segunda-feira, abril 30, 2007

A «casinha»




Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos número zero.
(poema de Vinicius de Morais)
Esta é a «casinha» , com piscina, pertença do empreiteiro Leão, construida dentro do centro histórico da Guarda.

quarta-feira, abril 25, 2007

Com as tamanquinhas do Zeca no 25 de Abril


Comemorar o 25 de Abril, neste ano de 2007, é recordar Zeca Afonso.
Como autor de Grândola Vila Morena, senha do Movimento das Forças Armadas, mas de igual modo na sua dimensão de participação cívica, de figura impar da canção popular portuguesa e da história de todo o Portugal.
Um homem que sempre dispensou as honrarias e benesses do poder, que se opôs àqueles que se serviram e subverteram os ideais de Abril, que foi solidário, porque cantou a fraternidade, a igualdade, a revolução. E porque fez acreditar que Grândola ainda é possível.
Comemorar o 25 de Abril hoje, é ouvir a música do Zeca, na plenitude das novas sonoridades que como poucos soube desenvolver e inovar, conjugadas com a procura incessante das verdadeiras raízes culturais do Povo Português.
Mas, na obra do Zeca a dimensão musical não fica apenas confinada à dimensão lusa. Procurou novas sonoridades em África e no Brasil, criando pontes entre as culturas dos vários povos.
Mas Zeca também foi professor, quando o deixaram.
«Apresentava-se timidamente e omitia a actividade no mundo cantigas. Era um professor excepcional. Incitava-nos à investigação e a questionar tudo, desde os manuais a ele mesmo. Retive para sempre uma frase:” Não estou aqui para impingir, mas para insistir e resistir, convosco de preferência”.
«Queria pôr os alunos a funcionar como pessoas, incutir-lhes o espírito crítico, fazer com que exercitassem a sua imaginação à margem dos programas oficiais.».
São palavras de um aluno do Zeca Afonso.
São as dele como são as nossas.
Hoje como ontem as palavras do Zeca aí estão, com a mesma acuidade, o da denúncia das injustiças, dos oportunistas e das falsas promessas.
Lembrar que o pintor cantado na canção onde a morte saiu a rua, não era uma figura de ficção, chamava-se José Dias Coelho e foi assassinado pela polícia política no princípio da década de 60 do século passado; que a Catarina que ceifeiras viram em vidae que Baleizão viu morrer, não era produto da imaginação do poeta mas uma figura real, assassinada durante uma jornada de luta por melhores condições de vida nos campos; que os Vampiros são os mordomos do universo todo, senhores à força, mandadores sem lei, enchem as tulhas, bebem vinho novo, dançam a ronda, no pinhal do rei; ou a evocação da odisseia dos forçados actuais, partindo em modernas naus catrinetas, como os Mendes Pintos de outras épocas, a caminho dum destino que na História se repete como um dobre de finados que os emigrantes vieram cedo, mortos de cansaço, adeus amigos, não voltamos cá, o mar é tão grande, e o mundo é tão largo, Maria Bonita, onde vamos morar; ou com um Gastão um tipo "bom cidadão". Ele reúne em si todas as qualidades do oportunista, de quem se adapta ao sistema vigente para obter benefícios individuais, sem se preocupar com o sofrimento das outras pessoas. Ele não apoia a Igreja por ser um católico devoto, nem tolera os abusos do seu patrão por ser um empregado dedicado. Todos os seus actos resultam de cálculos muito precisos. Gastão era perfeito, Conduzido por seu dono, Em sonolências afeito, Às picadas dos mosquitos, Era Gastão milionário, Vivia em tapetes raros, Se lhe viravam as costas, Chamava logo a polícia, Gastão era deste jeito, Fazia provas reais, Gastão era um parapeito, De Papas e Cardeais; ou do primo convexo, Fadado para amnistias, Em torno dele nadam, Plantas carnívoras, Agitando como plumas, As cordas violáceas, O meu primo dormita, Glu glu entre palmeiras, Suspenso numa rede, De suor e preguiça, Corvos bicam-lhe os pés, Trincam-lhe os calos, Enquanto a tarde jaz, E a mão suspende, O gesto de acordá-lo, E a terra treme, Mas de nada o meu primo se apercebe; ou nos eunucos que se devoram a si mesmos, Não mudam de uniforme, são venais, E quando os mais são feitos em torresmos, Defendem os tiranos contra os pais, Em tudo são verdugos mais ou menos, No jardim dos haréns os principais, E quando os mais são feitos em torresmos, Não matam os tiranos pedem mais, Em vénias malabares à luz do dia, Lambuzam da saliva os maiorais, E quando os mais são feitos em fatias, Não matam os tiranos pedem mais; ou n’ O país vai de carrinho, Vai de carrinho o país, Os falcões das avenidas, São os meninos nazis; ou na denúnca das falsas promessas, A palavra socialismo, Como está hoje mudada, De colarinhos á texas, Sempre bem aperaltada.
Neste mês de Abril que tanto lhe pertence, este 25 de Abril é o tempo de recordar o Zeca.
Zeca Afonso gravou, por mérito próprio, o seu nome na História de Portugal, é um dos que «por obras valorosas, da lei da morte se vão libertando».
Nas palavras de Natália Correia a homenagem ao génio que foi e será sempre Zeca Afonso:
É de murta e de mar a tua voz
Com algas de canção estrangulada.
Aberta a concha da trova mal sofrida
Saíste como sai a madrugada
Da noite, virginal e humedecida.

