sábado, agosto 29, 2009

Em nome da VERDADE

Cá por terras da Ribeirinha vai-se fazendo a apologia da campanha de um candidato à Câmara, pelo simples facto de se considerar que os recursos utilizados são vanguardistas - a obamania, no seu pior; ou terá alguma coisa a ver com o VanGuarda???
Usa-se e abusa-se do Twiter, do Hi5, de um espaço de propaganda pessoal através da internet, páginas, blogs e tudo o mais que possa impressionar a populaça.
A moda da Obamania pegou de estaca, ou melhor serve para escamotear os problemas.
A esta obamania, sem precedentes nas campanhas locais, só funciona pela suspensão da razão e do espírito crítico. O resultado de tudo isto é um culto de personalidade. Os cultos de personalidade procuram as qualidades do líder, quando as há ou inventam-se, em muitos casos e menorizam o papel das instituições. Os cidadãos, em vez de controlarem os governantes, colocam-se à disposição da vontade de um líder supostamente providencial, bacoco e parco em ideias.
Grande parte dos apoiantes desta obamania estão condenados à desilusão, não apenas porque suscitam esperanças contraditórias entre si, mas sobretudo porque a desilusão chega depressa. Os períodos de ilusão em relação aos políticos que usam e abusam do culto da personalidade são seguidos por períodos de desilusão em relação aos mesmos políticos quando estes chegam ao poder; exemplos não faltam, quer no poder central quer no local. Apesar de este ciclo ser conhecido e normal, a população parece ter uma capacidade infinita de se voltar a iludir. A crença de que estamos perante um momento único e histórico que vai mudar as nossas vidas repete-se a cada 4 anos. É uma crença que passa depressa.
Mas, os métodos, processos, manhas e retóricas já começaram durante a governação e foram sendo utilizados para convencer os incautos cidadãos.
O exemplo, aliás vem do amigo Sócrates.
Propaganda e mais propaganda.
Só e mais nada!!!
O resto, ou seja o conteúdo programático, as ideias e soluções para proporcionar ao concelho um desenvolvimento sustentável, não existe.
Existem, isso sim, foguetes, festas, música pimba e muitas romarias ao padroeiro das rameiras, dos pedantes e dos proxenetas do costume.
Já há quatro anos, o vazio das ideias foi confrangedor.
Nem um programa existiu.
Nem uma linha sobre como resolver a falta de saneamento de muitas freguesias; nem uma linha sobre a qualidade da água que nos obrigam a consumir e a pagar a preços exorbitantes. Os preços subiram todos os anos, lembram-se? E que dizer da tal PLIE ( Propaganda Leviana de Imbecis Embusteiros)? E a ETAR e todas as estações elevatórias que trazem cheiro nauseabundo e pestilento à cidade e às freguesias? E a circulação de pessoas e bens a fazer-se por caminhos degradados? E a mobilidade tão propagandeada e NADA REALIZADA? E a jóia da coroa, o parque megalómano, idealizado por um novo rico mas que está em total abandono e sendo foco de verdadeiro atentado à saúde pública, sem capacidade de resposta para o manter por parte da autarquia; se nem o antigo parque municipal merece atenção que dizer de dois? E os sucessivos atentados à memória colectiva de um povo, com mais de 800 anos de HISTÓRIA? E as parcerias público-privadas que os donos do poder vão privilegiando, oferecendo-lhes o património que é dos cidadãos a troco de..... vá lá saber-se do quê? E a falta de transparência de todos os actos públicos? Dos inquéritos que se recusaram a aceitar; das audições, em sede de assembleia municipal, a que se foram escusando a coberto de falsos enquadramentos regimentais; tudo a Bem da Nação, claro!!! E o aumento exorbitante da dívida municipal, hipotecando desta forma o futuro dos nossos filhos? E o projecto para toda a área envolvente da barragem do caldeirão? E a asfixia económico-financeira das freguesias, das instituições culturais, recreativas e sociais? E o aumento do IMI? E o PDM que é alterado, pontualmente, sempre que uns certos interesses vão aparecendo? E o aumento dos ATL´s? E o apoio social que a Câmara devia proporcionar às famílias mais carenciadas? E a solidariedade para com as dezenas de empresas que foram encerrando, atirando para o parco subsídio de desemprego dezenas e dezenas de trabalhadores? E a solidariedade dos deputados municipais do PS à luta dos professores? Escudaram-se e esconderam-se com MEDO do pequeno chefe!!
E o tão prometido hospital «NOVO»??? Novo só por ter «ampliação» e depois se verá se terá «REMODELAÇÃO». MENTIROSOS.
Onde estiveram estes papagaios quando foi a campanha pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez? Esconderam-se nas tocas como toupeiras com medinho do arcebispado, no politicamente correcto. ESCAROSOS BUFOS!!!
Perguntem a estes falsos pagadores de promessas, de onde lhes vem o dinheiro para a propaganda que sufoca o concelho. Perguntem-lhes!!!
Depois das eleições surgirão os cobradores das avenças. Que ninguém duvide. Mas, dessas cobranças poucos falarão ou os que ousarem falar serão queimados vivos na fogueira do arraial e, o nome deles ficará para sempre no Índex dos excomungados.
Por nós NUNCA CALAREMOS. NEM NOS VENDEMOS POR JANTARES E MUITO MENOS USURPAREMOS O QUE É PÚBLICO E QUE CUSTA A GANHAR E, PRICIPALMENTE, A PAGAR.
PERCEBEM OU QUEREM UM DESENHO???
Ou será antes: « O senhor Presidente tem a honra de convidar V.ª Ex.ª para um Jantar/Almoço......(riscar o que não interessa)!!!».
Avenças, pois então!!!

