quarta-feira, junho 10, 2009

Professores precários não recebem há três meses

Cerca de mil alunos do ensino básico do concelho de Abrantes estão desde o início do mês sem duas actividades de enriquecimento curricular, por falta de pagamento aos professores.
A autarquia e a empresa que contrata os docentes responsabilizam-se mutuamente.
O Movimento Escola Pública lembra que o governo tem culpas no cartório ao ter privatizado o currículo e promovido a precariedade dos professores.
Os professores abandonaram as aulas de enriquecimento curricular (AEC) nas escolas do 1º Ciclo do concelho de Abrantes porque a empresa que os contratou não paga os salários.
Os docentes eram pagos através de recibos verdes.
O problema está num diferendo entre a Câmara e a empresa Lúdico Ideias, que venceu o concurso das aulas de Educação Física e Expressão Musical.
A vereadora Isilda Jana, do pelouro da Educação na Câmara Municipal de Abrantes, explicou que a situação se deve ao facto de a empresa responsável pelas AEC, a Lúdico Ideias, "não pagar aos professores", mas o seu gerente garantiu que "a Câmara Municipal não transferiu as verbas relativas aos meses de Abril e Maio".
O Governo privatizou parte do currículo, entregando-o às Câmaras Municipais que por sua vez contratam empresas que por sua vez contratam professores por dá cá aquela palha, ganhando uma miséria.
Assim vai o país dos recibos verdes.
Assim vai a precariedade que atinge em cheio a classe docente.
Tudo isto quando milhares de professores ficam de fora dos concursos nacionais.
A escola a tempo-inteiro de Sócrates está a ser assegurada por professores precários por esse país fora, obrigados a passar recibos verdes a empresas de trabalho temporário (ETT) de vão-de-escada, com a cumplicidade das Câmaras Municipais.
Assim se vai fazendo a reforma da função pública!!!
Hoje os professores, ontem outros funcionários transferidos para as câmaras municipais e, amanhã, uma função pública totalmente precária e ao mando de papagaios e bacocos presidentes de câmara.
BASTA!!!!