É de vinho e de pinho a tua voz
Com pranto de insofríveis flores banidas.
Mas é pela tua garganta que soltamos
As eriçadas aves proibidas
Que no muro do medo desenhamos.

terça-feira, abril 24, 2007

Atentado ao Património

A empresa ARL (António Rodrigues Leão, Construções) continua a sua senda de destruição do Centro Histórico da Guarda.
Depois da vivenda com piscina construída em pleno Centro Histórico, a ARL começou a partir a pedra que sustenta a Muralha.

Iniciou-se o plano anunciado pela ARL, num recente Fórum duma rádio local, onde o empresário defendeu alto e bom som que «a solução para o Centro Histórico da Guarda é a sua total e completa destruição e depois construir tudo de novo».

Que diz a tudo isto o IPPAR?

Pela postura da câmara da Guarda nem vale a pena perguntar, já todos sabemos o que se passa!!!

Recorde-se que este ARL é o mesmo que, por alturas do Natal, ameaçou cortar o trânsito na zona da Praça Velha, no caso de não receber os «dinheiros» a que tinha direito.




Rei e senhor absoluto na Guarda!!!!

Curioso e enigmático(?) é que uma semana depois da conferência de imprensa dada pelo Bloco de Esquerda, sobre os atropelos que vão acontecendo no Centro Histórico da Guarda e, a consequente queixa a várias autoridades, nomeadamente ao Procurador Geral da República, que remeteu o «caso» para o Ministério Público de Castelo Branco, um jornal local vem «dar» uma página ao «empresário de sucesso», onde se conta a vida do «novo dono da Guarda».

Estranho!!!! Muito estranho!!!!




Ou talvez não.

Um dia a Muralha vem mesmo abaixo! Causa Natural dirão os «relatórios» oficiais.

Pois é, «caso de polícia» diremos nós.

sexta-feira, abril 20, 2007

Couto dos Santos defende Sócrates


O ex-ministro da Educação considera que está a haver aproveitamento político de um caso em que o «essencial» é garantir condições mínimas de funcionamento do ensino superior. E acaba por criticar Ferreira Leite.
«Acho tudo uma fantochada», diz o ex-ministro da Educação Couto dos Santos, sobre a polémica relativa à licenciatura do primeiro-ministro, José Sócrates, condenando o que considera ser um caso de aproveitamento político.
O ex-ministro de Cavaco, em declarações à Rádio Renascença, afirma que o «essencial» deste caso é o funcionamento da Universidade Independente.
«O aluno José Sócrates foi tratado como aluno e depois o que tem se de olhar é para o sistema de ensino», se funciona ou não e, não funcionado, partir para o seu encerramento.
O ex-ministro lembra que, quando deixou o Ministério da Educação, deixou pronto e aprovado pelo Parlamento um estatuto do ensino superior privado e cooperativo com regras mais apertadas, mas que acabou por não ter sido posto em prática pela sua sucessora, Manuela Ferreira Leite, que o substituiu em 1993.
«A legislação não saiu da gaveta», lamenta Couto dos Santos, não fazendo qualquer referência a Ferreira Leite, nem ao facto de o governo de que fez parte ter continuado em funções por mais dois anos.
A legislação de que fala tinha por objectivo «controlar» de perto os estabelecimentos de ensino superior não públicos e estabelecia condições mínimas de funcionamento, como, por exemplo, o número de doutores e de mestres exigido.
«Livrar a água do capote»!!!! pois está claro.
Pergunte-se ao sr. Couto se a Ui também faz parte da «coutada» da empresa do concurso de professores. Toda a gente pode opinar sobre coutadas, uns com conhecimento de causa outros com sentido de oportunidade.
Não é sr. Couto?

Arquivamento de inquérito a incêndio


O arquivamento do inquérito pelo Ministério Público da Guarda é noticiado pelo jornal Público, que refere ter sido considerado que o fogo teve origem "meramente acidental".
"Como se apurou no inquérito, o incêndio teve origem meramente acidental durante a realização de trabalhos de limpeza", afirma o procurador no despacho de arquivamento citado pelo diário.
Entretanto, o Ministério da Administração Interna abriu um inquérito ao incêndio, cujos resultados apontaram para a existência de problemas de coordenação no combate ao fogo e uma erupção violenta das chamas.
Importa distinguir neste incêndio, duas situações bem distintas.
A causa do incêndio que, segundo o Ministério Público, teve origem «meramente acidental» provocada por uma faísca de uma motosserra e outra, bem diferente, que tem a ver com o combate ao incêndio, que provocou a morte a cinco sapadores chilenos e a um jovem bombeiro voluntário de Famalicão.
Sobre a primeira, o MP decidiu-se pelo arquivamento.
Quanto à segunda, não basta concluir-se pela «existência de problemas de coordenação no combate...».
Que problemas de coordenação? Quem coordenou mal?
Sem respostas......como sempre!!!

Mais e mais do mesmo


Vara recorreu a instituto público para fazer casa particular.