A farsa

O n.º 2 do PSD para o círculo da Europa é acusado, por emigrantes portugueses na Alemanha, de os ter burlado com um esquema de aplicações financeiras e generosas taxas de juro, que terminou em falências e perda do dinheiro investido, segundo conta um semanário.
Onde é que já vimos este filme?
Santos Ferreira, o tal n.º 2, terá chegado a invocar a imunidade parlamentar para atrasar a sua audição pelas autoridades alemãs, quando é apenas deputado suplente na actual legislatura.
Na anterior, substituiu por alguns meses, em 2004, o cabeça-de-lista do círculo da Europa.
Em declarações ao semanário que denuncia tal embuste, Stephanie Muller-Bromley, advogada de quatro famílias de emigrantes lesadas, confirmou que apresentou queixa no MP de Munster e Osnabruck, em 2006, contra Santos Ferreira e o Bausparkasse Mainz (BKM) – caixa mutualista alemã virada para o mercado imobiliário, onde este é director comercial.
Afinal há mais Preto, Pina Moura e outros exemplares afins na carruagem, lá isso há!!!
A Bem da Nação, então pois!!!

A Fraude do século

Segundo notícia publicada esta semana, num semanário, a polícia judiciária terá descoberto, por acaso, três dossiers sobre o caso dos negócios do BPN, na casa de banho, na privada, da casa de Dias Loureiro.
Segundo consta, os dossiers estavam «escondidos» na casa de banho do ex-administrador, ex-conselheiro de estado, ex-ministro de Cavaco.
Isso mesmo na casa de banho, o «local» escolhido para guardar os dossiers.
Pergunta-se: será que o conteúdo dos dossiers é leitura de wc? ou será antes leitura de caca?
Imagine-se o mau «cheiro» que tais dossiers devem exalar!!!
Exige-se que se publique JÁ o conteúdo dos dossiers, para alivio dos péssimos odores de que estão impregnados.
É que com tanta aldrabice e roubo só mesmo uma chuva de caca poderá lavar esta «gentinha».
Mãos limpas, então não é???

segunda-feira, agosto 17, 2009

Ladroagem


Portugal continua com combustíveis mais caros.

Os ladrões continuam a gamar o dinheiro aos portugueses, com a complacência do Sócrates e do (des)governo.

