quinta-feira, dezembro 04, 2008

Vai-se saber o quê???


Volta o caso Freeport, agora com com escutas polémicas.
Informação relevante para a investigação do processo Freeport terá sido obtida em Inglaterra por escutas administrativas, ou seja, feitas eventualmente sem autorização de um juiz e pelos serviços secretos britânicos.
Esta será uma das questões a abordar a realizar em Haia, na sede da União Europeia de Cooperação Judiciária (Eurojust), entre delegações de polícias e magistrados portugueses e ingleses.
Em Portugal não são autorizadas escutas administrativas. Pelo lado português vão Cândida Almeida, do Ministério Público, e Pedro Carmo e Moreira da Silva, ambos da PJ. A reunião foi promovida pelo Eurojust depois de os ingleses terem detectado dinheiro do negócio em offshores sediadas naquele país.
O objectivo agora é trocar formalmente as informações recolhidas, de forma a perceber se houve ou não o pagamento de luvas milionárias – estimadas em quatro milhões – pelo licenciamento de construção do empreendimento Freeport, em Alcochete, decidida no último Conselho de Ministros do governo de António Guterres e quando José Sócrates era o titular da pasta do Ambiente.