Segundo o Público[link], Armando Vara, quando era secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, recorreu ao director-geral do GEPI (Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do MAI) e a engenheiros que dele dependiam para projectar a moradia que construiu perto de Montemor-o-Novo.
A notícia faz manchete na edição desta sexta-feira do diário Público, o qual, no seu artigo, afirma ainda que, para fazer as obras, o dirigente socialista serviu-se de uma empresa e de um grupo ao qual o GEPI adjudicava muitos dos seus concursos públicos.
Com 3500 contos (17.500 euros) o actual administrador da Caixa Geral de Depósitos e licenciado pela Universidade Independente tornou-se dono, em 1998, de 13.700 m2 situados junto a Fazendas de Cortiços, a três quilómetros de Montemor-o-Novo. Em Março de 1999 requereu à câmara o licenciamento da ampliação e alteração da velha casa ali existente.
O diário revela que o objectivo era fazer uma casa nova, com 335 m2, a partir de uma quase ruína de 171 m2. O alvará foi emitido em 2000 e a moradia, que nunca teve grande uso e se encontra praticamente abandonada, ficou pronta meses depois.
Já em 2005, Vara celebrou um contrato para a vender a um particular por 240 mil euros, mas o negócio acabou por não se concretizar.
Onde a história perde a banalidade, refere o Público, é quando se vê quem projectou e construiu a moradia: o projecto de arquitectura tem o nome de Ana Morais, os projectos de estabilidade e das redes de esgotos e águas foram subscritos por Rui Brás, as instalações eléctricas são da responsabilidade de João Morais e o alvará da empresa que fez a casa diz que a mesma dá pelo nome de Constrope.
A arquitecta Ana Morais era à época casada com António José Morais, o então director do GEPI, que fora assessor de Armando Vara entre Novembro de 1995 e Março de 1996.
Nessa altura, recorda o Público, António José Morais foi nomeado director do GEPI por Armando Vara - cargo em que se manteve até Junho de 2002 - e era professor de quatro das cinco disciplinas que deram a José Sócrates o título de licenciado em Engenharia pela UnI.
Quanto a Rui Brás e a João Morais, trata-se de dois engenheiros que trabalhavam (e continuam a trabalhar) no GEPI, o gabinete então dirigido por Morais e tutelado por Armando Vara nos ministérios sucessivamente dirigidos por Alberto Costa e Jorge Coelho.
Por esse gabinete, garante o diário, passavam as adjudicações de todas as empreitadas e aquisições de equipamentos destinados às forças de segurança e a todos os serviços dependentes do MAI, no valor de muitas dezenas de milhões de euros por ano.
Quanto à Constrope, era uma firma de construção civil sediada em Belmonte, que também trabalhava para o GEPI e tinha entre os seus responsáveis um empresário da Covilhã, Carlos Manuel Santos Silva, então administrador da Conegil - uma empresa do grupo HLC que veio a falir e à qual o GEPI adjudicou dezenas de obras no tempo de Morais. Santos Silva está também ligado a outras empresas, entre as quais a Proengel, um gabinete de projecto com o qual António Morais mantém relações profissionais através de uma das suas empresas, a Geasm.
O processo de licenciamento da moradia de Armando Vara foi coordenado pelo então director do GEPI, existindo na Câmara de Montemor-o-Novo um fax que o prova, em papel timbrado do gabinete do secretário de Estado adjunto do MAI, dirigido a António Morais para o fax 213147060, precisamente o número do seu gabinete.
Nesse fax, de 17/2/1999, a secretária de Vara escreve: «Conforme combinado com sua excelência o secretário de Estado adjunto do MAI, junto envio documentos referentes a Montemor-o-Novo.». Os documentos são as quatro folhas do registo predial da propriedade de Vara, necessárias para pedir o licenciamento.
Contactados telefonicamente para o GEPI, Rui Brás e João Morais começaram por, segundo o Público, negar qualquer ligação ao caso e acabaram a dizer que não falavam sobre o assunto. «Isso é com o director», disse João Morais.
Quanto a António Morais, Ana Morais, Armando Vara, Santos Silva e os actuais administradores da Constrope, não responderam aos recados ontem deixados pelo Público, c0nclui o diário.

Ou seja, calaram....

Mais e mais do mesmo.

Inglês técnico


Segundo os últimos desenvolvimentos da «novela» «O Canudo», a prova de inglês técnico, do sr. Sócrates, foi realizada por zÉzÉ Camarinha.

Segundo fontes próximas do gabinete de imprensa de Camarinha, a prova teria sido realizada em Agosto, no Algarve, aquando de uma ida a banhos, por aquelas paragens, do sr. Sócrates.

Entre um mergulho e uma «francesinha» tudo teria sido acordado.

Mais um «tabu» foi desvendado!
A não perder «cenas» dos próximos capítulos.

quarta-feira, abril 18, 2007

A prova


Afinal quem disse que era mentira?

terça-feira, abril 17, 2007

E os outros....



Funcionários do Município de Coimbra suspeitos de favorecimentos.


Segundo o Jornal Notícias [link] vários funcionários do Departamento de Urbanismo da Câmara de Coimbra estão a ser investigados pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) por suspeita de favorecimento de empreiteiros/munícipes em processos de licenciamento de obras cujos projectos foram elaborados ou assinados pelos suspeitos enquanto profissionais liberais.
Será que a investigação vai apurar alguma coisa?

Diário

O Diário de Notícias(DN), propriedade dos irmãos «Oliveirinhas», contratou para director um tal João Marcelino.
Ex-director do Correio da Manhã, Marcelino iniciou de imediato a limpeza de uns quantos cronistas, Ruben Carvalho, Joana Amaral Dias, Medeiros Ferreira e Sarsfield Cabral.
Decididamente, começo a pensar se haverá algum jornal que ainda mereça confiança.
Fico-me pela blogosfera.
Ainda e sempre serei eu a decidir o «que» ler mas principalmente «quem» ler.

segunda-feira, abril 16, 2007

Dois pesos....duas medidas


Ainda sobre o Acórdão "Sporting vs.Público"


Diz o STJ que «é irrelevante que o facto divulgado seja ou não seja verídico(neste caso até era), para que se verifique a ilicitude a que se reporta este normativo, desde que, dada a sua estrutura e o circunstancialismo envolvente, seja susceptível de afectar o crédito ou a reputação do visado», pelo que «ofende ilícita e culposamente o crédito e o bom-nome do clube de futebol, que disputa a liderança da primeira liga, sujeitando os seus autores a indemnização por danos não patrimoniais, a publicação, em jornal diário citadino conceituado e de grande tiragem, da notícia de que resulta não ser o visado cumpridor das suas obrigações fiscais e a conduta dos dirigentes ser passível de integrar o crime de abuso de confiança fiscal».