O estudo da Autoridade da Concorrência sobre a evolução dos preços dos combustíveis em 2009 diz que Portugal ocupa o nono e o sexto lugares na UE no que respeita aos preços antes de impostos da gasolina s/ chumbo 95 e do gasóleo.
Depois da subida recorde de 2008, no primeiro trimestre deste ano os preços dos combustíveis à saída da refinaria caíram mais de 30%, mas na bomba a queda rondou apenas os 20%.

Quem anda a «governar-se» com esta mentira dos combustíveis?
Embuste vergonhoso.
Mais um!!!

quinta-feira, agosto 13, 2009

MENTIROSO

Quando um primeiro-ministro vem com a desfaçatez que já o caracteriza, anunciar que uns míseros 0,3% de variação no PIB são sinais de viragem, CHAMA-SE A ISTO MENTIR.
O Produto Interno Bruto no 2º trimestre de 2009 registou uma variação de 0,3% face ao trimestre precedente.

Sócrates aproveitou as estatísticas do INE para falar de “sinais de viragem da economia”, mas foi ainda obrigado a reconhecer que “isto não é o fim da crise”.

Só que as décimas não alteram a profunda crise económica e social que permanece e lembrou os números do desemprego que continuam a subir.
A Estimativa Rápida do Produto Interno Bruto (PIB) aponta para uma diminuição de 3,7% em volume no 2º trimestre de 2009 face ao período homólogo.
Mas, segundo os dados do INE, o PIB cresceu no segundo trimestre de 2009 0,3%.
Este ligeiro recuo na queda do crescimento da economia não altera o quadro geral de profunda crise que o país ainda vive, não são estas três décimas que vêm alterar este quadro.
A bisca lambida não quer dizer NADA.
Muito menos é o fim da crise, NEM o princípio do fim da crise.
Não é NADA.
Quer dizer, é tão só poeira para os olhos dos portugueses.
A luz que «alguns» bacocos e carneiros de serviço imaginam ver ao fundo do túnel é outro comboio em sentido contrário e não o fim do túnel.
Dados animadores, diz o Sócrates.
Mas que animação???
Alguma «pimbalhada» de arraial de aldeia.
A época é de animação, pois então.
De pimba para a caça ao voto.
Quem não vos conhece que vos ature!!!

E estes não são portugueses?

O número de desempregados sem direito a qualquer apoio do Estado está a crescer ao dobro do ritmo do desemprego.

Em Maio registou-se uma subida de 53% em comparação com o ano anterior, mesmo sem contar com os jovens à procura do primeiro emprego.
Os dados do governo mostram que esse aumento começou três meses antes da subida acentuada do desemprego.
Na análise aos números do Ministério do Trabalho, o jornal Público confirma que a desprotecção dos desempregados não é uma consequência da explosão do desemprego que se deu em Outubro de 2008, tendo começado em Maio do ano passado.
Segundo o jornal, só posteriormente é que a falta de apoio começou a afectar os desempregados que então tinham direito a subsídio.
Dos 98 mil desempregados sem apoio social (número que excluía os 30 mil jovens à procura do primeiro emprego) nos primeiros cinco meses de 2008, passou-se para 138 mil no mesmo período deste ano.
Ou seja, os desempregados sem protecção passaram de 24,6% para 29% do universo contabilizado pelo governo, tendo no mesmo período diminuído o peso dos beneficiários de subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego.


A desprotecção social dos desempregados está associada à precariedade que marca as vidas de boa parte dos trabalhadores.


Sem acesso a contratos que permitam prazos prolongados de descontos, o trabalhador dispensado pela empresa vê-se impedido de aceder ao subsídio de desemprego.


A generalização dos contratos a prazo e dos falsos recibos verdes permitem que o Estado continue a fugir às suas obrigações, uma vez que do ponto de vista legal esses trabalhadores são excluídos do apoio quando se inscrevem no centro de emprego.


As medidas de protecção aos desempregados foram propostas e discutidas na Assembleia da República na recta final da legislatura, tendo o governo e o PS chumbado todas as propostas, como o alargamento da abrangência e dos prazos dos apoios sociais às vítimas do desemprego.


Este partido que se diz «partido dos trabalhadores» é assim que trata os desempregados?


