segunda-feira, novembro 09, 2009

Jornalismo de sarjeta

Quando um qualquer Alípio Severo de Noronha Abranhos, mais conhecido por Conde de Abranhos, chega a ministro da Marinha, sem nunca ter entrado num barco, nem numa barcaça, ou é «considerado» arguido de uma qualquer «peixeirada» eis que, os jornalistas de sarjeta iniciam uma crónica sobre a vida e obra do Conde.

Ei-los, a partirem para as mais estranhas e recônditas terras deste País à procura da vida e obra feita do tal Conde, Marquês e principalmente maltês.
A crónica inicia-se numa qualquer aldeia, que por acaso até se chama Vilar de Ossos. A terra de nascimento do maltês e, onde se entrevista a tia, o primo, a sogra e a vendedora de hortelã pimenta para as dores dos calos.
Toda a gentinha diz bem do «menino». Uma crónica tirada das cartas da Maria.
Simpático, esperto e... maltês.
Subiu a pulso!!!
Com que pulso?
De caixeiro de peúgas virou balconista numa dependência da Caixa Geral de Depósitos.
Depois, porque os voos que se advinham eram altos e lá pela terrinha só havia o pombal do tio Joaquim Alcagoitas, cujas pombas não davam para sair para lado nenhum.
Lá vai o maltês para a capital.
Despedi-me das ovelhas
Do meu cão das casas velhas
Do lugar onde nasci, AI,AI,AI,
Não me importo ir á pesqueiro
Que o meu sonho é ser banqueiro.
Adeus oh terra,
Adeus linda serra de neve a brilhar
Adeus aldeia, que levo na ideia
Não mais cá voltar
Diz que a sorte é das pessoas, sempre ouvi
Vem do nome que elas têm AI, AI, AI.
Chegado a Lisboa vai de entrar para a Universidade Nova de Lisboa.
Curso? Não, recurso comer à borla na cantina.
Mas de borgas se faz a vida do maltês.
Salta da UNL e, em 2004, antes de ter qualquer licenciatura, obteve um diploma de Pós-Graduação em Gestão Empresarial no ISCTE.
Perceberam?
É assim, sem qualquer licenciatura.......
Mais tarde obteve o diploma de licenciatura no Curso de Relações Internacionais na agora defunta Universidade Independente, a mesma da licenciatura do «amigo» Sócrates.
Três dias antes da «conclusão» da licenciatura, o maltês era nomeado para a Administração da Caixa Geral de Depósitos, cargo que deixou de exercer para assumir a presidência do Banco Comercial Português, quando a maçonaria resolve «deitar a mão» à opus dei.
Protagonizou, a mais insólita promoção já alguma vez vista em todo o mundo. Não estando ao serviço da Caixa Geral de Depósitos, «foi promovido» no banco público ao escalão máximo de vencimento, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma.
Perceberam?
Esta é a subida a pulso, do maltês de Vilar de Ossos.
Quando voltarem a fazer notícias sobre algum maltês, contem a vida TODA.
Não bastam os salamaleques e bajulações, de plástico, dos parentes e correligionários da terrinha.