Ora se assim é, por que espera o Ministério Público e a Judiciária para irem buscar o Teixeira dos Santos pelos fundilhos? É que na situação do Sporting Clube de Portugal estão centenas de contribuintes que constam da lista de maus pagadores no site das Finanças...

Ou para o Supremo há dois pesos e duas medidas?

Bem de ver...está claro!!!!!

quarta-feira, abril 11, 2007

Homenagem a Zeca Afonso na Guarda


Ampliar a imagem para consultar o programa da homenagem.

terça-feira, abril 10, 2007

O Canudo em Fotografias

Como uma imagem vale mais que Mil palavras, aqui fica um conjunto de fotograficas retiradas daqui, que ilustram bem o «CANUDO»!!!!



Ò povo nem tu sonhas,
Ai o Gago não mata,
Ai ’té lava diplomas,
Ai põe-nos cor de prata.
Três diplomas,
um bacharel,
Sete exames,
um Doutor,
Três notinhas no papel,
Que o freguês é um Senhor.
Engenheiro, sorridente,
Engenheiro que o curso aldrabou,
Universidade, Independente,
Povinho que o Sócrates enganou.
Um curso de engenheiro,
Vê lá bem tão lavadinho,
Influências ou dinheiro,
Vê lá bem, está aprovadinho.
Já está em marcha o plano de acção de salvamento a Sócrates.
Todos os meios operacionais de prevenção e o Centro de Proteção ao Governo com a estratégia planeada e a acção delineada:
1.º - A Universidade Independente já era.
2.º - O ministro do Ensino Superior já iniciou o plano Nacional de limpeza.
Afirmou o putativo ministro, que o percurso académico do primeiro-ministro «é um caso de certa maneira exemplar» que «devia encher de regozijo» o país.
O que é isso de «certa maneira exemplar»? Esclareça sr. ministro.
O «regozijo» que fala é para esquecermos os inquéritos e as avaliações do seu «ministério» às universidades?
Falta o «chefe» falar!!!
3.º - Que fale......

Uivos Ministeriais


A ministra da Educação no seu melhor.

Parece que Maria de Lurdes Rodrigues, foi um bocado mal criada quando recentemente, durante um discurso, apupou ao microfone em lânguidos e sonoros uivos um grupo de jovens alunos que a apupava a si.

Assim se vê a qualidade da nossa governação.

O vídeo da coisa pode ser visto em vários blogs como aqui no "A Sinistra Ministra".

segunda-feira, abril 09, 2007

Corrupção: o folhetim continua


Os agentes da PSP detidos no ano passado pela própria PSP, por envolvimento em tráfico de armas, não só as vendiam a elementos criminosos como ainda lhes conseguiam licenças para uso e porte de arma.
Curiosamente, várias das armas transaccionadas pelos agentes eram adaptadas ou tinham os números de série rasurados, subterfúgios usados para a prática de crimes, no sentido de reduzir vestígios, segundo fontes policiais adiantaram a um jornal diário [link].
Mas, os casos sucedem-se nas forças policiais.
Moita Flores, veio dizer, num depoimento a um jornal, que ao serviço da PJ, fumou droga apreendida por aquela instituição.
«Oh da Guarda»!!! grita-se, mas ninguém parece ouvir.

Especialistas acusam ministra de deixar 70 mil alunos fora do ensino especial


O Ministério da Educação (ME) está a deixar de lado mais de 70 mil alunos com necessidades educativas especiais (NEE), alerta o professor catedrático e investigador em Educação Especial, Luís de Miranda Correia. [link]
A opção do ME resulta da adopção de um critério de identificação de alunos com NEE a partir da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), criada especificamente para a Saúde.
Uma postura, garante a comunidade académica, que é errada.
Luís Miranda Correia pediu mesmo pareceres a dois especialistas americanos, que garantem que a utilização do CIF na educação pode ser um erro "trágico".
A tragédia é de facto estas crianças serem apenas e tão só filhos de um Deus menor, num País onde a acefalia é lei.

domingo, abril 08, 2007

O Estado das coisas.....


Chegam hoje a Portugal dois jovens portugueses que estavam detidos em Marrocos acusados de tráfico de droga, por terem sido apanhados na fronteira de Ceuta com 12 quilos de haxixe. Os indivíduos são conhecidos por fazer parte da claque dos SuperDragões e tinham sido condenados a 20 meses de cadeia, num julgamento sumário em Novembro do ano passado.De acordo com fonte conhecedora do caso, a libertação dos dois jovens foi decretada após um perdão concedido na sequência do aniversário da rainha de Marrocos. Todos os detidos estrangeiros foram indultados em um ano de cadeia, o que permitiu aos portugueses regressar a Portugal. A libertação dos dois indivíduos e consequente regresso a Portugal poderão ter implicações na investigação sobre as agressões de que foi alvo, em Janeiro de 2005, Ricardo Bexiga, o ex-vereador do PS de Gondomar.
No depoimento de Carolina Salgado à equipa de coordenação do processo Apito Dourado, a ex-companheira de Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do F. C. Porto, terá apontado aqueles dois indivíduos - que na altura já estavam detidos em Marrocos - como incluídos no lote de possíveis suspeitos, na concretização das agressões a Bexiga no parque da Alfândega do Porto. Carolina Salgado disse ainda ter pedido a Fernando Madureira, líder dos SuperDragões, para contratar os agressores. Acusação que este desmentiu, quando interrogado pela PJ.

