quarta-feira, julho 22, 2009

Pai já sou arguido, outra vez!!

A investigação do caso BPN resultou na abertura de mais um processo ao ex-conselheiro de Estado e ex-ministro Dias Loureiro.
Depois de ter sido constituído arguido por fraude fiscal, burla e lavagem de dinheiro, o Ministério Público acusa-o agora de corrupção, por ter recebido comissões no âmbito da venda de uma empresa de José Roquette.
O Ministério Público abriu um novo processo contra Manuel Dias Loureiro, ex-administrador do Grupo SLN, no âmbito da investigação do caso BPN.
Dias Loureiro é acusado de recebimento de “luvas” na venda da Plêiade à SLN.
O inquérito em curso acrescenta-se assim a um outro em que Dias Loureiro foi constituído arguido, relativo à compra e venda da empresa porto-riquenha Biometrics, em que é acusado de fraude fiscal, burla agravada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. O crime de corrupção acrescenta-se agora à lista.
Segundo adianta hoje o Diário Económico, o ex-conselheiro de Estado é suspeito de receber comissões no início da década na sequência da venda da empresa de José Roquette.
Dias Loureiro diz(??) ter tido uma participação nessa empresa de 15%.
Será que o ex-ministro de Cavaco ainda se lembra?
O negócio da venda da Plêiade à SLN por 55 milhões de euros terá rendido ao ex-conselheiro de Estado 8,2 milhões de euros.
Era a minha parte no negócio”, disse Dias Loureiro à RTP numa entrevista em Novembro do ano passado.
Mas o Ministério Público não aceita essa justificação para os dinheiros recebidos pelo ex-administrador do grupo SLN/BPN e suspeita que Loureiro nunca foi accionista.
A Plêiade é um grupo dedicado a infraestruturas e energia (com investimentos no Norte de África) que estava nas mãos do empresário José Roquette.
O Diário Económico revela que, segundo testemunhos dados ao Ministério Público, havia sido prometido a Dias Loureiro um lugar na empresa quando saísse do Governo, o que acabou por acontecer em 1995.
Em 2000 a Plêiade é vendida ao grupo SLN. Dias Loureiro diz ter vendido as acções da SLN em 2003, mantendo-se como administrador não executivo até 2005.
Uma fonte judicial citada pelo Diário Económico revelou que as provas das ilegalidades “estão na posse do Ministério Público, após a documentação apreendida durante as buscas realizadas a Dias Loureiro no final da semana passada”.

Ligações perigosas entre poderes!!!
Tudo boa gente, claro!!!