Ou seja, portugueses de 1.ª uns, os gestores dos tachos e, os outros portugueses de 2.ª.
Miserabilistas!!!
Merecem que votem neles?
Neles de lá e nos de cá?
NUNCA!!!

quarta-feira, agosto 12, 2009

Demissões a pedido!!


A direcção do Centro Distrital de Segurança Social da Guarda apresentou a demissão ao ministro da tutela, soube-se na semana passada.
Até aqui nada se estranha!!!
Apenas, mais uma demissão.
Agora, os motivos por que Pires Veiga, director, e Rita Cunha Mendes, directora-adjunta, puseram o lugar à disposição através de «carta» enviada ao ministro Vieira da Silva, o das eleições do PS, é que não são, para já conhecidos..
Mais estranho é ainda o facto dos «ilustres» directores terem sido reconduzidos nos cargos, há alguns meses atrás, com a renovação de uma comissão de serviço de três anos.

Estranho!!!
Ou será que haverá uma ou três razões para a demissão?
1.ª - os digníssimos directores terão saído para a ascensão do actual líder da federação socialista do distrito da Guarda, José Albano?
O tal que não ficou NADA satisfeito com a despromoção do «chefe» Sócrates que, o «passou» para segundo da lista às legislativas no distrito da Guarda, em troca com o pára-quedista Francisco Assis que vem do Porto para a Guarda a mando e a trote no cavalo branco!!!
Troca por troca, ou seja, melhor um pássaro na mão do que dois a voar!!!
2.ª - a outra hipótese, muito comentada por terras da Ribeirinha, é que o «padrinho» terá esticado a corda dos NÃO pagamentos à Segurança Social por parte de um afilhado, de uma junta de freguesia e, Veiga já não podia «esconder» por mais tempo tais aldrabices.
Verdade?
3.ª - Por último, e como dizem os inglês, «the last but not the least», a «saída» do casal de directores terá única e exclusivamente a ver com mais umas promoções pessoais além fronteiras, ou seja, viagens para a capital do capital do reino.
Será???
Esclareçam!!!
Ou será que a novela nunca terá fim e transformar-se-á numa mera peça de teatro da comédia de cordel?
O tempo o dirá!!!

terça-feira, agosto 11, 2009

Importa-se de repetir?

É bom ter memória.
Ou será que NÃO???

segunda-feira, agosto 10, 2009

Ferreira Leite apresenta programa do PSD

Candidata a 1.ª ministra?
Será?