Resta saber se a PJ vai ou não encontrar e, interrogar os presumíveis implicados nas agressões a Bexiga.
É que, ficámos a saber que num processo de falsificação de um BI, a PJ demorou mais de um ano a encontrar a presumível falsificadora, quando um órgão de comunicação social demorou «apenas» três (3) dias.
Assustador!!!!
Depois, admiram-se das péssimas análises, de que são alvo as forças policiais portuguesas por parte de instituições internacionais.
Depois admiramo-nos como tantos processos são arquivados por falta de provas, prescrevem e tudo mais que fazem de Portugal um paraíso para toda a espécie de crime!!!
Pois é…..INCOMPETÊNCIA.

A CGD continua a surpreender ou talvez não!!!!

Português foi para Miami para não denunciar desvio bancário de 2 milhões .

Arquivar? ou JULGAR?


Segundo um jornal diário [link], as escutas do processo Apito Dourado não revelam apenas esquemas de eventual corrupção no futebol.

Mais do que isso, no caso concreto de um dos principais visados, Valentim Loureiro, são demonstrativas da existência de uma complexa teia de cumplicidades e troca de favores envolvendo o futebol e a política ao mais alto nível da governação.

Isto tanto nas questões mais insignificantes, como em grandes negócios.

O jornal revela o teor de exemplos de várias conversas transcritas por serem consideradas, pela Polícia Judiciária, Ministério Público e juíza de instrução, como relevantes.

Algumas das escutas, como as de José Luís Arnaut, ex-ministro-adjunto de Durão Barroso, foram incorporadas em processos (caso Sousa Cintra) autónomos e já arquivados.

Outras conversas, nomeadamente com Mesquita Machado, autarca de Braga, não tiveram aparentemente qualquer sequência.

Tanto o major como os restantes arguidos recorreram para a Relação do Porto com o objectivo de anular este núcleo fundamental de provas.

Ministro-adjunto do primeiro-ministro Durão Barroso, José Luís Arnaut teve em Dezembro de 2003 uma conversa com Valentim sobre um alegado empréstimo da Caixa Geral de Depósitos a Sousa Cintra, ex-líder do Sporting.

"Primeiro que tudo, tenho muita estima por ele, segundo... não fiz mais do que a minha obrigação... em terceiro lugar, era um pedido seu, pronto!", disse Arnaut ao major.

Esta escuta fez parte de uma certidão que envolvia Cintra e foi arquivada.

Valentim discutiu com o líder do Guimarães, Pimenta Machado, sobre a forma como aquele clube conseguiu nada gastar nas obras do estádio no Euro-2004.

Na altura, a polémica teve a ver com o facto de o estádio ter sido vendido ao clube mas estar registado em nome da autarquia. "O que a Câmara fez, na pureza das coisas, é uma burla, isso é uma burla, é indiscutível! Agora vou ser eu, que fui o beneficiado, a denunciar isso?", perguntou ao major.

O autarca de Braga falava com Valentim sobre os árbitros do clube local. "Sim, mas convinha era um homem... que fosse sério, pá...", disse Mesquita Machado, em Março de 2004. "Eu vou falar ao gajo de que você me falou e tal, preocupado...", anuiu o major.

O político fez ainda referência a pagamentos do Nacional ao Amadora para ganhar ao Braga. "Ó pá, se o dinheiro ganhasse, os mancos já eram campeões", retorquiu-lhe o major.

Secretário de Estado da Administração Local e dirigente do PSD, Miguel Relvas era frequente alvo de pedidos. Há conversas sobre o caso de uma moradia ilegal de Sousa Cintra; para aprovar um plano de reequilíbrio de finanças no Marco; e sobre uma ETAR em Gondomar, para a qual um ministro prometera em público um financiamento irregular. "Atenção que eu só pago 10%! [...] Eu quero lá saber da lei! Contorna a lei!", diz o major. "Mas eu não posso contornar a lei", retorquiu Relvas.

Secretário de Estado do Desporto e hoje presidente da Liga, Hermínio Loureiro foi abordado por Valentim para apressar um parecer do Conselho Superior do Desporto a favor de alterar o figurino das ligas. O major teve receio de pressões sobre Durão e Arnaut. "É pá, eu só vou ter de falar com o ministro, mais nada, porque se você me está a dizer isso é porque pode às vezes alguém lhe ter dito alguma coisa, mas a gente esta semana trata disso, esteja descansado".

Secretário de Estado das Obras Públicas e ex-vereador da Câmara de Gondomar, Jorge Costa conversou com Valentim sobre a adjudicação da EN 222, em Gaia.

Ao telemóvel do major, o ex-governante falou ainda com o filho, João Loureiro, sobre a hipótese de o Boavista ficar com os terrenos do INATEL, do Estado, com vista a, com a ajuda da autarquia, vendê-los para pagar o novo Estádio do Bessa.

Juiz no Supremo, António Mortágua teve a 13 de Fevereiro de 2004 uma longa conversa sobre o clima de suspeição no futebol.

Valentim queixou-se de os jornais empolarem declarações de Maria José Morgado numa palestra. "Pois, ela nunca concretiza! Eu... eu ouvi coisas piores do marido da gaja [Saldanha Sanches], na televisão quando falou de si (...e do compadrio)! [...] os grandes responsáveis pela corrupção [...] que eram dois nomes Gilberto Madail e Valentim Loureiro!", disse o juiz.

Presidente da Câmara do Marco falou com Valentim sobre o célebre episódio da invasão de campo, durante o jogo Marco-Santa Clara, a 29 de Fevereiro de 2004.

O estádio ficou interdito e havia que escolher campo alternativo. "Digo eu, que é... distribuído hoje às duas e qualquer coisa, era preciso dar um toque ao Cunha Leal... Eu queria jogar no Penafiel!...", disse Avelino Ferreira Torres. "Ah, pronto! É onde quiser!...", respondeu o major.

