domingo, outubro 12, 2008

É fartar pilantras


Vários bancos e seguradoras que beneficiaram de ajudas financeiras dos governos para fazer face à crise decidiram promover jantares e outros eventos de luxo, nalguns casos para comemorar o evitar das falências.
O caso mais recente é o do banco franco-belga Dexia, que pagou um jantar de luxo a mais de 200 convidados num hotel de Mónaco.
O grupo financeiro Fortis e a seguradora AIG também promoveram eventos semelhantes.
O banco franco-belga Dexia, um dos que na Europa mais sofreu com a crise nos mercados financeiras, pagou um jantar de luxo a mais de 200 convidados num hotel de Mónaco, noticia a agência de notícias belga, citada pela Lusa. O jantar, cujo custo foi mantido em segredo, teve lugar na Sala Império, a principal do Hotel de Paris, e teve como mote o lançamento da filial do Dexia para a banca privada no principado do Mónaco.
O caso está a agitar a sociedade belga, que vê com maus olhos o "esbanjamento" promovido pelo Dexia, depois de ter beneficiado de uma injecção de 6.400 milhões de euros dos governos da Bélgica, França e Luxemburgo.
Também a divisão seguradora do grupo Fortis, desmembrado devido à crise e alvo de ajudas financeiras de vários governos, ofereceu sexta-feira a correctores de seguros um repasto noutro luxuoso hotel monegasco, gastando perto de 150 mil euros.
Esta situação levou o Partido Socialista Belga a afirmar que "o mundo da finança perdeu toda e qualquer decência". O grupo Fortis justificou-se dizendo que tudo não passou de uma "acção comercial habitual".
Estes casos seguem-se ao da AIG, a seguradora dos Estados Unidos que, para comemorar o evitar da falência, gastou centenas de milhares de dólares num luxuoso "resort" californiano.
A AIG foi salva "in extremis" da falência através de uma injecção de 85.000 milhões de dólares (62.000 milhões de euros) aprovada pela administração do Presidente George W.Bush.
OS POBRES QUE PAGUEM A CRISE, ora quem havia de ser?