sexta-feira, agosto 07, 2009

A bolha tóxica

À cidade da Guarda já chegaram os tempos de aplaudir de pé todo o anúncio de obra, por mais estapafúrdia que seja. Em tempos de crise e, principalmente, em época de pesca – ao voto - o preenchimento de espaços em branco, voltam a ser tema de propaganda. O aplauso, com ambas as mãos mas, na maioria das vezes com o sinal da subserviência, bacoca e parola, própria dos que a tudo estão dispostos para se banquetearem no repasto dos dinheiros públicos e, das promessas de emprego, agudizando-se na consciência dos contrastes do anúncio de desenvolvimento e, principalmente, na acção cívica dos cidadãos.
Depois, surge o medo, que se instala como se de uma da pandemia se tratasse.
Medo de denunciar; medo de dizer; medo de fazer; medo de participar.
O medo instalou-se, definitivamente, nas consciências, atitudes e actos de muitos cidadãos do concelho da Guarda. Mas, também, obriga a que outros, quando necessitados, se obriguem a prestar vassalagem ao reizinho; se obriguem a estender a mão como se de uma caridadezinha se tratasse, e não do direito a que cada um ou a cada instituição lhe assiste de receber o que lhe é devido.
O futuro conjuga-se com o tempo e o modo do verbo amordaçar. É um presente de indicativo, imposto mas, de todo, um futuro com um indicativo na hipoteca de duas ou mais gerações. Será legítimo condenar, as gerações futuras, às patéticas opções de despesismo dos senhores do poder de hoje?
Vergonhoso!
Como disse António Sérgio, importa abrir as largas avenidas da discussão, num tempo dominado pela moda do acervo do quero, posso e mando.
Só que as avenidas que se abrem nada têm a ver com a discussão aberta das ideias mas, cada vez mais, com os interesses, dos mais variados campos e índoles tão díspares que vão desde os urbanísticos, financeiros, da saúde, da educação, da justiça todos eles corrosivos e tóxicos. Assiste-se à ofensiva ideológica quer da direita e, noutros casos, à troca de roupagens de um passado bem presente, como se nada tivesse acontecido, contra as metas sociais, por enquanto, ainda só consagradas na Constituição da República Portuguesa.
São os exemplos de sempre, de uma linhagem do poder central, complementados, alinhados e projectados numa maioria de mais de trinta anos na Câmara da Guarda.
Esquecem-se de dizer, nos ad eternum anúncios, que o futuro não se compadece com práticas com cheiro a naftalina, usadas e gastas. Essas, felizmente, pertencem anímica e funcionalmente ao domínio degradado do arqueológico, por mais revisitado e tentado, nas mais variadas roupagens.
Em travessão duplo no modal discurso da retórica da inoperância, salta apenas aos olhos os tempos da campanha, para quem ainda quer morder este podre engodo.
Neste tempo, era premente que todos os cidadãos dessem o seu contributo à discussão do futuro do concelho. Como disse Antero de Quental não se pode viver sem ideias, assim também o pensamos.
Ideias que possibilitem a renovação da democracia com debate ideológico que perspective um futuro diferente para o concelho. Sem ameias nem amarras às concepções e interesses de alguns em prejuízo de muitos.
Que se devolva a cidade aos Guardenses. Que se possibilite a cada cidadão a ter ideias sobre o seu bairro, a sua avenida, a sua cidade. Uma cidade, uma praça, um bairro também educam. Que o orçamento da Câmara seja participativo, aberto à discussão dos cidadãos e não elaborado nos gabinetes onde os interesses individuais e corporativos determinam a vida das pessoas. Que haja rigor e transparência em todos os actos camarários, combatendo de uma vez por todas a especulação, corrupção, concursos feitos à medida das entradas pela porta do cavalo ou da égua.
Que se respeite, com a devida dignidade uma HISTÓRIA de mais de oito séculos. Que se acabem com os vergonhosos atentados ao património cultural, histórico e humano. Que se veja em qualquer cidadão não um número mas um ser humano, com direitos, principalmente o da sua inclusão social, independentemente da sua cor da pele, estrato social, opção política, religiosa ou sexual.
Como temos memória, lembramo-nos das promessas não cumpridas e dos projectos e metas não alcançadas, por inoperância, inércia e inépcia instalados. Mas, também lembramos o muito que foi mal feito e prejudicou, irremediavelmente, nalguns casos, a vida dos Guardenses. A mediatização do acto eleitoral antecede, no discurso directo, o invocar do interesse público: «graves problemas de degradação, desadequação estrutural e organizacional e deficiências de construção as quais exigem uma intervenção profunda e imediata». Claro que sim!! Só que a solução não é nem NUNCA poderá ser a delapidação do que é público. Isso NUNCA!!!
Houve alguém que definiu o mérito associado a insectos que se fingem mortos, para não fazerem nada em “demasia”.
Começamos a ser assíduos de um sentimento de aversão ao timbre arcaico, que pesa no fatalismo da interioridade. Começamos a ser assíduos de um sentimento de revolta contra esta coisa barulhenta e esganiçada do oblíquo anúncio cheio de brilho e descaradamente paralisante e estéril que abruptamente nos conduz ao precipício.
Basta!

(artigo publicado no jornal «O Interior», a 6 de Agosto 2009)

domingo, agosto 02, 2009

A fraude do século

A SLN - sociedade detentora do Banco Português de Negócios - vendia acções suas a alguns "amigos" para depois as comprar mais caras aos mesmos "amigos", garantindo, logo no início do negócio, "um lucro chorudo e sem qualquer risco".
Ao que tudo indica, Cavaco Silva foi um dos "amigos" beneficiados.