Face a tudo quanto se passou e passa(?) pergunta-se, qual o destino do processo?
É que já lá vai muito tempo e.........NADA!
Só mesmo intenções e, de intenções em intenções uns quantos vão-se «governando».
Até quando?

sexta-feira, abril 06, 2007

Palavra e pedra que se soltam não têm volta


Começa a pecar por tardia, a justificação de Sócrates.
Não custava nada… era só chamar os senhores jornalistas, e não pressionar os directores de informação e, dizer exactamente como correu a sua licenciatura.

Fácil, não?

É que notícias como esta, aqui trancrita, não ajudam em nada, só confundem.
Estudo diz que não houve nenhum diplomado no curso de Sócrates em 1996.

Um estudo do Ministério do Ensino Superior revela que em 1996 não houve nenhum aluno diplomado em Engenharia Civil, pela Universidade Independente (UnI).
Este dado contraria os documentos, apresentados ao PÚBLICO como fazendo prova da licenciatura do primeiro-ministro, que indicavam que José Sócrates havia concluído o curso no dia 8 de Setembro de 1996.
Em declarações ao PÚBLICO, o assessor de imprensa do primeiro-ministro, Luís Bernardo, reafirmou que “o primeiro-ministro acabou a licenciatura em 1996”, remetendo qualquer explicação sobre o resultado do estudo para a UnI. “Isso não é um problema do primeiro-ministro.
A questão terá de ser colocada à UnI e ao Ministério do Ensino Superior.”Contactado pelo PÚBLICO, o reitor da UnI à época, Luís Arouca, recusou-se a dar qualquer esclarecimento. “Estou em completo black out relativamente a esse assunto”, disse.
De acordo com o levantamento estatístico Diplomados (1993/2002), elaborado em 2004 pelo Observatório da Ciência e do Ensino Superior (OCES), só se licenciaram na UnI, no ano de 1996, alunos dos cursos de Ciências da Comunicação (67) e de Relações Internacionais (25).
A razão pela qual a maioria dos cursos ainda não tinha qualquer licenciado, nesse período, deve-se ao facto de a UnI ter começado a funcionar em 1994/95.
Na página 177 do documento do OCES pode ler-se que, para o curso de Engenharia Civil, os primeiros diplomados só surgem em 1997/98 — e são sete. Este número coincide com o valor apresentado num relatório de avaliação externa do curso de Engenharia Civil da UnI, elaborado por uma comissão independente. A pista sobre este levantamento foi dada por um leitor anónimo do blogue Do Portugal Profundo, cujo autor, António Balbino Caldeira, tem levantado, desde 2005, dúvidas sobre o currículo académico de José Sócrates.
Os dados do documento (disponível no site da OCES) têm por base, como é escrito na introdução, “a resposta dos estabelecimentos de ensino superior ao inquérito estatístico anual realizado pelo OCES” — um organismo pertencente ao Ministério da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior.
Em declarações ao PÚBLICO, há três semanas, o primeiro-ministro, o antigo reitor da instituição e o então director do departamento de Engenharia Civil garantiram que, logo em 1996, quando o curso tinha apenas dois anos, houve alunos, transferidos de outras instituições, a frequentar cadeiras dos terceiro e quinto anos da licenciatura em Engenharia Civil, entre os quais estava o próprio José Sócrates.
Esta versão foi contudo contrariada, na mesma altura, pelo director da Faculdade de Engenharia e vice-reitor, Eurico Calado.
Este professor afirmou que em 1996 só funcionaram aulas dos primeiro e segundo anos do curso de Engenharia Civil.
Quem deu as aulas?
Esta não é, no entanto, a única contradição que subsiste relativamente à licenciatura de José Sócrates.
Permanece pouco claro quem leccionou as cinco disciplinas que o actual primeiro-ministro terá concluído naquela instituição.
O director à época do departamento de Engenharia Civil, António José Morais, afirmara ao PÚBLICO (ver edição de 22 de Março) que fora responsável por quatro dessas cadeiras, todas na área das estruturas.
O ex-reitor Luís Arouca, por sua vez, acrescentara que Fernando Guterres dera algumas dessas aulas práticas.
No “Expresso” da semana passada, por sua vez, António José Morais citou um outro docente, “o monitor Silvino Alves”, que também terá leccionado essas cadeiras.
Sucede que num currículo exaustivo de António José Morais, o docente apenas refere ter leccionado, em 1996, na UnI, as disciplinas de Betão Armado e Pré-Esforçado e Teoria das Estruturas.
A primeira cadeira terá sido concluída por José Sócrates, mas a segunda não aparece sequer no plano curricular do curso.
De fora ficam, assim, três cadeiras que António José Morais dissera ter ministrado a José Sócrates nesse período: Análise de Estruturas (3º ano), Projecto e Dissertação (5º ano) e Estruturas Especiais (5º ano). No mesmo currículo, com 43 páginas, António José Morais indica que só leccionou a cadeira de Projecto, em 1997, ou seja, quando José Sócrates já teria a licenciatura finalizada.
Questionado por e-mail sobre estas contradições e sobre as aulas dadas pelo “monitor Silvino Alves”, António José Morais manteve que leccionou as quatro disciplinas de estruturas e que, “em todas”, teve “mais que um aluno”, acabando por concluir: “Desconheço que versão de currículo viu”.
Acrescentaria depois que “Teoria é o mesmo que Análise”.
A explicação do Governo

