sábado, outubro 17, 2009

Mais um dia no resto dos tristes e pobres dias do País

A vergonha dos piolhos não é nenhuma.
Continuam a assobiar para o lado, como se nada se passasse.
18 em cada 100 portugueses são pobres e o desemprego é uma das principais causas de pobreza no país.
Este sábado, dizem que é o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
Dizem porque assim o querem, para que seja tema de publicidade enganosa.
Só isso.
O resto é miséria e escombros.
A AMI e a Rede Europeia Anti-Pobreza dizem que a pobreza se está a agravar e as estatísticas confirmam este agravamento.
Segundo a Assistência Médica Internacional (AMI), os seus centros Porta Amiga apoiaram no primeiro semestre deste ano mais 10 por cento de pessoas do que no mesmo período do ano anterior.
Leram bem?
Pois é escumalha, é fartar que o tempo está de colheita.
"Estes valores demonstram uma nítida tendência para um crescente número de casos de pobreza persistente. A grande maioria destas pessoas encontra-se em plena idade activa, entre os 21 e os 59 anos de idade", pode ler-se num comunicado da AMI.
Além disso, a AMI destaca que há cada vez mais novos casos de pobreza.
No primeiro semestre deste ano "foram 1836 as pessoas que recorreram pela primeira vez ao apoio social da AMI, mais 24 por cento do que no mesmo período no ano anterior".
“O número europeu que serve de referência para definir a pobreza equivale a um vencimento mínimo mensal de 406 euros mensais. Quem tiver um rendimento inferior a 406 euros é pobre”, disse à Lusa Agostinho Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (REAP).
Num comunicado, a REAP sublinha que “os idosos e as crianças e jovens são os grupos etários com maior taxa de risco de pobreza em Portugal. A “vulnerabilidade à situação de pobreza” é de 26 por cento para os idosos e de 21 por cento para pessoas com menos de 17 anos, indica.
A mesma instituição destaca a desigualdade em matéria da distribuição de rendimento como um dos principais problemas: "Em 2008, 20 por cento da população com maior rendimento recebia aproximadamente 6,1 vezes o rendimento dos 20 por cento da população com o rendimento mais baixo”.
Perceberam ou querem que explique mais seus asnos.
Por outro lado, a REAP recorda, citando dados do Instituto Nacional de Estatística, que no segundo trimestre de 2009, a taxa de desemprego foi de 9,1 por cento, um valor que, comparativamente ao mesmo período do ano passado, aumentou 1,8 pontos percentuais.
Já agora, sabiam que 2010 será o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social?
Mais uns quantos discursos, de circunstância, aparecerão nos escaparates e nos salões da burguesia podre e decadente.
Pulhice de piolhos que tudo querem e para quem os tachos ainda são poucos.
Os outros?
Que se danem, pois então!!