A principal novidade prende-se com o esquema da compra e venda de acções da SLN, que garantia a alguns accionistas a recompra a prazo das suas acções com uma mais valia fixada logo no início do negócio. As acções eram compradas à SLN e novamente vendidas à mesma SLN por um preço superior ao da compra.

De acordo com um accionista as condições eram "receber o capital investido acrescido de um rendimento líquido nunca inferior a 5%, livre de impostos, contabilizado desde 28/06/2006 [dia da compra] até ao dia da venda, sem qualquer penalização".

"Este negócio garantia aos accionistas um lucro chorudo e sem qualquer risco, obviamente remunerado com taxas superiores às praticadas à época noutras aplicações financeiras."

Cavaco Silva esteve envolvido
Este esquema era reservado a "amigos", ou seja, apenas a alguns administradores, accionistas ou clientes.
Cavaco Silva e a sua filha estiveram envolvidos.
Em carta de 2003 à SLN, Cavaco «ordenou» a venda das suas acções, no que foi imitado pela filha, em cartas separadas endereçadas ao então presidente da administração da SLN, José Oliveira Costa. Este determinou que as 255.018 acções detidas por ambos fossem vendidas à SLN Valor, a maior accionista da SLN, na qual participam os maiores accionistas individuais desta empresa, entre os quais o próprio Oliveira Costa.
Da venda resultaram 72 mil contos de mais valias para ambos.
Cavaco não podia «ordenar» a venda das acções (porque não eram transaccionáveis na bolsa), mas apenas dizer que as queria vender, se aparecesse algum comprador para elas. Mas o comprador apareceu, disposto a pagar 1 euro e 40 cêntimos de mais valia por cada acção detida pela família Cavaco, quando as acções nem cotação tinham no mercado."

Face a todo este regabofe pergunta-se:
"Como as acções da SLN não eram transaccionadas na bolsa, a quem é que foram compradas? À própria SLN? A algum accionista? Como é que foi fixado o preço de 1 euro por acção ? E porque quis a SLN Valor recomprar as acções? Porque tinha poucas? E como fixou a SLN valor o preço da recompra, com uma taxa de lucro bruto para o vendedor de 140% em dois anos? Que terá acontecido entre 2001 e 2003 para as acções da empresa terem «valorizado» 140 %?"

Quem responde??
O vitinho, o dono do Banco de Portugal, senhor todo-poderoso, saberá a resposta?
Como é o último a saber de tudo, desconfia-se.....

Venham mais cinco

Venham mais cinco, duma assentada que eu pago já
Do branco ou tinto, se o velho estica eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no a andar
De espada à cinta, já crê que é rei d’aquém e além-mar
Não me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar
A gente ajuda, havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira, deitar abaixo
O que eu levantei
A bucha é dura, mais dura é a razão
Que a sustem só nesta rusga
Não há lugar prós filhos da mãe
Não me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam, bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra, quem trepa
No coqueiro é o rei
A bucha é dura, mais dura é a razão
Que a sustem só nesta rusga
Não há lugar prós filhos da mãe
Não me obriguem a vir para a rua
Gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa
E zarpar