O gabinete do ministro do Ensino Superior, contactado pelo PÚBLICO, afirmou que os dados do relatório do OCES quanto ao número anual de licenciados não incluem, “para qualquer dos cursos, os alunos que, tendo ingressado por transferência, tenham concluído a licenciatura através de um plano de estudos fixado na sequência de um processo de equivalência”.
Este critério não está, contudo, explicado no relatório — antes pelo contrário.
Na introdução do documento, onde se explica o âmbito do estudo, concretiza-se que as estatísticas se referem “ao grau de licenciado, obtido através de diferentes percursos académicos”.
A explicação do Ministério do Ensino Superior parece também ser contraditória com o facto de, na própria UnI, nos cursos de Ciências da Comunicação e Relações Internacionais, serem indicados no relatório como diplomados, logo em 1996, dezenas de alunos que ali ingressaram por transferência.
A confusão da licenciatura, o MBA, pós-graduação ou mestrado ou seja lá o que for mesmo que seja o diploma da 4.ª classe devem ser esclarecidos.
Para confusão já basta!!!!

quinta-feira, abril 05, 2007

Promoções familiares


Algumas autarquias, antecipando-se à nova lei socrática, iniciaram já o novo modelo de promoções, saldos e baixas salariais.
Exemplo, de entre muitos, o anunciado por um jornal diário, segundo o qual, "O presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, Marco Teixeira, promoveu a mulher, Florbela Silva, que já era sua secretária, nomeando-a chefe de gabinete, o que implica um aumento de vencimento na ordem dos 30%, ou seja, mais 500 euros por mês segundo a tabela legal.
A nomeação foi publicada, no passado dia 21 de Fevereiro, em Diário da República.
De todo, o DR é mesmo a versão estilizada da «Maria».
O autarca do PSD dá assim início à nova lei das promoções, que servirá para «fazer progredir» na carreira os «familiares» plurilaterais ou colaterais.
Mas, segundo consta, o casal «Marco & Flor» é acusado "nepotismo" e de "ausência/omissão de governação", uma vez que, ainda por cima, tanto ele como a mulher têm por regra não cumprirem horários.
Como secretária de Marco Teixeira, Florbela Silva, auferia 60% do vencimento de um vereador a tempo inteiro, ou seja, cerca de 1500 euros.
Agora, como chefe de gabinete, passa a ganhar 90% dessa remuneração, passando a receber cerca de dois mil euros.
Quanto aos horários, o presidente diz que "a acusação é absurda".
"Nós temos isenção de horário e se, algum dia, chegámos mais tarde, também trabalhamos aos fins-de-semana, feriados e, muitas vezes, até às três da manhã", justifica o senhor Marco.
Sobre a nomeação da mulher, Marco Teixeira diz que "a pessoa em causa vai acumular as funções de secretária e de chefe de gabinete e tem acumulado, há vários anos, as funções de coordenação dos serviços de apoio aos idosos, à juventude, ao emprego e à formação profissional". "Esta mudança de cargo resulta de uma reorganização de serviços, atribuindo às pessoas os lugares de acordo com as funções que efectivamente prestam", acrescenta. Marco Teixeira.
Este Marco vai longe!!!
Os argumentos são os mesmos do discurso do senhor Santos, o das Finanças.
«Reorganização de serviços, promoções, prémios» e tudo mais que promova o nepotismo e o compadrio.
Essa da isenção de horário é mesmo à portuguesa.
É uma casa portuguesa com certeza, pão e vinho à mesa!!!
É uma casa portuguesa, com certeza!É, com certeza, uma casa portuguesa!

O cartaz

quarta-feira, abril 04, 2007

Cá se faz, cá se compra


O ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, anunciou hoje ter exonerado o assessor Carlos Narciso, por ter colaborado, a título pessoal, com o gabinete de imprensa da Universidade Independente (Ui).
Em comunicado, o ministro considera "incompatível" a prestação de assessoria ao seu gabinete "com qualquer outro tipo ou forma de assessoria ou colaboração em actividades de comunicação institucional, mesmo que desempenhadas esporadicamente e/ou a título pessoal".
"Assim, e com efeitos a partir de hoje, o ministro dos Assuntos Parlamentares exonerou Carlos Narciso das funções que exercia no seu gabinete", conclui o comunicado.
Augusto Santos Silva confessa que "foi surpreendido ao princípio da noite de 02 de Abril pela notícia da Agência Lusa, segundo a qual o seu assessor Carlos Narciso havia enviado, a título pessoal, uma mensagem informativa da nomeação do novo reitor da Ui".
Em causa está um comunicado divulgado sexta-feira passada sobre a nova equipa reitoral da Ui, entretanto desmentido pela SIDES (empresa que gere a instituição), e que foi enviado por Carlos Narciso, aluno finalista da universidade e assessor do Governo.
Nesse comunicado, Carlos Narciso afirma que, "a pedido do gabinete de imprensa da Ui", reenvia "notícia sobre a nomeação do novo reitor da Ui".

«Cá se faz, cá se compra», pois é, ai não que não é!!!

segunda-feira, abril 02, 2007

Foto da Semana

Legenda: Sócrates e a Ui ou será que agora é a Ui e Sócrates

domingo, abril 01, 2007

CNE ….de férias!!!


