quarta-feira, janeiro 28, 2009

A Neurónio


O «primo» tinha uma empresa.
A empresa «chamava-se» Neurónio, vá-se lá saber porquê.
A Neurónio Criativo cobrou o favor ao Freeport, foi registada em 2005 e só funcionou dois meses.
Mas, o mail segundo os indícios recolhidos na investigação apontam para que tivesse sido enviado em 2002.
Estranha-se!!!
Depois de, em comunicado, Júlio Monteiro, e após o seu outro filho, Nuno Monteiro, ter dito que não houve resposta ao tal e-mail, admitiu que o destinatário respondeu e até foi "agendada uma reunião" para ser apresentado um projecto de marketing à administração do Freeport.
"Projecto esse que nunca foi aceite, tendo, posteriormente, sido seleccionado o projecto de uma outra empresa", adiantou Júlio Monteiro, tio de José Sócrates.
Noutro ponto do comunicado, Júlio Monteiro afirma que o seu filho Hugo Monteiro invocou o facto de ser seu filho e que "em tempos" ter demonstrado "disponibilidade" para transmitir a José Sócrates "uma situação anómala e absurda ligada ao Freeport".
Ora, segundo informação que consta do Diário da República (DR), a empresa foi criada a 27 de Julho de 2005 e tinha como objecto a "organização, produção e realização de eventos, exploração de estabelecimentos de bebidas" e, entre outras, "a consultoria de marketing, comunicação e publicidade".
Em Setembro de 2005, de acordo com o DR, a empresa foi encerrada.
A dúvida é: o pedido ao Freeport é anterior a 2005, sendo que a empresa não estava constituída, ou se apenas neste ano, já com José Sócrates como primeiro-ministro, é que o favor foi cobrado?
Quem responde?
Seja como for, Nuno Leite, designer gráfico que trabalhou na Neurónio Criativo, disse ao DN que nunca chegou a finalizar um trabalho. "Houve um projecto para uma página na Internet de um infantário, foi falado um protocolo com outra empresa, mas nada avançou", declarou.

Para nós, a Neurónio era uma empresa mais vocacionada para a exploração ..... de estabelecimentos de bebidas.
Vinho verde mas tinto!!!