Zeca Afonso nasceu há 80 anos

José Afonso, uma das mais importantes figuras da música portuguesa, faria 80 anos hoje, domingo, mas morreu em 1987, em Setúbal, cidade derradeira de um percurso que tinha começado em 1929, em Aveiro, onde nasceu.
Com a música e o ensino, José Afonso traçou um mapa geográfico pessoal, de Faro a Coimbra, de Belmonte a Setúbal, com ponto de partida em Aveiro e passagem marcante por África.
Durante a década de 30, fez os primeiros estudos em África, um continente que lhe marcou o rumo dos passos anos depois, quando, em meados de 1960, deu aulas em Moçambique. Em 1940, com 11 anos, rumou a Coimbra, cidade epicentro da adolescência e palco das serenatas, no Orfeão e na Tuna Académica.
Ainda a concluir o curso na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, dedica-se à docência, a partir de finais dos anos 50, quase com 30 anos, num percurso nómada em escolas de norte a sul. Aos alunos ensinava História e Geografia, mas sobretudo vivência para que fossem pessoas e tivessem espírito crítico.
Já aí repartia o tempo com a composição, com a edição dos primeiros discos de fados e baladas de Coimbra e digressões com a Tuna Académica.
Teve uma passagem breve por Moçambique entre 1964 e 1967, onde deu aulas e fez, como admitiu, o seu baptismo político quando se vivia já a guerra colonial.
Esgotado com o cenário de conflito, voltou a Portugal em 1967. Tinha três filhos e foi colocado como professor em Setúbal.
É em finais dos anos 60, em pleno marcelismo, que José Afonso intensifica o trabalho na música e o activismo político. Depois de ter sido expulso do ensino oficial, desdobra-se em gravações e em concertos, muitos deles proibidos pela PIDE, a Polícia política.
Entre 1971 e 1974, assiste ao estertor do Estado Novo e à Revolução de Abril. Lança discos como "Cantigas do Maio", "Venham mais cinco" e "Coro dos tribunais", que o fazem trovador entre os cantores portugueses.
"Grândola Vila Morena", a senha do Movimento das Forças Armadas para a Revolução do 25 de Abril de 1974, inspirou-se numa breve passagem do cantor por aquela localidade alentejana.
Em 1983, com 54 anos e um longo percurso na música de intervenção e de inspiração tradicional e popular, José Afonso é reintegrado no ensino oficial e destacado para Azeitão, em Setúbal. Um ano antes, tinha-lhe sido diagnosticada esclerose lateral amiotrófica, fatal em 1987. Morreu a 23 de Fevereiro, em Setúbal.

sábado, agosto 01, 2009

O reizinho vai nu

Valente, o actual presidente da Cãmara da Guarda e candidato pelo PS, é o exemplo acabado do discurso ébrio de Sócrates.
Prepotente, arrogante, distribuidor de tachos pelos «amigos» e «camaradas».
Aliás, não sabemos mesmo se haverá no País quem melhor soube interpretar a «glória vã» do posso, quero e mando do Sócrates como o fez e faz Valente.
Mas valente só mesmo no nome. No resto, continuou a senda patética das maiorias socialistas na Câmara da Guarda.
Endividamentos e mais endividamentos, já somam cerca de 60 milhões!
Ou seja, cada guardense já deve, mais de 1 250€!!!
Tachos e mais tachos. Festas e inaugurações para gáudio dos acólitos apoiantes.
A bebedeira faz-se com as finanças públicas.
Mas, o reizinho insiste em chamar-lhe «sua», ou seja, «o senhor presidente tem a honra de convidar.....»!!
Mas convida com o dinheiro dos outros.
Mude-se, , a semântica do estafado discurso, bacoco, estapafúrdio, parolo e sebento.
Aquilo que este rei, dito de valente, sabe fazer é impor o MEDO entre todos quantos o vão bajulando.
Quem ousa discordar ou confrontar tem, de imediato, uma corja de jagunços a ameaçar.
Os tentáculos do poder do reizinho são mais que muitos.
Dizem, os que à mesa comem do repasto camarário e os potenciais comensais que o reizinho tem reconhecida idoneidade e competência.
Claro que tem.
Então quem foi que não permitiu que se conhecesse a origem das casas do «amigalhaço» Sócrates?
Quem foi que impediu que se ouvisse, em sede de Assembleia Municipal, o «afastado» engenheiro do urbanismo?
Quem sucessivamente vem adiando a entrega às freguesias dos dinheiros que lhe são devidos?
Quem adiou a revisão do PDM?
Quem prometeu 3000 empregos e NADA cumpriu?
Quem entregou ao privado terrenos e áreas da propriedade do público?
Quem celebrou parcerias público-privadas que beneficiaram os privados em detrimento do público?
Quem deixou construir, a um empreiteiro, dos da idoneidade, uma vivenda com piscina dentro das muralhas da cidade, no centro (ainda) histórico?
Quem NUNCA publicitou as contas do POLIS?
Quem mentiu acerca das empresas a instalar na designada (por eles) «âncora» da PLIE?
Quem aumentou estrondosamente a dívida municipal?
Quem aumentou os impostos municipais, taxas e as várias tarifas, nomeadamente, a da água, do IMI sendo, orgulhosamente dos mais caros de Portugal?
O exemplo veio mais uma vez do «amigalhaço» Sócrates.
Mas, ao nível da propaganda também só Sócrates ganha a estes putativos e auto proclamados idóneos municipalistas.
Quem mente sistematicamente nas actas, convocatórias e outros anúncios públicos?
E a degradação dos bairros? Sem espaços verdes sem condições de habitação.
Só que a realidade é bem negra.
Em pleno século XXI existem ainda freguesias, sem água e sem saneamento.
Quem doou ao privado o espaço da central de camionagem e do Mercado Municipal?
Argumenta-se que o concelho da Guarda é o único que não perde população.
Que ignorância.
Não percebem que as sucessivas políticas egocêntricas da capital do concelho, em detrimento da falta de investimentos nas freguesias, obriga os cidadãos a deslocarem-se para a sede do concelho.
INCOMPETENTES!!!
IGNORANTES!!!
Comparem a evolução dos habitantes das freguesias com o aumento da população do concelho e facilmente chegarão a alguma conclusão.
Mentiras, já chegam as do chefe da escumalha.
Pela falta de respeito que têm tido pela associações, clubes e instituições de solidariedade social, com a falta de pagamento do que lhes foi prometido e é devido, por tudo o que foi prometido e não foi feito mas, e principalmente, pelo muito que ainda não foi feito, nas próximas eleições autárquicas, é altura de o povo da Guarda abrir a pestana.
Se, ainda acreditam que é possível um concelho diferente. Com uma gestão de rigor e sem os compadrios dos amigos e pedantes que vegetam em redor do poder público, terá de haver um sentido de voto diferente ao dos últimos 34 anos.
Ou será que só uma queda da cadeira fará mudar o rumo da vida dos guardenses.
Já chegou um, dois já é de mais.
Voto de esquerda, mas de esquerda de confiança.
É que os tão propagandeados corredores do poder e o tráfico de influências já há muito que se transformaram em ilusões e caminhos de carneiros que não levam a NADA, apenas ao pasto do campo onde políticos corruptos se vão saciando com a tomada dos cargos.