Depois de Alberto ter dito que a presença da Comissão Nacional de Eleições, na Madeira, «era uma forma dos elementos daquela comissão, passarem uns dias de férias na ilha», o presidente da CNE foi ao beija-mão do régulo.
Mas, pior que a audiência foram as declarações do presidente…. em férias, nas palavras de Alberto.
Considerou, «ser irrelevante a realização de inaugurações em tempo de campanha eleitoral (…) As inaugurações, se forem normais de obra feita pelo governo, não têm relevância, podem ter do ponto de vista político, mas do ponto de vista jurídico não há ilícito" disse João Carlos Caldeira.
O que será relevante para o presidente da CNE?
Inaugurações normais? Quer dizer que também há as anormais?
Bem nos parecia, que existem por aí muitas anormais, mas, ainda bem que o diz!!!
Acrescentou que esta é uma prática adoptada por "este ou qualquer governo, que faria o mesmo. Se fez obra, tem de a inaugurar".
Muito bem visto. A prática, mesmo que errada, só pode mesmo ser continuada. Belo exemplo.
Corte de fitas, em tempo de eleições, nada de relevante.
Depois veio a ameaça!!!
«João Carlos Caldeira aproveitou para alertar os jornalistas para o cuidado a ter com a reprodução de declarações, pois o órgão de comunicação social poderá incorrer num processo de contra-ordenação caso estas contrariem a lei
Pois claro!!!!
Cuidado, muito cuidado!!!
Será preciso dar a conhecer ao senhor presidente, antecipadamente, qualquer notícia?
Haverá lápis azul e …..vermelho?
Quanto à existência das bandeirinhas, do partido do Alberto, nas inaugurações, Carlos Caldeira considera «não ver nenhum mal nessa conduta».
João Carlos Caldeira escusou-se a comentar aspectos relacionados com um acórdão publicado dia 29 de Março, pela secção regional da Madeira do Tribunal de Contas, que aponta que oito das 35 entidades participadas pelo governo madeirense estão tecnicamente falidas.
Não é relevante….
Claro, tudo muito claro senhor presidente!!
Já agora, senhor presidente, não ficou nada bem «aceitar» a viatura oficial do presidente do governo Regional.
Alberto aproveitou para «gozar» com a situação.
Não percebeu senhor presidente?
Pois é!!!!

(*) Este comentário não foi enviado à CNE

Tempo da Quaresma


A última semana foi mesmo de Quaresma e penitência para o País.
Um «engenheiro» em queda acentuada na popularidade, segundo os pirómetros das sondagens.
Governo que revela falta de coerência com o que propagandeia e a sua acção prática.
Hipocrisia de filisteus que na logorreia, para consumo interno, falam do défice mas não se coíbem de adquirir carros topo de gama, de aumentar os lugares de assessores ou de conselheiros para satisfação dos «amigos de ocasião», «cunhados», «primos» e «afilhados» da mesma pia baptismal.
Um (des)governo que, em tempo de vacas magras, mais admissões fez, com total falta de transparência, só pode mesmo ser um coito de mentecaptos.
Um (des)governo que à constatação do regabofe governamental, por parte do Tribunal de Contas, vem em uníssono gritar, espernear como criancinha mal educada, a quem os pais não fazem as vontades.
Pois é, a democracia tem destas coisas…..há sempre quem diga as verdades, quem ouse dizer aquilo que todos vêem….o «reizinho» vai nu!!!!
Mas, a procissão para o calvário ainda agora começou….
As estações da «via» são muitas e penosas.
Desde logo, a da Universidade Independente (Ui) onde a bagunça é generalizada, à mistura com suspeitas de crimes, de tráfico de armas, branqueamento de capitais, diamantes, «assaltos» à reitoria e, tudo o mais que se vier a «saber».
Não vou falar dos «cursos», «graus» de «licenciatura», «certificados» de «habilitações», nem das «equivalências», nem tão pouco da nomeação de um(?) «confrade», para administrador da Caixa Geral de Depósitos, três dias após ter terminado a «licenciatura» na «Ui».
Tudo isso é uma outra «estação».
O que intriga, ou será que não, é a desfaçatez de um ministro(?), o do Ensino Superior, vir dizer que «todas» as instituições de ensino, dito superior, são alvo de continuadas «fiscalizações».
Das duas uma. Ou as «ditas» investigações são uma farsa ou o putativo ministro quer fazer crer que o Sol gira à volta da Terra.
A teoria geocêntrica já lá vai, mesmo contra a opinião do Santo Ofício.
Será que as fiscalizações não funcionam ao domingo?
É que, ficou-se a saber, que a «Ui» «passa» diplomas ao domingo.
Aproveite senhor ministro. Ao domingo à hora da missa, melhor altura para fiscalizar.
E, já agora, mande o séquito todo, incluindo o Almerindo das benzeduras, os «pastorinhos» do rebanho, a «tia» Elisinha e o Conselho Nacional do pp, para prevenir eventuais desacatos.
Mas, para a visita pascal ser completa não esquecer os prostitutos do bem-aventurado estado, estado de graças e mordomias.
Os que saltitando de empresas públicas para a banca, destas para o governo, numa roda livre, vão acumulando benefícios e indemnizações.
Os beatos que juram, a pés juntos, amarem a ditosa pátria e a quem servem, abnegadamente, a troco de uns míseros euros.
Só coisa de pouca monta, uns quantos 17 milhões de euros.
Mas, o deboche político continua…
Segundo um jornal diário, existem em Portugal oito condenados por corrupção.
Mas, por corrupção política…NENHUM!!!!
Se a esta constatação juntarmos uma outra do Banco Mundial, segundo a qual, se houvesse verdadeiro combate à corrupção em Portugal, o nosso país teria um nível de vida igual à França, então está tudo dito.
Palavras para quê? Um artista português, com certeza!!!
Universidades privadas, futebol, construção, tráfico de armas e de diamantes, branqueamento de capitais, autarquias, empresas municipais, evasão fiscal e, gel, muito gel...para empastar.
Portugal é isto e………. Angola é nossa...
Mas, por alturas da homilia, alguma raia miúda será indiciada de «suspeitas», as dízimas e as côngruas serão reduzidas, para gáudio dos devotos fiéis, para que tudo volte ao mesmo.
Encomendar as almas ao «divino benfeitor», mais uma ressurreição quaresmal para penitência de quatro anos!!!
Em tempo de Quaresma, retiro…..mas na forma verbal.

«há um país, neste país, que sempre lentamente nos mata... » Sophia de Mello Breyner Andresen