública, que recebe o subsídio nesse mês  escaparia ao agravamento da taxa de IRS se ela só entrasse em vigor a 1 de Julho, como outros aumentos de impostos, onde se inclui o IVA.
A antecipação num mês da entrada em vigor da nova taxa de IRS está dentro do acordo com o PSD, acrescente-se.
Assim, quando o vencimento de Junho já tiver o agravamento do IRS e bem como o subsídio de férias, muitos portugueses até nem vão achar grande o agravamento.
Só que....a almofada é o subsídio de férias.
E depois?
Bem depois, há-de vir o campeonato do Mundo e a selecção para fazer esquecer o custo de vida e as reduções nos vencimentos.
Só anestesia para fazer esquecer tudo.
Só Fátima, Futebol e Folclore, ou sejam, as festas e arraiais de Verão.
Só pimbalhada!!!
Arrota pelintra!!

A notícia do ano


Sócrates assumiu-se.........amigo de Rui Pedro Soares!!
Não há fogo sem lume.

O despesismo

Todos nós sabemos e reconhecemos o despesismo que prolifera a nível do poder central, mas também ao nivel de institutos, fundações, direcções mesmo ao nível dos vários poderes, centrais e locais.
Ninguém é responsabilizado pelo que quer que seja.
Impunemente directores, gerais ou limitados, presidentes, administradores, locatários, rendeiros, morgados, lacaios de toda a espécie e criados esbanjam como querem e muito bem lhes apetece.
Agora «não há dinheiro»!!!
É a frase que se ouve.
E, infelizmente já começa a faltar onde mais é necessário na SAÚDE.
Leram bem?
NA SAÚDE!!!
Urgências estão em risco de fechar ou perder qualidade.[Aqui]
Pois é, agora nem com desculpas lá vamos.
A miséria está para ficar.
Não será só por dois ou três anos.
Será para muito mais.
Gerações e gerações irão pagar o despesismo desta gente sem escrúpulos que esbanjou TUDO e, pior, que desbaratou o que não lhes pertencia.
Mas se não lhes pertencia e APENAS eram obrigados a gerir os recursos e não os geriram BEM, pergunta-se, não será da mais elementar JUSTIÇA ( se é que ainda existe tal coisa) pedir-lhes CONTAS??
Serem JULGADOS POR CRIME DE ABUSO DE PODER.
QUANDO?
Abre a pestana meu povo!!!

Carta Aberta a um qualquer agiota

«Exmos. Senhores Administradores do BES, ou outro qualquer agiota

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. Rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os senhores e todos os usuários pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer outro produto adquirido (um pão, um remédio, uns litro de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.

Que tal?

Pois, ontem saí do BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.

Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como todo e qualquer outro serviço. Além disso impõe-se taxas de. Uma 'taxa de acesso ao pão', outra 'taxa por guardar pão quente' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.
Financiei um carro, ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobram-me preços de mercado, assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.
Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.
Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobram-me uma 'taxa de abertura de crédito'-equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao pão', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar
Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobram-me uma 'taxa de abertura de conta'.
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura de padaria', pois só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.
Antigamente os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como 'Papagaios'. Para gerir o 'papagaio', alguns gerentes sem escrúpulos cobravam 'por fora', o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos. Agora, ao contrário de 'por fora' temos muitos 'por dentro'.
Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR 'para manutenção da conta' - semelhante àquela 'taxa de existência da padaria na esquina da rua'.
A surpresa não acabou. Descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quente'.
Mas os senhores são insaciáveis.
A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de v/. Banco.
Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois de eu pagar as taxas correspondentes talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc., etc., etc. e que apesar de lamentarem muito e de nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto pela lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal. Sei disso, como sei também que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.
Sei que são legais, mas também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma. »
Agiotas de todo o mundo uni-vos, a vossa hora chegou!!!