Haja dinheiro para eventos desportivos, festas e foguetes, pimbas e outros cartazes de gente muito pouco ou nada recomendável, que assim se enganam uns quantos tolos e cegos políticos.
Não há mesmo diferenças entre Sócrates e Valente.
Aliás, perguntamos mesmo se quem não vota em Sócrates consegue votar neste Valente?
Um e outro são mesmo farinha do mesmo saco.
O reizinho vai mesmo nu.

Novas, mas velhas promessas mentirosas

Depois dos filhos dos 200€ eis que, as «promessas» do Sócrates vão aparecendo a uma velocidade meteórica.
O que andou a fazer este Sócrates, enquanto primeiro-ministro?
A cuidar das casas tipo maison na Guarda???
«Muito me tarda o meu amigo na Guarda!...»!!!
Pois então!!!
Vejam agora o que este Sócrates prometia em 2005 para os professores e o que «promete» agora, em 2009.
Em 2005 Sócrates prometia um processo de avaliação docente que pretendia aumentar a auto-estima dos professores, imaginem ao que se proporá com as promessas de 2009:
(...) Acompanhar e monitorizar a aplicação, pelas escolas, do segundo ciclo de avaliação do desempenho profissional de docentes e, no quadro de negociações com as organizações representativas, garantir o futuro de uma avaliação efectiva, que produza consequências, premeie os melhores desempenhos, se realize nas escolas e incida sobre as diferentes dimensões do trabalho dos professores.
Manifesto Eleitoral de José Sócrates - 2009

Mas, em 2005:
A avaliação do desempenho dos professores (...) deve ser acompanhada por iniciativas que aumentem a motivação e a auto-estima dos professores em função dos resultados obtidos e das boas práticas reconhecidas pelos seus pares.
Manifesto Eleitoral de José Sócrates - 2005

Perceberam???
Depois digam que não os avisaram!!!
Os programas dos partidos são para ler, sabiam???